terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SELECIONADAS DO ESTÊNIO


CONSEQÜÊNCIAS DA CRISE NA GRÉCIA:
 
 Zeus vende o seu trono para uma multinacional coreana.

Medusa faz bico na ala dos ofídios em um zoológico local.

Narciso vende seus espelhos para pagar a sua dívida do cheque especial.
Aquiles vai tratar o seu calcanhar no SUS.

Eros e Pan inauguram um prostíbulo.

Hércules suspende os seus 12 trabalhos por falta de pagamento.

Medusa transforma pessoas em pedra e vende na Cracolândia.

O Minotauro está puxando carroça para ganhar a vida.

Acrópole é vendida e em seu lugar é inaugurada uma Igreja Universal do Reino de Zeus.

Afrodite teve que montar uma banquinha de produtos afrodisíacos para pagar as contas.

Eurozona rejeita Medusa como negociadora grega: "ela tem minhocas na cabeça".

Sócrates inaugura Cicuta's Bar para tentar ganhar uns trocados.

Dioniso vende seus vinhos na beira da estrada de Marathónas.

Lula recomenda demissão de Zeus e indica Zéus Dirceu para o cargo.

Hermes está entregando o currículo para trabalhar nos correios. Especialidade: entrega rápida.

Caronte anuncia que a partir da próxima semana passará a aceitar o bilhete único.

Afrodite aceitou posar para a Playboy.

Sem dinheiro pra pagar os salários, Zeus libera as ninfas pra trabalharem na Eurozona.

Ilha de Lesbos abre resort hétero.

Para economizar energia, Diógenes apaga sua lanterna.

Oráculo de Delfos vaza números do orçamento e provoca pânico nas Bolsas.

Vênus de Milo promete dar uma mãozinha a desempregados.

Áries, deus da guerra, foi pego em flagrante desviando armamento para a milícia carioca.

Sócrates, Aristóteles e Platão negam envolvimento na rebelião da USP: "Estamos na pindaíba, mas ainda não descemos a esse ponto"

A caverna de Platão está abrigando milhares de sem teto.

Descobri o porquê da crise: os economistas estão falando grego !!!




COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A Justiça de Alagoas condenou nesta segunda (19) três padres por prática de pedofilia. Tratam-se de Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edílson Duarte, que são acusados de abusos contra três coroinhas. O monsenhor Luiz Marques, de 83 anos, foi condenado a 21 anos de prisão e os párocos Raimundo e Edílson cumprirão pena de 16 anos e 4 meses. Os três respondiam processo em liberdade e ainda não foram presos. Seus advogados têm cinco dias para recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça de 
Alagoas (TJ/AL). Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, os religiosos prometiam dinheiro às vítimas em troca de sexo. Informações do site Tudo na Hora.


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20/12/2011 | 00:00

Brasil tem 1.174
cursos de Direito;
os EUA, 280

Levantamento realizado pela OAB nacional revela que o Brasil tem 1.174 faculdades de Direito, quatro vezes mais que os Estados Unidos, que tem apenas 280. O Brasil possui 755 mil advogados e 190 milhões de habitantes, enuanto na Índia há 87 faculdades para uma população estimada em 1,2 bilhão de pessoas. O Reino Unido tem 95 faculdades. Com isso, o pais tem um advogado para cada grupo de 251 habitantes.

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20/12/2011 | 00:00

Disparidade

A França tem 46 faculdades de Direito, a Itália tem 54 e a Espanha 38. Só em São Paulo, há um advogado para cada 167 pessoas.

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20/12/2011 | 00:00

Natal turbinado

Uma cooperativa agrícola da Bolívia produziu 5 mil panetones com farinha de folha de coca. É o aditivo de “energia”, diz a empresa.

20/12/2011 | 00:00

Era uma vez...

O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) reagiu com senso de humor à publicação de “diálogos” que jamais manteve com Dilma: acha que está saindo do noticiário para virar personagem de ficção.

PLACAR SUPERIOR AOS QUATRO A ZERO

Por Carlos Chagas
Nosso futebol voltou do Japão duplamente humilhado e ofendido. Além da  goleada do Barcelona sobre o Santos, ficamos sabendo que a Fifa engrossou ainda mais, dizendo-se preocupada e exigindo do Brasil a aprovação total de suas exigências, na votação da Lei da Copa. Segundo o secretário-geral da entidade, vias de acesso aos estádios e aeroportos não vem merecendo o devido cuidado de nossas autoridades, estando atrasadas as obras de infraestrutura.
                                                         
O secretário-geral  Jerome Weicke insistiu  na aprovação, pelo Congresso brasileiro, de dispositivo considerando a União obrigada a indenizar a Fifa  por ação ou omissão em tudo o que seus dirigentes se considerarem prejudicados. Exemplo: se no dia de um dos  jogos da Copa  do Mundo cair  monumental tempestade, impedindo parte dos que demandariam  os estádios de comparecer,  caberá ao governo brasileiro indenizar a Fifa pelos lugares vazios e devolver o dinheiro dos bilhetes comprados e não utilizados. No Brasil inexistem, terremotos, tsunamis e atos terroristas, mas se acontecerem, a culpa será do palácio do Planalto, obrigado  a ressarcir os organizadores do certame de eventuais prejuízos.
                                                       
Mas tem mais. Nas ruas e avenidas que conduzem aos estádios,  o comércio ficará proibido de anunciar e vender produtos que não aqueles dos patrocinadores da Fifa, como marcas de cerveja, camisetas e tênis. Nos estádios, a lei será  rasgada pela permissão da venda de bebidas alcoólicas, mas apenas aquelas que estiverem financiando a entidade. Não haverá, segundo o “preocupado” funcionário, meia-entrada para estudantes.
                                                       
Convenhamos, pretendem atropelar a soberania nacional para justificar os absurdos lucros que irão auferir. A Lei da Copa dificilmente será votada esta semana, ficando para fevereiro ou março do ano que vem. Se forem atendidas  todas as esdrúxulas imposições, o Brasil terá sido derrotado por placar bem superior aos 4 a 0 engolidos pelo Santos.

 ALÉM DO CAOS

                                                       
Por conta do início das festas natalinas os aeroportos viraram um caos, no fim de semana. Imagine-se agora se na quinta-feira entrarem em  greve os controladores de vôo e os funcionários das empresas aéreas.  Será o inferno. Conseguirá o governo Dilma agir ao contrário do que agiram, ou não agiram, os governos Lula e Fernando Henrique?  A greve é um direito do trabalhador, assim como a população tem direito ao funcionamento dos serviços públicos e privados.  Nenhuma iniciativa foi adotada para substituir os grevistas, sequer preparar montes de soldados para funcionarem nos  balcões das companhias, coisa que teria sido fácil, desde que preparada com antecedência. Intervenção é substantivo arrancado dos  manuais do poder público,  apesar de previsto na Constituição e  nas leis. Como o andar de cima voa em jatinhos da FAB ou particulares, os passageiros que relaxem e gozem, como no infeliz conselho de uma ex-ministra do Turismo...
(...)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011



Os sanguessugas do PT atacam novamente.

Lembram do Humberto Costa, o ministro Sanguessuga da Saúde? Ele estava lá. E estava ao lado de quem? De Alexandre Padilha, o novo ministro Sanguessuga da Saúde. Ambos do PT. O que eles estavam fazendo juntos? Inaugurando uma fábrica de hemoderivados que não está pronta e que já foi flagrada nas mais variadas falcatruas. Os sanguessugas do PT estão lambendo os beiços. Olha só a cara deles. Até quando o Brasil vai doar o seu sangue para esta raça?

Depois de indícios de sobrepreço, irregularidades na licitação e de atrasos no cronograma, a primeira etapa da fábrica da fábrica de medicamentos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) foi inaugurada ontem, em Goiana (PE). A cerimônia, capitaneada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a conclusão do primeiro bloco do complexo, construído para abrigar uma câmara fria para triagem e armazenamento da matéria-prima dos hemoderivados, o plasma.

"O Brasil entra numa nova era", disse. Apesar da festa, só em julho de 2012 o equipamento funcionará. É preciso qualificá-lo, aguardar a inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e, por fim, a validação, pela Hemobrás, dos procedimentos.

Este é o segundo evento para celebrar a Hemobrás. Em 2008, três anos depois do anúncio da criação da empresa, uma cerimônia marcou a ordem de serviço para elaboração de projetos e execução das obras.A expectativa inicial era de que a fábrica entraria em operação em 2010. Agora é 2014. Até lá, o excedente de plasma coletado no Brasil será enviado para o Laboratório Francês de Biotecnologia, na França. A ideia é que, com a Hemobrás, o País se torne autossuficiente na produção de hemoderivados, o que traria uma economia de recursos.

O atraso nas obras se dá principalmente por indícios de irregularidades. Contratos e licitações foram anulados e suspensos. A mais recente suspeita de irregularidade ocorreu em maio, quando o Tribunal de Contas da União identificou sobrepreço de R$ 21, 5 milhões nas obras da segunda fase da construção.(Do Estadão)

STF virou uma palhaçada.

Ministros sem as mínimas condições técnicas para o exercício do cargo de maior responsabilidade no Judiciário. Ministros que votam pela mão de políticos, que antecipam votos e comemoram as vitórias com "lagostadas". Ministros que cometem ilícitos morais e éticos para fazer valer pontos-de-vista exclusivamente pessoais. Ministros que não julgam causas em função de dor nas costas. A Suprema Corte virou uma palhaçada. Deveriam usar roupas mais berrantes, os seus ministros.

De O Globo

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), reclamou da decisão do presidente da Corte, Cezar Peluso, de votar duas vezes para garantir o mandato de Jader Barbalho (PMDB-PA) no Senado. Para Barbosa, a solução para desempate, prevista no regimento interno do STF, é inconstitucional. O protesto foi feito em despacho no qual negou o recurso proposto pela senadora Marinor Brito (PSOL-PA), que queria permanecer na cadeira que hoje é de direito de Jader.

"Tendo em vista que não se deve combater ilegalidades com a prática de outras ilegalidades, nego seguimento ao mandado de segurança", escreveu. "Entendo que o inciso IX do art. 13 do regimento interno do Supremo Tribunal Federal (o voto duplo do presidente para desempate), é manifestamente inconstitucional. Não há em qualquer dispositivo da Constituição Federal autorização para que o voto de qualquer juiz tenha peso maior do que o voto dos demais".

Em novembro, o plenário começou a julgar o recurso de Jader. Apesar de ter obtido votos para ser eleito em 2010, ele tinha sido barrado pela Lei da Ficha Limpa. O julgamento do recurso de Jader terminou empatado. Os ministros decidiram esperar a posse da ministra Rosa Maria Weber para resolver o impasse. Na semana passada, Peluso mudou de ideia e votou pela segunda vez. Barbosa reclamou que, apesar de ser o relator, a decisão foi tomada em sua ausência. Ele citou trecho do regimento interno do STF segundo o qual o relator tem a atribuição de "ordenar e dirigir o processo".


Infringiu a lei até às vésperas da posse como ministro no governo Dilma? Não tem problema, está anistiado.

Depois da própria Dilma Rousseff, presidente da República, agora é o seu ministro da Justiça que informa que se um ministro não é ficha limpa isto não tem a mínima importância, já que os seus crimes prescrevem automaticamente quando ele entra para o Governo Federal. Ou seja: virar ministro do PT é garantia de anistia para crimes praticados até às vésperas da posse.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Para Cardozo, as denúncias sobre a atuação de Pimentel como consultor não prejudicam a imagem do ministro. "Não vi nada que pudesse macular a imagem do ministro Pimentel, que é uma pessoa com trajetória política intocável", disse Cardozo. Para Cardozo, os assuntos levantados são de natureza privada e não merecem maior análise. "São situações de um período anterior à sua condição de ministro e relativas às suas atividades privadas. Não vejo cabimento que se coloque isso para frente", declarou, após cerimônia de posse da ministra Rosa Maria Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Leia mais aqui.


BLOG BRASÍLIA CAPITAL


Suposta fraude na Caixa pode dar prejuízo de R$ 100 mi ao FGTS

As transações financeiras da corretora carioca Tetto, realizadas após uma suposta pane no setor de informática da Caixa Econômica Federal, ameaçam lesar em cerca de R$ 100 milhões o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), conforme aponta o banco em ação judicial.

A Tetto vendeu, como se não tivessem dívidas, papéis da dívida pública de baixo ou nenhum valor. O caso surge em meio a uma disputa entre PT e PMDB pelo controle da Caixa. A corretora só conseguiu fazer isso porque o sistema da Caixa, que atestava a qualidade dos papéis, justamente sob uma vice-presidência do PMDB, ficou fora do ar no período de  setembro de 2008 a agosto de 2009. O banco público classificou a pane como "erro", atribuindo-o a uma empresa de informática terceirizada.

Fonte: Folha Online

Enviado por Ricardo Noblat 
20.12.2011
| 9h00m

Política

Sobre a renovação do mandato da diretoria

Só depois de gravar o comentário de sexta-feira para o site de VEJA é que me lembrei do post publicado em 19 de março deste ano, e que acaba de voltar ao ar na seção Vale Reprise. Título: O Brasil está fora da zona dos terremotos, mas permanece na rota dos mercadantes.
Um dos parágrafos inspirados em Aloízio Mercadante começa assim: “Essa estranha mistura de sabujice e arrogância precisou de dois ou três dias no emprego novo para virar especialista em coisas que ignora profundamente. Bastou-lhe uma ligeira mirada na Região Serrana devastada pelas tempestades, por exemplo, para avisar que isso não se repetirá”.
Na semana passada, o ministro da Ciência e Tecnologia disse o contrário com o desembaraço sem remorsos que identifica os irresponsáveis vocacionais. Os falatórios são conflitantes. Mas igualmente cretinos.
Nesta segunda-feira, Dilma Rousseff confirmou que, na Era da Mediocridade, quanto mais bisonho é o desempenho de um ministro maior é a chance de ser promovido.
Graças aos desastres acumulados no Ministério da Educação, o companheiro Fernando Haddad virou candidato do PT à prefeitura de São Paulo.
Graças à vexatória performance no emprego que ganhou como prêmio de consolação pelo naufrágio na disputa do governo paulista, Mercadante deverá ser premiado pela chefe com o gabinete em que Haddad agiu.
A substituição de Tarso Genro pelo Terror dos Estudantes confirmou que, no Brasil de Lula e Dilma, o que está muito ruim sempre pode ficar péssimo. A promoção do Herói da Rendição provará que sempre é possível ir um pouco além do que parece o fundo do poço.
Muitos por vassalagem, outros tantos por cinismo, alguns por estupidez, a maioria dos jornalistas insiste em chamar de “reforma ministerial” a sequência de movimentos desastrados empreendida por Dilma.
Começou com a absolvição de Fernando Pimentel, foi em frente com o aviso de que Iriny Lopes seguirá no comando da usina de ideias imbecis disfarçada de Secretaria de Políticas para as Mulheres e deve prosseguir com a transferência de Aloízio Mercadante.
O que está em curso nada tem a ver com uma reforma ministerial sem aspas. É só a renovação do mandato da diretoria do clube dos cafajestes. A turma faz de conta que alguma coisa mudou para que tudo continue igual. Ou fique um pouco pior.

Enviado por Ricardo Noblat -
20.12.2011
| 6h16m

Política

Ministro Joaquim Barbosa conclui relatório sobre mensalão


Carolina Brígido, O Globo
O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), terminou de examinar todo o processo do mensalão - o maior escândalo do governo Lula e da História do PT - e concluiu o relatório, um resumo da investigação em 122 páginas.
O documento e todos os autos da ação penal foram enviados nesta segunda-feira ao ministro Ricardo Lewandowski, revisor do caso. Barbosa também concluiu boa parte do voto. Agora, o revisor vai elaborar seu próprio relatório e voto. Depois, caberá ao presidente do STF marcar a data do julgamento dos 38 réus no plenário. 
No relatório, após resumir todo o processo, Barbosa lembrou que os réus declararam não ter cometido os crimes apontados pelo Ministério Público, mas destacou que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares admitiu delito eleitoral. "O réu Delúbio Soares admite a prática de caixa dois de campanha, conduta que preenche o tipo penal do art. 350 do Código Eleitoral, cuja pena é de até cinco anos de reclusão", diz o relatório. 



Edição Nº 1218 de 19 a 24 de dezembro de 2011
Denúncia

Terror e humilhação em reunião com empregados da Caixa no Ceará

O Sindicato dos Bancários do Ceará e a Associação do Pessoal da Caixa (APCEF/CE) receberam denúncias de vários empregados da Caixa que se sentiram, no mínimo, constrangidos, sobre uma reunião realizada no último dia 2/12, no hotel Blue Three, em Fortaleza, com a Superintendência Norte e Sul do Ceará e os gerentes regionais do Estado, Interior e região metropolitana de Fortaleza, para avaliar o desempenho da Superintendência.

O superintendente regional da Caixa, Ricardo Walraven, já abriu a reunião com um tom ofensivo, demonstrando desequilíbrio e usando palavras ofensivas e degradantes, inclusive na frente de pessoas que não fazem parte do quadro funcional da Caixa, além de representantes da Fenae e da Caixa Seguros.

Segundo as denúncias, ao final da reunião, Walraven fez ainda uma avaliação humilhante dos empregados, usando termos como “tenho vergonha de representar vocês”, “a guilhotina vai descer e poucos vão sobrar”, “todos devem se sentir dentro de uma fossa, com a cabeça do lado de fora” etc.

A política do terror parece não vir dando resultado. Quando Walraven assumiu a Superintendência, ela estava em primeiro lugar no Brasil, hoje ela se encontra no Nordeste em último lugar e no Brasil, em penúltimo lugar.

O Sindicato dos Bancários do Ceará e a APCEF/CE consideram que essa forma de tratamento humilhante não condiz com o cargo de superintendente. “Não é esse o caminho para alavancar o desempenho da Superintendência e das unidades. Os gestores e os demais empregados da Caixa precisam de serenidade para apresentar um bom rendimento e um atendimento digno à população. Eles precisam ter condições de trabalho e não receber ameaças do seu gestor. Não é trabalhando sobre pressão que o banco vai crescer”, avalia o diretor do Sindicato e presidente da APCEF/CE, Áureo Júnior.

A Associação dos Gerentes da Caixa (AGCEF), que se fazia representada pelo seu presidente, Evandro Marinho, de quem se esperava que pudesse fazer a defesa da classe gerencial, ratificou o posicionamento de assédio do superintendente, esquecendo que a representação da associação deveria buscar melhores condições de trabalho e não, o uso de chicote para humilhar, intimidar e assediar os empregados.

O presidente da APCEF/CE ressalta que as agências do Interior estão superlotadas e é importante que a Superintendência esteja em sintonia com os empregados e que eles tenham confiança nela, não medo.

Já o diretor do Sindicato, Marcos Saraiva, analisa que a situação dos empregados da Caixa é grave. “Já existe um terror no Interior, por conta dos assaltos a bancos e da carência de pessoal para atendimento, aí vem o superintendente implantar terror em cima dos gestores. Isso poderá causar muitos prejuízos, inclusive causando extrapolação de jornada, onda de assédio moral nas agências da Caixa etc”, disse. Segundo ele, Walraven poderia estar trabalhando no sentido de engrandecer a Caixa, buscando junto à Matriz contratação de pessoal, para com isso atender melhor a população e, não enveredar pelo caminho do assédio moral aos gestores, ao uso do chicote de forma imoral. “Alguns empregados se rebelaram frente a postura do Superintendente e denunciaram ao Sindicato e à APCEF, no entanto, outros vão acabar reproduzindo esse discurso absurdo dentro das unidades”, alerta.

Movimento sindical exige providências – O Sindicato e a APCEF/CE vão encaminhar ofício à direção da Caixa, na pessoa do seu presidente, Jorge Hereda, pedindo que ele interceda, apure os fatos e aponte um novo caminho para a SR Norte e Sul do Ceará. O documento será enviado para Brasília nesta terça-feira, 20/12.



Enviado por Téta Barbosa -

19.12.2011
| 15h03m

Geral

La Revolucion Sertaneja!

Virgulino Ferreira, o Lampião. Cabra macho, o terror dos sete mares (quer dizer, das sete secas) do semiárido nordestino. Temido e amado na mesma estranha proporção.
A gente gosta de imaginar o cangaceiro como nosso Che Guevara particular. O cara que, cansado da fome e do descaso político, se arretou com a classe dominante e tocou o terror. Viva la revolucion sertaneja.
Reza a lenda que, se bem recebido numa cidade, promovia um baile onde distribua dinheiro para os pobres. O Robin Hood da caatinga.
Mas, se a cidade negasse apoio ao seu bando, era bala e confusão. Não sobrava ninguém.
Romantismo histórico (e bairrista) à parte, Lampião andou na tênue linha que separa o herói do ladrão. O mocinho, do cocô do cavalo do bandido.
Ame-o ou leve bala.
Numa empreitada foi ferido no olho. Ficou cego e disse:
- Tem nada não, eu só preciso de um olho pra atirar. Mesmo tendo dois, eu tenho que fechar um pra mirar.
A partir daí, Che Lampião passou a usar o objeto que virou sua marca registrada: óculos redondos, tal qual, anos depois, o beatle John Lennon.
Pois bem, esses óculos, usados pelo Rei do Cangaço que, só por capricho estético eram de ouro 16 quilates, acabam de ser roubados do museu de Serra Talhada, cidade natal de Virgulino Ferreira, nosso herói/ídolo/ladrão/cocô do cavalo do bandido.
Segundo nota oficial, o presidente do museu disse que a peça sumiu após uma visitação e foi facilitada pelo fato de que o local não conta com sistema de vigilância com câmeras ou guarda municipal.
Mais uma vez, passaram a perna no Estado. Ou foi o Estado que passou a perna no povo? Nunca sei bem a resposta desse dilema.
O povo rouba por falta de condições de vida ou a falta de condições de vida faz o povo roubar?
La Revolucion continua, pelo que tudo indica.
Sei não, mas acho que esses óculos já foram derretidos (flashback taça da copa do mundo) e viraram anel na mão de madame que, por sua vez, pagou pelo serviço e o dinheiro virou comida na mesa de outro alguém.
Esse é o Circle of Life que o Rei Leão se refere no filme da Disney. Cada um tem o rei que merece.
Mas todos obedecem à lei da selva e da sobrevivência.
E ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?
Fico imaginando o pessoal do museu com as mãos na cabeça e Lampião rindo lá no céu.
Se é que ele foi pro céu.
Se é que existe céu.


Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife e vive antenada com tudo o que se passa ali e fora dali. Escreve aqui sempre às segundas-feiras sobre modismos, modernidades e curiosidades. Ela também tem um blog - Batida Salve Todos



Enviado por Edgar Flexa Ribeiro -

19.12.2011
| 17h04m

Geral

Lições parisienses

Essa tal de Paris é mesmo uma festa. Faz frio, céu nublado e chuva. Mal se vê a cidade em volta. Mas impressiona assim mesmo.
Se o Egito é uma dádiva do Nilo, Paris é uma dádiva do planalto de calcário sobre o qual a cidade foi erguida.
O calcário é seco e relativamente impermeável. O calcário é sólido. É fácil cavar no calcário e não custa muito sustentá-lo – seja para metrô ou construção de toalete no subsolo de bares e restaurantes.
Com isso, de uma aldeia gaulesa, Paris transformou-se numa cidade fantasticamente planejada, executada e organizada. E é impressionante vê-la hoje.
Foi cortada por largas avenidas desde o século XIX. Equipou-se com um sistema de transporte de massa de alta qualidade: o metrô de Paris é de cair o queixo. Todo parisiense está no máximo a quatro ou cinco quarteirões de uma estação.
E sem o melhor instrumento de orientar a expansão urbana – um bom sistema de transporte público de massa como o metrô – de pouco ou nada adianta planejar.
A desordem urbana é inevitável.
Mas se o planejamento urbano, feito à margem do planejamento de um sistema de transporte de massa, é exercício romântico de almejar fins para os quais não se tem os meios, o inverso também é verdade: de nada adiantam os meios se não se sabe a que fins se busca.
Esse parece ser o problema das grandes cidades brasileiras. Certamente é o caso do Rio de Janeiro.
Tudo que já se gastou, e tudo o que ainda vier a se gastar correndo atrás do próprio rabo como um cachorrinho, vai dar errado.
Errado como foi, por exemplo, o caso da Barra da Tijuca. Sem transporte de massa eficiente, sua ocupação, com todo o luxo urbanístico tão louvado na época, deu no que se vê hoje, apenas 50 anos depois: caos, engarrafamento, circulação interna difícil, danos ambientais. Em suma: desordem.
 O exemplo carioca só serve para realçar o que parece ser um problema nacional. O processo vertiginoso da industrialização na época dos anos 50 tirou as populações do campo, inchou as cidades, e as elites dirigentes da época não se deram conta do que acarretaria.
Achavam lindo planejar na prancheta, mas não previram instrumentos indispensáveis para que o planejado acontecesse. Agora, tardiamente acordadas, querem fazer metrô, trem bala e coisas por cima de áreas urbanas já ocupadas.
E renunciam aos instrumentos que poderiam salvar o que ainda não se perdeu.

Edgar Flexa Ribeiro é educador, radialista e presidente da Associação Brasileira de Educação

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Estênio Negreiros
Fortaleza,CE

Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.” (Ayn Rand - 1905-1982)

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