O SENDEIRO – AS MÃOS DE CADA UM.
*Mãos, instrumentos que executam os gestos e ações nesta existência corpórea. São divinas quando unidas em imposição e apontam no enlevo das preces ao supremo. São diabólicas quando investem brutais e animalescas pelo desequilíbrio político de uma mente doentia na sua fé
inabalável que as mesmas jamais serão “algemadas”.
*Mãos humildes que acreditam na efemeridade da vida na certeza que aqui é apenas um aprendizado. São sábias por saberem que nesta impa transitoriedade só volitarão as digitais de sua alma. São inconsequentes quando exprimem violentamente o desespero de um político ao julga-se eterno no poder perdendo a oportunidade que o grande mestre lhe concedeu para gerir obras para sua dignificação como gente e a quem lhes pertencem por direito; O POVO.
*Mãos carcomidas pela lepra da corrupção serão repudiadas quando o poder ruir e o ventre da amante lhes rejeitar seu membro pelo nojo e a ojeriza do contato. E logo, logo, sua epiderme corrompida será acariciada por outras mãos, mais poderosas, mais viris e mais corruptas. Enquanto os teus dedos corruptos, Ah! Estes vagarão sem rumo pelas acariciando paredes nuas e frias de um cárcere, lembrando dos mimos extravagantes, revivendo as viagens, e dos coitos quando a messalina fingia sentir orgasmo para satisfazer o ego de seu macho dantes todo poderoso.
*Mãos que apalpam os seios da prostituta social, NÃO são as mesmas que tentam apaziguar o estomago pelos atrasos dos salários dos funcionários mais humildes e das crianças das escolas públicas sem merendas. São ladras e desumanas. Porém, o poder e a paixão são transitórios efêmeros e mundanos.
* Mãos que brindam nas suítes presidenciais o trago sensual nas orgias carnais, são as mesmas que saúdam o gosto fúnebre da morte do moribundo SEM o cálice dos coquetéis de medicamentos essenciais a sua sobrevivência.
* Mãos que promovem a violência contra um repórter ao ver-se acuando diante de uma realidade do colorido extravagante de uma fotografia. São as mesmas que temem o flash de lucidez dos eleitores que lhes escurecerão os dias de sodomia quando as urnas não mais lhes permitir tirar o sutiã da cortesã interesseira e vulgar.
*As minhas mãos, as tuas mãos, podem mudar o curso desta triste história.
Puxa Areton que texto bem escrito. O amigo poderia dizer quem é este que usa o pseudonimo de sendeiro? Salvo o engano acho que é´do Ipu
ResponderExcluirAdorei o texto montezuma, este rapaz é´filho do Ipu pois o conheço e sei que este tem moral da dar e vender; Geisa Aragão Correa
ResponderExcluirEste cara aí tem milhares de textos interessantes já´tive oportunidade de ler alguns, seria de bom ALVITRE Areton vc. publica-los quando lhes enviease embora não seja daqui de Nova Russas.
ResponderExcluirAlberto Martins
Excelente texto, Areton, pelo que cumprimento o seu autor. Ferina crítica aos homens públicos corruptos,senhores de "baraço e cutelo", detentores do poder temporário, os verdadeiros cânceres que corroem as entranhas da nossa "Mãe Gentil."
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