Não tenho a pretensão de discutir o mérito da exploração do petróleo do Pre-Sal mas, como cidadão que, segundo nossas leis, não pode alegar desconhecimento das mesmas, também me acho na obrigação de conhecer a dinâmica da nossa economia na visão dos políticos que a conduzem.
Por ser sexagenário, já vivenciei momentos que acabaram ficando na memória, não só pela importância que representaram para o país mas, principalmente, por envolver os mesmo protagonistas em situações atuais, embora com visão totalmente diferente.
Refiro-me aos tempos do governo FHC e as demonizadas privatizações quando o PT no papel de oposição recorria à Justiça para impedir que se consumassem. Hoje, no governo, o mesmo partido apela até para as Forças Armadas para garantir a entrega de 70% da riqueza que representa o Campo de Libra a empresas estrangeiras (provavelmente chinesas) sob o pretexto de que trata-se de "Concessão" e não "Privatização".
Este acompanhamento cronológico me leva inevitavelmente a um outro fato que me atinge diretamente e por esta razão não poderia deixar de citar como mais uma mudança de visão - ou pelo menos de ação - por parte desse partido que nasceu e cresceu, chegando ao poder com um programa que a esta altura deve estar tão "remendado" quanto a própria Constituição vigente que, neste caso, não podemos criticá-los visto que foram contra a maioria do seu conteúdo. Trata-se do Fator Previdenciário que o Lula garantia acabar e, após dois mandatos sem cumprir o prometido, ainda vetou o projeto aprovado pela Congresso Nacional que o exinguiu.
Por estas e outras ações tão perniciosas ao povo brasileiro é que devemos estar de olhos abertos, embora, pessoalmente, considere irreversível o caminho que nos leva em direção ao abismo.
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