quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

SELECIONADAS DO ESTÊNIO


COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

" Defendo que não se faça convênios com ONGs, é difícil controlar "

Ministro Aldo Rebelo (Esporte), que deseja ver as ONGs longe das tetas do Erário.

A Colunas nos Jornais
08/12/2011 | 00:00

PT elege prioridade
de 2012: ‘regulação
da mídia’

Após chegar ao poder beneficiado pela liberdade de imprensa, o PT elegeu como sua prioridade

política, em 2012, pleno ano eleitoral, o que chama de “regulação da mídia”. A revelação é de importante dirigente petista. O tema virou “questão de honra” para a cúpula do PT, inconformada com a sequência de denúncias de corrupção que derrubaram seis ministros apenas no primeiro ano do governo Dilma.

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08/12/2011 | 00:00

Controle remoto


A maioria dos petistas defende a “regulação da mídia”, mas não sabe exatamente o que é isso. Quer é o fim das denúncias de ladroagem.

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08/12/2011 | 00:00

‘Não é censura’

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, um dos generais na guerra petista contra a mídia, sustenta que “regulação não é censura”.

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08/12/2011 | 00:00

Alvos definidos

A direção do PT pretende “lutar contra a concentração da mídia em poucas mãos”. O objetivo é intimidar a Rede Globo e a Editora Abril.

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08/12/2011 | 00:00

Telhado de vidro

Na oposição, o PT usou a liberdade de imprensa para se firmar até como alternativa de governo. Mudou após virar telhado de vidro.

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08/12/2011 | 00:00

Casa Civil tenta
desequilibrar a
disputa no STJ

A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) tenta desequilibrar a disputa pela vaga de ministro do Superior Tribunal de Justiça, apoiando o desembargador Nefi Cordeiro, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A desembargadora Assusete Magalhães, do TRF-1, tem apoio da sociedade mineira, e o presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, faz campanha pela cunhada, Suzana de Camargo (TRF-3).

08/12/2011 | 08:15

Suspeita de propina a Ricardo Teixeira faz Romário pedir intervenção na CBF

O deputado Romário (PSB-RJ) acha que o governo federal deveria intervir e nomear um presidente interino na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em razão das suspeitas de corrupção, até a eleição do sucessor de Ricado Teixeira, todo-poderoso da entidade. Ele está ameaçado de ser expulso da Fifa se for comprovado que recebeu  de $ 9,5 milhões, segundo denúncia da BBC de Londres. Romário defendeu essa solução em entreista ao portal Uol.

08/12/2011 | 00:00

Olho na Transpetro

Petistas espalham histórias da paixão do PMDB por cargos, mas só pensam naquilo. Agora querem tirar de Romero Jucá (PMDB-RR) o controle da estatal Transpetro, tocada pelo cearense Sergio Machado.

08/12/2011 | 00:00

Penando bem...

...a era petista, inaugurada por Lula, inovou em gestão pública: em vez de áreas de atuação, seus governos têm unidades de negócio.

Câmara: Comissão lança nota de repúdio à venda de bebidas na Copa

FotoMIN. ALDO REBELO
A Comissão Especial sobre o Consumo de Bebidas Alcoólicas da Câmara dos Deputados lançou uma nota de repúdio à liberação da venda de bebidas alcoólicas em estádios durante a Copa de 2014. A aprovação foi feita ao final de uma audiência pública onde deputados ouviram o ministro Alexandre Padilha (Saúde) sobre as ações do governo no combate as drogas. O ministro Aldo Rebelo se posicionou contra a decisão na audiência. "Já há uma dificuldade de legislar sobre costumes. Quando você legisla sobre direitos e deveres é mais claro. Quando você disciplina hábitos, fica mais complexo", afirmou.



SOLERTE MANOBRA DO DR. SILVANA

Por Carlos Chagas
A partir da denúncia formulada pelo Globo, no fim de semana, a imprensa inteira começou a investigar e a divulgar supostos malfeitos praticados pelo ministro Fernando Pimentel. Além das notas explicativas que pouco explicam, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior saiu-se com os dois clássicos chavões a que apelaram seis  ex-ministros acusados de corrupção: trata-se de um complô da mídia contra o governo Dilma, além de fogo-amigo, ou seja, denúncias inventadas por companheiros empenhados em conflitos políticos.
                                              
Assim como Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva e Carlos Lupi, agora é a vez de Fernando Pimentel tentar sair pela tangente, evitando pronunciar-se sobre o conteúdo das acusações. Houve ou não tráfico de influência em suas atividades de consultor de empresas? Foram   celebrados  contratos de consultoria  com entidades e empresas beneficiadas durante  seu período de prefeito de Belo Horizonte, configurando retribuição pouco ética,   que lhe rendeu pelo menos dois milhões de reais em dois anos?
                                              
Noves fora a economia interna do PT mineiro, em luta de foice em quarto escuro por conta das eleições para prefeito da capital, em 2012, a defesa do  ministro visa o mesmo alvo de sempre, a imprensa.
                                              
Estaria o governo sofrendo os efeitos de pérfida e solerte manobra do dr. Silvana? O inimigo número 1 da Humanidade teria outra vez montado seu laboratório secreto nos porões da Esplanada dos Ministérios, para atormentar a presidente Dilma e deixar em frangalhos as instituições nacionais? Dele  partiu o desmonte do ministério e a desmoralização dos partidos políticos?  Ao investir contra mais um ministro do PT, depois ver arcabuzado um do PDT, pretenderia esse cientista louco acabar com o pouco que resta do trabalhismo brasileiro?
                                              
Essa parece a conclusão não só de Pimentel, mas de quantos deixam de perceber que tudo acontece porque a natureza das coisas é implacável. Denúncias de corrupção devem ser apuradas como imperativo da liberdade de informação e de  expressão do pensamento. Fosse na ditadura e nada seria publicado. Só falta botarem a culpa na democracia.

1984 EM 2011

                                              
A ninguém será dado esquecer o magnífico “1984”, escrito  por George Orwell em 1937,  mostrando como regimes ditatoriais podem mudar o passado, fazendo de amigos, inimigos, além de apagar  fatos e pessoas em prol  da preservação do poder. 
                                              
O Brasil continua dando lições para o mundo, pois   antes do fatídico ano retratado no livro, já praticávamos a arte de alterar a memória nacional. No período mais bicudo do  regime militar, por exemplo, era proibido divulgar qualquer informação sobre Juscelino Kubitschek.   D. Helder Câmara, nada, nem contra nem a favor. Na extinta União Soviética, Stalin mandou tirar Trotski até das enciclopédias. Na China, Mao baniu Teng Xiauping por duas décadas.
                                              
Pois não é que um rescaldo desse deletério comportamento chegou até nós? No Congresso, vem dos tempos da ditadura a autorização para que as mesas da Câmara e do Senado possam censurar expressões e pronunciamentos candentes, como se não tivessem existido. Basta não  incluí-los nos anais, proibindo sua publicação no Diário Oficial, para imaginar que ninguém ouviu nem  percebeu.
                                              
Terça-feira, no aceso das paixões parlamentares, o senador Demóstenes Torres acusou o senador José Sarney de haver adotado uma atitude torpe ao inverter a ordem do dia, numa votação de interesse do governo. O ex-presidente da República, contrariando seus hábitos, partiu para a briga, só não agredindo o colega por interferência do ex-presidente Fernando Collor. Mas como presidente do Senado agiu em seguida,  determinando a supressão da palavra “torpe” das notas taquigráficas da sessão. Foi pronunciada, mas não foi, para os registros históricos.
                                              
Em defesa da memória nacional, vale registrar o que diz o Aurélio.   “Torpe: desonesto, impudico, infame, vil, abjeto, ignóbil, repugnante, nojento, asqueroso, ascoso,  obsceno, indecente, manchado, enodoado, maculado.”
                                              
Se um senador destemperou-se, mesmo depois pedindo desculpas,  outro senador mandou  apagar o passado...




ESCORREGOU

                                              
A gente fica pensando como estaria o Brasil se,  em 2002,  Ciro Gomes tivesse sido eleito presidente da República. Durante  certo período ele  liderou as pesquisas,  depois prevalecendo o Lula. Faz-se a indagação por conta das declarações prestadas  esta semana pelo ex-governador do Ceará, um amontoado de aleivosias gratuitamente atiradas sobre a presidente Dilma Roussef. Falta-lhe ponderação.  Ele declarou que Dilma não tinha  mérito político para disputar a presidência da República, nem estatura ou merecimento para exercer o cargo.
                               
Imagine-se Ciro presidente em meio a uma crise qualquer. Já estaríamos em guerra ou em meio a uma revolução.

MARCAÇÃO
                                          
Não dá para entender como durou tanto tempo a sabatina a que os senadores da Comissão de Constituição e Justiça submeteram a  nova ministra do Supremo Tribunal Federal,  Rosa Weber. Foram mais de seis horas, entre perguntas e perorações desimportantes, mas,  em paralelo, questionamentos  tão detalhados que nem Rui Barbosa se sentiria à  vontade para respondê-los. Em especial os senadores Pedro Taques e Demóstenes Torres  esmeraram-se em botar cascas de banana diante da então indicada pela presidência da República, com inquirições que nem a Ordem dos Advogados ousa colocar em suas provas de habilitação para os jovens saídos das Faculdades de Direito.
                                              
Por que esse comportamento inusitado? Há quem suponha um capítulo a mais na tertúlia entre o Senado e o Supremo, enquanto este  não se pronuncia sobre a validade da lei da Ficha Limpa.



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011



Pimentel, o consultor porreta.

O hoje ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), recebeu, em 2009, R$ 130 mil da ETA Bebidas do Nordeste, empresa que produz o refresco de guaraná Guaraeta em Paulista, na Região Metropolitana de Recife. Segundo Pimentel, sua empresa P-21 Consultoria e Projetos Ltda, de Belo Horizonte, teria sido contratada para "elaborar um estudo de mercado para a empresa" pernambucana. Porém, os sócios da empresa de bebidas e o seu administrador na época negam terem contratado o serviço. 

Em entrevistas ao GLOBO no fim de semana e na última segunda-feira, Pimentel mencionou três clientes de sua empresa - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Convap e QA Consulting - e omitiu a ETA Bebidas, na hora de somar os valores que recebeu até o fim de 2010. Os pagamentos da ETA a Pimentel foram feitos em duas parcelas, o primeiro de R$ 70 mil, em maio de 2009, e o segundo de R$ 60 mil, em julho do mesmo ano. Pimentel montou a consultoria logo depois de deixar a prefeitura, em 2009, e se desligou antes de virar ministro do governo Dilma. - Ih, rapaz, esse negócio é muito estranho. É valor muito alto para o trabalho que a gente tinha. Tem alguma escusa, tentaram esconder alguma coisa - disse Roberto Ribeiro Dias, que participou do quadro societário da ETA até 2010.

Aparentemente o plano de negócios que o ministro informa ter desenvolvido não foi bem sucedido: desde então, as atividades da empresa foram diminuindo, até que a ETA fosse vendida ao pernambucano Ricardo Pontes, no início deste ano. O slogan da empresa, no Nordeste, é "Guareta, naturalmente porreta!". Hoje a ETA funciona num galpão numa rua discreta e sem saída, no município de Paulista, região Metropolitana de Recife, e está inoperante. - Esses valores (pagos a Pimentel) não são compatíveis para o nosso negócio. O que a gente fazia de vez em quando era contrato de R$ 10 mil, R$ 15 mil para meninas fazerem propaganda em jogo do Sport com o Santa Cruz. A gente não tinha condições de fazer nada muito diferente disso - diz Ribeiro Dias.(De O Globo)


O Planalto mandou Pimentel mostrar tudo, não esconder nada. Vai mostrar o Imposto de Renda?

Ontem este blog publicou um post onde mostrava os últimos quatro anos da declaração de IR de Fernando Damata Pimentel. Em 2008 e 2009, imposto a resituir. Em 2010 e 2011, nem pagamento, nem restituição, apenas a expressão: saldo inexistente a pagar ou a restituir, o que é uma perfeição.

Obviamente e isto está no post, o ministro pode ter recebido cerca de R$ 1,3 milhão como distribuição de lucros e sua empresa, a P21, pode ter pago o imposto, destinando o valor restante para os sócios, como partilha de resultados. Assim, o rendimento não seria tributado na pessoa física, pois já teria sido na pessoa jurídica.

Acontece que é muito dinheiro. É uma montanha de dinheiro. E envolve contratos estranhos e prá lá de suspeitos com empresas e instituições empresariais com interesses na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, que foi comandada pelo ministro Pimentel. Tem empresa que Pimentel citou como cliente que nunca viu o mineiro na sua frente. Portanto, Pimentel também está faltando com a verdade sobre a origem dos seus estupendos rendimentos.

Fica então o desafio. Se Pimentel não tem nada a esconder, declare que recebeu os R$ 1,3 milhão como distribuição lucros da P21 e mostre o balanço da empresa, onde conste tal operação contábil. O Planalto mandou Pimentel mostrar tudo. Se mostrar as declarações de renda da pessoa física e da pessoa jurídica vai desfazer todas as dúvidas.




MUNDO DE IRMÃOS
Redação do Momento Espírita
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3254&stat=0

Cinco de maio. Mukhtar, um somaliano residente em Copenhagen, na Dinamarca, se ergue pela manhã e comparece ao serviço. Ele é motorista de ônibus.

Tudo parece normal, como todos os dias. As pessoas entram, saem, o ônibus faz as paradas devidas.

E é justamente numa dessas que, entre outros, entra um jovem vestindo o mais fino traje a rigor. Na mão, um instrumento de sopro.

Coloca-se em lugar estratégico do ônibus e toca. O motorista olha pelo espelho e continua sua rota. Então, uma mulher começa a cantar.

É uma música que, com certeza, fala de felicidades, de dia de aniversário. Mukhtar sorri agora, abrindo a boca, mostrando os dentes alvos.

É o dia do seu aniversário. Outras vozes se unem à primeira e também cantam.

A viagem prossegue. Então, ao entrar em determinada via, ele se depara com uma marcha de protesto.

Bom, não dá para ele saber com exatidão contra quem ou o que eles protestam. As pessoas, jovens, homens, mulheres, estão de costas para ele. Portam cartazes, que ele não consegue ler.

Eles gritam palavras de ordem, erguendo os punhos. Mukhtar sabe que deve ter cuidado.

Avança devagar, aproxima-se delas e pede passagem buzinando. A marcha continua imperturbável na sua manifestação.

Ele torna a buzinar. Aí, o inusitado acontece. Todas aquelas pessoas se voltam de frente para ele. Os cartazes agora estão virados para ele e o saúdam pelo seu aniversário.

São felicitações. Todos cantam, sorriem. O ônibus para. Não há como prosseguir.

Entre a surpresa e a emoção, o motorista abre a porta do veículo.

Um homem vem ao seu encontro, o abraça e lhe entrega flores. Outros lhe oferecem presentes.

Mukhtar disfarça as lágrimas da emoção que o toma por inteiro.

Algumas daquelas pessoas são passageiros habituais da sua linha de ônibus, outras se encontravam na rua e foram convidadas a participar da homenagem ao aniversariante.

Tudo organizado pela empresa de ônibus que o emprega. Uma empresa que lembrou que aquele somaliano, vivendo distante de sua terra, de sua gente, apreciaria uma manifestação de alegria e de afeto, no dia do seu aniversário.

* * *

Enquanto houver pessoas que se preocupam em ofertar momentos de alegria a outras pessoas; enquanto houver tempo para manifestações de afeto; enquanto um empresário se lembrar de parabenizar seu funcionário pelo seu aniversário, pelo filho que lhe nasceu, pelo diploma que conquistou, tenhamos certeza: o mundo está melhor.

Enquanto alguns ainda se comprazem em prejudicar o seu irmão ou se mostram indiferentes à dor alheia, acreditemos: há um número expressivo de pessoas que se importam com o seu semelhante.

Pessoas que se sentem felizes em propiciar felicidade a outros.

Mesmo que isso possa ser somente cantar uma canção de aniversário, ofertar um abraço, tocar uma música, aceitar participar de uma homenagem a um servidor de todos os dias.

Pensemos nisso e vibremos e nos unamos a tais pessoas, engrossando a fileira dos que mentalizam o bem, fazem o bem e materializam, dia a dia, um mundo de irmãos, um mundo de amor.

Redação do Momento Espírita, com dados colhidos na Internet
http://www.youtube.com/watch?v=xgOyTNtsWyY&feature=player_embedded

Em 06.12.2011.

* * *


Música de fundo (MIDI): Andre Rieu - Chanson damour (Canção de(o) amor)





Com esta mensagem eletrônica
seguem muitas vibrações de paz e amor
para você
---------
http://www.aeradoespirito.net/



INVERSÃO DE VALORES NO NATAL


Durante o solstício de inverno na Roma pagã, período que abrange os dias 17 a 23 de dezembro, celebravam-se as Saturnais, também
denominadas como as “festas dos escravos”, em razão de ser-lhes concedidas oportunidades de prazeres, aumento da quota de
alimentos, diminuição dos trabalhos a que se encontravam submetidos, especialmente nos campos.

Homenageando-se o deus Saturno, os participantes entregavam- se aos mais diversos abusos, especialmente na área da sensualidade, da falta de compromissos
morais, assemelhando- se às bacanais...

Quando o Cristianismo primitivo passou a dominar as mentes e os corações do Império, aqueles afeiçoados a Jesus, desejando apagar a nódoa moral
que vinha do paganismo e permanecia atormentando a cultura vigente, transferiram a data do Seu nascimento para aquele período, aproximadamente, destacando-se o dia 25 para as celebrações
festivas.

Havendo nascido o Mestre de Nazaré entre 
6 e 8 de abril, segundo os mais precisos cálculos dos estudiosos do Cristianismo contemporâneo, o alto significado
da ocorrência, pensavam então, teria força suficiente para apagar as lembranças dos abusos praticados até àquela ocasião.

O ser humano, nada obstante, mais facilmente vinculado às paixões primitivas, lentamente foi transformando a data evocativa da estrebaria de palha que se transformou numa constelação de
estrelas, a fim de dar expansão aos sentimentos desequilibrados, assim atendendo às necessidades das fugas psicológicas, em culto
externo de fantasia e de prazer.

Posteriormente, São Francisco de Assis, símile de Jesus pelo seu inefável amor e entrega total da vida, desejou recompor a ocorrência
natalina, e realizou o seu primeiro presépio, a fim de que o mundanismo não destruísse a simpleza da ocorrência, apresentando o evento sublime na forma ingênua das suas emoções.

Durante alguns séculos preservou- se a evocação do berço dentro das modestas concepções do Cantor de Deus.

À medida que a cultura espraiou- se e as modernas técnicas de comunicação ampliaram os horizontes das informações, as doutrinas
de mercado, assinaladas pelas ambições de compras e vendas, de extravagâncias e de presentes, de sedução pelo exterior em detrimento do significado interno
dos valores, propôs novos paradigmas para as comemorações do Natal.

Na atualidade aturdida dos sentimentos, a figura de Jesus lentamente desaparece da paisagem do Seu nascimento, substituída pelo simpático e gorducho
velhinho do norte europeu, Papai Noel, e o seu trenó entulhado de brinquedos para as crianças e os adultos que se entregam totalmente à alucinação festiva,
distante da mensagem real do Nascimento.

Atualizando-se no Ocidente e, praticamente no mundo todo, as doces lendas sobre São Nicolau, eis que também a árvore colorida vem substituindo o presépio
humilde nascido na Úmbria, e outro tipo de saturnália toma conta da sociedade, agora denominada cristã...

Matança de animais, excesso de bebidas alcoólicas, festas exageradas, extravagâncias de todo porte, troca de presentes, abuso de promessas
e ânsia de prazeres tomam lugar nas evocações anuais, com um quase total esquecimento do Aniversariante.

A preocupação com a aparência, os jogos dominantes dos relacionamentos sociais e o exibicionismo em torno dos valores externos aturdem
os indivíduos que se atiram à luxúria e ao desperdício, tendo como pretexto Jesus, de maneira idêntica ao culto oferecido a Saturno.

Propositalmente, os adversários da ética-moral proposta pelo Mestre procuram apagar a Sua lembrança nas mentes e nos corações, em tentativas covardes
e contínuas de O transformar em mais um mito que se perde na escura noite do inconsciente coletivo da Humanidade.

Distraídos em torno da ocorrência perversa, pastores e guias do rebanho confundido deixam-se, também, arrastar pela corrente da banalidade, engrossando as
fileiras dos celebradores do prazer e da anarquia.

É certo que Jesus não necessita de que se Lhe celebrem as datas de nascimento nem de morte, mas deseja que se vivam as
lições de que se fez o Mensageiro por excelência, propondo novos conceitos e comportamentos em torno da felicidade e da responsabilidade existencial,
tendo em vista a imortalidade na qual todos nos encontramos mergulhados.

Nada obstante, é de causar preocupação o desvio, a inversão de valores que se observam nas evocações festivas e na conduta dos celebradores, muito mais preocupados
com o gozo e o despautério do que com os conteúdos memoráveis dos ensinamentos por Ele preconizados e vividos.

Por compreender as fraquezas morais do ser humano, Jesus entendia, desde então, tais ocorrências que hoje acontecem, as adulterações
que se produziram nos Seus ensinamentos, e diante da indiferença que tomaria conta daqueles que O deveriam testemunhar, foi peremptório ao afirmar: 
“Quando eles [os
seus discípulos] se calarem
as pedras falarão...

[Lucas, 19:40.]

Concretizou-se o Seu enunciado profético, porque, nestes dias tumultuosos, nos quais não se dispõe de tempo, senão para alguns deveres de trabalho
que proporcione compensações imediatas, o silêncio das sepulturas quebrou-se e as vozes da imortalidade em grande concerto vêm proclamar e restaurar a mensagem de vida imperecível,
despertando os adormecidos para a lucidez e a atualização da conduta nos padrões elevados do Bem.

Não mais os intérpretes que adaptam os ensinamentos às suas próprias necessidades, distantes do compromisso com a Verdade;
que se deixam dominar por excessos de zelos desnecessários, transferindo os seus conflitos para os comportamentos que os demais
devem vivenciar; que se refugiam nos arraiais da fé, não por sentimentos elevados, mas procurando ocultar os conflitos nos quais estertoram...

As vozes dos Céus, destituídas dos ornamentos materiais e das falsas necessidades do convívio social, instauram a Nova Era, trabalhando
pelo ressurgimento das lições inconfundíveis do Amor, conforme Ele as enunciou e as viveu até o holocausto final...

O Seu Natal é um momento de reflexão, convidando as criaturas humanas a considerarem a Sua renúncia, deixando, por momentos,
o sólio do Altíssimo para percorrer os caminhos ásperos da sociedade daquele tempo, amando infatigavelmente e ensinando
com paciência incomum, de modo a instalar na rocha dos corações os alicerces do Reino de Deus que nunca serão demolidos.

Assim sendo, embora a inversão de valores em torno de Jesus e de Sua doutrina, que se observa
nas leiras do Cristianismo nas suas mais variadas denominações, nenhuma força provinda da insensatez conseguirá diminuir a
intensidade de que se revestem, por serem os caminhos únicos e de segurança para que a criatura, individualmente, e a sociedade,
em conjunto, alcancem a plenitude a que aspiram mesmo sem o saber.

Vianna de Carvalho (espírito)

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã do dia 17 de novembro de 2008, na cidade do Porto, Portugal.)
****


CELEBRAÇÃO DO NATAL

A prepotência da força gerara a arbitrariedade do poder. O mundo era, então, um espólio fácil nas garras dos insaciáveis esbulhadores.

Homens, mulheres e crianças facilmente transitavam de mão em mão sob a canga de vil cativeiro, cujas rédeas eram conduzidas pela impiedade triunfante no carro da guerra...

A ostentação e a miséria, a opulência e a sordidez, a exuberância do desperdício e a escassez de recursos constituíam contrastes aparvalhantes naqueles dias...

Dominadores de uma hora tombavam, logo depois, desfilando como hilotas ou sucumbiam asfixiados nos rios de sangue em que se compraziam...

Intrigas na política de César, desídias nas hostes poderosas, desmandos criminosos e conciliábulos argentários confraternizavam disfarçados com as tricas religiosas, as disputas pela primazia e as ambições desmedidas, fazendo que a alma dos povos sofresse o jugo do pulso férreo dos títeres do mundo e a mão veludosa, porém, traiçoeira, dos mandatários da fé.

A felicidade se consubstanciava na fortuna enganosa de um dia, no sorriso de um momento, logo convertidos em miséria de largo período e esgar de contínua contração facial.

Nenhuma fanfarra apregoadora. Festividade alguma entoando alvíssaras.
Nem palácio, nem berço de ouro.

Anunciado por profetas e anjos, Ele era esperado como o Justiçador.

Os que O aguardavam transferiam para Ele os métodos da violência e da subjugação com que esperavam submeter os outros homens, vencendo os povos e os humilhando vergonhosamente.

...Ele, todavia, elegeu o altar de uma lapa e o império imensurável da Natureza para apresentar-se aos homens.

Somente alguns poucos ouviram a melodia angélica e perceberam o lucilar da estrela indicadora, saudando o Seu advento e a Sua jornada.

Sua vida, no entanto, modificou a estrutura moral e espiritual da Humanidade desde então.

Esperança dos infelizes, fez-se porto de segurança dos desesperados. A partir daquele momento, em quaisquer conjunturas, Jesus é o alfa e o ômega das criaturas terrenas, apontando as direções seguras para a paz e a felicidade.

De certo modo, ante a semelhança destes tempos com aqueles dias, não te distraias nas exterioridades frívolas com que recordam o nascimento do Senhor.

Esparze em derredor a luz da alegria, o bálsamo do consolo e o pão da bondade, celebrando o Natal com as mãos da caridade e os tesouros do amor, de modo a transformares o coração num altar e a alma na sede do Seu reino, donde Ele possa novamente apresentar-se, por teu intermédio, aos desditosos, reconstruindo a vida sob a excelsa sinfonia dos anjos a repetirem:
Glória a Deus nas alturas; paz aos homens de boa vontade!


Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo Franco

O Espiritismo
www.oespiritismo.com.br
Adaptado por Estênio Negreiros, em dezembro de 2011.

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Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.” (Ayn Rand - 1905-1982)

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