quarta-feira, 2 de abril de 2014

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

            Não é de hoje que tenho posição definida sobre o regime militar que governou o país no perído de 64 a 85. Em matéria deste blog (AQUI) deixei claro minha discordância com as atrocidades cometidas durante este período, admitindo, porém, que houve excessos de ambos os lados.
            Como trata-se de um assunto polêmico e recorrente, notadamente nos últimos dias com o advento dos cinquenta anos do início do golpe (como as esquerdas preferem), recorro aos números para fugir de qualquer avaliação ideológica.
            Durante 21 anos foram registrados, conforme divulgado na imprensa, 379 nomes de mortos e desaparecidos (VEJA AQUI) o que corresponde, matematicamente, a 18 ocorrências ao ano, salientando que uma só já seria condenável, portanto o número serve apenas como comparativo.
            A imprensa divulgou nos últimos dias que na Venezuela já são 39 as mortes atribuídas ao governo em decorrência das manifestações contra Maduro que tiveram início em janeiro. (VEJA AQUI)
            Dos números acima podemos concluir que o que ocorre no país vizinho é inquestionavelmente mais grave do que o que ocorreu durante todo o regime miliar brasileiro, sem levar em conta que no nosso caso houve confronto armado de ambos os lados enquanto na Venezuela manifestantes desarmados são espancados e mortos a tiros.
            Diante do exposto fica o questionamento: A vida de um  venezuelano vale menos do que a de um brasileiro? Por que o governo brasileiro apoia as atrocidades cometidas por Nicolás Maduro nos dias atuais e condena com tanta veemência os militares brasileiros? 

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