sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

SELECIONADAS DO ESTÊNIO

Estimadas(os) amigas(os) e familiares,

Com o texto abaixo auguro-lhes Festas Natalinas de sadia alegria ao lado dos seus entes queridos e que o Ano de 2012 lhes seja proveitoso sob todos os aspectos, na certeza de que o Senhor do Universo nos guiará sempre pelos caminhos que percorreremos. 

Abraço-lhes fraternal e carinhosamente.    
                                  

Estênio Negreiros
Fortaleza,CE

RESSONÂNCIAS DO NATAL

Na paisagem fria e sem melhor acolhimento, a única hospedaria à disposição era a 

gruta modesta onde se guardavam os animais.
Não havia outro lugar que O pudesse receber.
O mundo, repleto de problemas e de vidas inquietas, preocupava-se com os poderosos do momento e reservava distinções apenas para os que se refestelavam no luxo, bem como no prazer.
Aos simples e desataviados sempre se dedicavam a indiferença, o desrespeito, fechando-lhes as portas, dificultando-lhes os passos.
Mas hoje, tudo permanece quase que da mesma forma.
Não obstante, durante aquela noite de céu transparente e estrelado, entre os animais domésticos, em uma pequena baia, usada como berço acolhedor, nasceu Jesus, que transformou a estrebaria num cenário de luzes inapagáveis que prosseguem projetando claridade na noite demorada dos séculos, em quase dois mil anos...
Inaugurando a era da humildade e da renúncia, Jesus elegeu a simplicidade, a fim de ensinar engrandecimento íntimo como condição única para a felicidade real.
O Seu reino, que então se instalou naquela noite de harmonias cósmicas, permanece ensejando oportunidades de redenção a todos quantos se resolvam abrigar nas suas dependências.
E o Seu nascimento modesto continua produzindo ressonâncias históricas, antes jamais previstas.
Homens e mulheres, que tomaram contato com Sua notícia e mensagem, transformaram-se, mudando-se-lhes o roteiro de vida e o comportamento, convertendo-se, a partir de então, em luzeiros que apontam rumos felizes para a Humanidade.
Guerreiros triunfadores passaram pelo mundo desde aquela época, inumeráveis.
Governantes poderosos estabeleceram reinos e impérios, que pareciam preparados para a eternidade, e ruíram dolorosamente.
Artistas e técnicos, de rara beleza e profundo conhecimento, criaram formas e aparelhagens sofisticadas para tornarem a Terra melhor, e desapareceram.
Ditadores indomáveis e aristocratas incomuns surgiram no proscênio terrestre, envergando posição, orgulho e superioridade, que o túmulo silenciou.
Estiveram, por algum tempo, deixando suas pegadas fortes, que tornaram alguns odiados, outros rechaçados e sob o desprezo das gerações posteriores.
Jesus, porém, foi diferente.
Incompreendido, o Cantor do Amor aceitou a cruz, para não anuir com o crime, e abraçou a morte para não se mancomunar com os mortos.
Por isso, ressurgiu, em triunfo e grandeza, permanecendo o Ser mais perfeito que jamais esteve na Terra, como modelo que Deus nos ofereceu para Guia.
Quando a Humanidade experimenta dores superlativas; quando a miséria sócio-econômica assassina milhões de vidas que estertoram ao abandono; quando enfermidades cruéis demonstram a fragilidade orgânica das criaturas; quando a violência enlouquece e mata; quando os tóxicos arruínam largas faixas da juventude mundial, ao lado de outros males que atestam a falência do Materialismo, ressurge a figura impoluta de Jesus, convidando à reflexão, ao amor e à paz, enquanto as ressonâncias do Seu Natal falam em silêncio: Ele, que tem salvo vidas incontáveis, pede para que tentes fazer algo, amando e libertando do erro pelo menos uma pessoa.
Lembrando-te dEle, na noite de Natal, reparte bondade, insculpe-O no coração e na mente, a fim de que jamais te separes dEle.
***

Bibliografia - Franco, Divaldo Pereira. Da obra Momentos Enriquecedores,
ditada pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.
Extraído da página http://www.espirito.org.br e adaptado por Estênio Negreiros.





COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A Colunas nos Jornais
23/12/2011 | 00:00

Fraude: Caixa só 
agiu após queixa
de investidor

O petista Jorge Hereda, presidente da Caixa, disse que promoveu a “apuração de responsabilidade disciplinar e civil” da suposta fraude de R$ 1 bilhão que lesou vários investidores, inclusive bancos e fundos de pensão. Ele esqueceu de contar um detalhe: conforme documentos em poder da coluna, ele só fez isso após a queixa das instituições que investiram em cédulas crédito imobiliário recomendadas pela Caixa.

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23/12/2011 | 00:00

Garantia do 'cartório'

Após a Caixa atestar que os papéis eram bons, a corretora Tetto estruturou as “cédulas crédito imobiliário” e as vendeu no mercado.

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23/12/2011 | 00:00

Estranha omissão

Durante três anos a Caixa mensalmente emitiu relatórios dando como desonerados (sem ônus) os papéis que lastreavam as cédulas de crédito imobiliário, passando ao mercado elevada confiança. Em fevereiro, admitiu que se enganara.

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23/12/2011 | 00:00

‘Culpa do sistema’

A Caixa atribuiu o “engano”, que fez sumir R$ 1 bilhão, ao seu sistema informatizado de monitoramento, que teria ficado “fora do ar”. Mas nunca ficou "fora do ar": gerou relatórios mensais informando o mercado do status desonerado desses papéis.

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23/12/2011 | 00:00

Investigação ampla

Ministério Público, Banco Central, TCU etc deveriam investigar a suposta fraude na Caixa desde 2008, suas vice-presidências de Tecnologia da Informação e Administrativa, controladoria e auditoria internas e externas e contabilidade, que "não perceberam" o problema por três anos.

23/12/2011 | 00:00

Cachorro grande

A Corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, sabe onde se meteu na briga com o Supremo: na onda da “faxina” no imaginário popular, sairá ainda mais fortalecida se perde a contenda.

23/12/2011 | 00:00

Derretido

Guido Mantega (Fazenda) é forte candidato ao prêmio “Rolando Lero” da coluna, com seu PIB que balança mais que a cantora Shakira.

CoroneLeaks (Coturno Noturno)
O blog está em ritmo de férias, festas e descanso. Um dia vai sair às sete, outro dia às dez, de vez em quando nem vai sair. É sempre bom lembrar que este é um blog amador e independente. Vamos levando assim e lá pelo dia 10 a gente volta ao ritmo normal. Boas festas e bom descanso a todos. Vocês merecem.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Dilma acusa as polícias estaduais por "limpeza humana". E a oposição calada.

O IBGE não considera a população moradora de rua nos seus censos demográficos. No entanto, as estimativas são de que entre 0,6% e 1% dos brasileiros vivam nas ruas. O número, desta forma, pode variar de 1,2 milhão a 2 milhões que não possuem uma casa para morar. 

Dilma Rousseff, ontem, dando sequência ao espetáculo de demagogia inaugurado pelas lágrimas de crocodilo de Lula, em 2003, esteve em meio aos catadores de lixo. Em referência aos moradores de rua, leiam o que escreveu hoje a Folha de São Paulo:

No discurso, ela ainda sugeriu que governos estaduais praticam uma política higienista. "O que está ocorrendo é uma limpeza humana nas grandes cidades deste país", disse a presidente, após lembrar que as polícias são controladas pelos governadores. Como argumento, ela citou o número de 142 moradores de rua que teriam sido mortos pela violência, segundo os organizadores do evento. De acordo com Dilma, é preciso abrir um diálogo com os governadores sobre a questão, já que a "União não tem poder sobre municípios nem sobre Estados". Para ela, isso mostra porque seria preciso aperfeiçoar o pacto federativo. 

Se pegarmos o número menor de moradores de rua, 143 mortes de pessoas significam 12 mortes por 100 mil habitantes, entre um grupo que não tem casa, não tem saúde, não tem segurança, não tem nada. Se pegarmos pelo número maior das estimativas, a média fica em 7 mortes a cada 100 mil. 

A média de homicídios do Brasil, após quase uma década de governo do PT, é de 22,6 por 100 mil habitantes. Segundo estatísticas do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, ocorreram, em 2010, quase 50 mil assassinatos no país, com um ritmo de 137 homicídios diários. No trânsito, a violência é a mesma, sendo que o número de mortes é de mais de 30 para cada 100 mil habitantes. Há uma grande responsabilidade do Governo Federal nestas mortes. Enorme responsabilidade. Cabe à Dilma impedir o tráfico de armas e o tráfico de drogas. Cabe à Dilma manter as estradas federais, que são as que mais matam, em condições mínimas de trafegabilidade.

Dilma Rousseff, ontem, em deprimente espetáculo de demagogia e politicagem barata, usou a parcela mais miserável da população brasileira, que demonstra o fracasso das suas políticas sociais, para lavar as mãos do sangue de inocentes que dependem, integralmente, do poder público que, em última análise, a tem como maior autoridade. E ainda jogou a culpa sobre os governadores de estado. A esquerda vive buscando mortes e mártires para, sobre eles, exercitar o seu discurso de luta de classes. É uma vergonha ouvir uma presidente falar em "limpeza humana" e "higienismo", com tantas mortes sob sua inteira responsabilidade. Mais vergonhoso ainda é nenhum membro da oposição dar uma resposta à altura.
Enviado por Ricardo Noblat -
23.12.2011
| 5h49m

Política

Congresso libera recursos para obras consideradas irregulares

Eduardo Bresciani, Estadão.com
A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional decidiu na quarta-feira, 21, liberar repasses de recursos do Orçamento de 2012 para 22 obras com indícios de irregularidades graves apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O relatório aprovado prevê a suspensão de repasse para apenas cinco obras. Presença frequente na lista de suspeitas do TCU, a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, mais uma vez foi salva pelos deputados e senadores.
Responsável pela elaboração do relatório, o deputado petista Weliton Prado (MG) argumentou que no caso das 22 obras liberadas a suspensão de repasse e a consequente paralisação traria maior prejuízo aos cofres públicos.
"A paralisação dos demais empreendimentos seria mais danosa à administração que sua continuidade diante do estágio de execução das obras e serviços e das providências já adotadas pelos gestores", justificou, em seu parecer.


COLUNA DO AUGUSTO NUNES, 22/12/2011

às 20:09 \ Direto ao Ponto

O Supremo fica bem mais sensato com uma faca imaginária no pescoço

Às nove e meia da noite de 28 de agosto de 2007, o ministro Ricardo Lewandowski chegou ao restaurante em Brasília ansioso por comentar com alguém de confiança a sessão do Supremo Tribunal Federal que tratara da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre o escândalo do mensalão. Por ampla maioria, os juízes endossaram o parecer do relator Joaquim Barbosa e decidiram processar os 40 acusados de envolvimento na trama. Sem paciência para esperar o jantar, Lewandowski deixou a acompanhante na mesa, foi para o jardim na parte externa, sacou o celular do bolso do terno e, sem perceber que havia uma repórter da Folha por perto, ligou para um certo Marcelo. Como não parou de caminhar enquanto falava, a jornalista não ouviu tudo o que disse durante a conversa de 10 minutos. Mas qualquer das frases que anotou valia manchete.
“A tendência era amaciar para o Dirceu”, revelou de saída o ministro, que atribuiu o recuo dos colegas a pressões geradas pelo noticiário jornalístico. “A imprensa acuou o Supremo”, queixou-se. Mais algumas considerações e o melhor momento do palavrório:  Todo mundo menos ele: o risco de afrontar a opinião pública não lhe reduziu a disposição de amaciar “Todo mundo votou com a faca no pescoço”.para José Dirceu, acusado de “chefe da organização criminosa”. Só Lewandowski ─ contrariando o parecer de Joaquim Barbosa, a denúncia do procurador-geral e a catarata de evidências ─ discordou do enquadramento do ex-chefe da Casa Civil por formação de quadrilha. “Não ficou suficientemente comprovada  a acusação”, alegou. O mesmo pretexto animou-o a tentar resgatar também José Genoíno. Ninguém divergiu tantas vezes do voto de Joaquim Barbosa: 12. Foi até pouco, gabou-se na conversa com Marcelo: “Tenha certeza disso. Eu estava tinindo nos cascos”.
Ele está tinindo nos cascos desde 16 de março de 2006, quando chegou ao STF 26 dias antes da denúncia do procurador-geral. Primeiro ministro nomeado por Lula depois do mensalão, Lewandowski ainda não aprendera a ajeitar a toga nos ombros sem a ajuda das mãos quando virou doutor no assunto. Para tornar-se candidato a uma toga, bastou-lhe a influência da madrinha Marisa Letícia, que transmitiu ao marido os elogios que a mãe do promissor advogado vivia fazendo ao filho quando eram vizinhas em São Bernardo. Mas só conseguiu a vaga graças às opiniões sobre o mensalão, emitidas em encontros reservados com emissários do Planalto. Ele sempre soube que Lula não queria indicar um grande jurista. Queria um parceiro de confiança, que o ajudasse a manter em liberdade os bandidos de estimação.
Passados mais de quatro anos, Lewandowski é o líder da bancada governista no STF ─ e  continua tinindo nos cascos, comprovou a  recente entrevista publicada pela Folha. Designado revisor do voto do relator Joaquim Barbosa, aproveitou a amável troca de ideias para comunicar à nação que os mensaleiros não seriam julgados antes de 2013. “Terei que fazer um voto paralelo”, explicou com o ar blasé de quem chupa um Chicabon. “São mais de 130 volumes. São mais de 600 páginas de depoimentos. Tenho que ler volume por volume, porque não posso condenar um cidadão sem ler as provas. Quando eu receber o processo eu vou começar do zero”. Como o relatório de Joaquim Barbosa deveria ficar pronto em março ou abril, como precisaria de seis meses para cumprir a missão, só poderia cloncluir seu voto no fim de 2012. O atraso beneficiaria muitos réus com a prescrição dos crimes, concedeu, mas o que se há de fazer? As leis brasileiras são assim. E assim deve agir um magistrado judicioso.
A conversa fiada foi bruscamente interrompida por Joaquim Barbosa, que estragou o Natal de Lewandowski e piorou o Ano Novo dos mensaleiros com o presente indesejado. Nesta segunda-feira, o ministro entregou ao revisor sem pressa o relatório, concluído no fim de semana, todas as páginas do processo e um lembrete desmoralizante: “Os autos do processo, há mais de quatro anos, estão digitalizados e disponíveis eletronicamente na base de dados do Supremo Tribunal Federal”, lembrou Barboza. Lewandowski, portanto, só vai começar do zero porque quis. De todo modo, o que disse à Folha o obriga a terminar a tarefa no primeiro semestre. Se puder, vai demorar seis meses para formalizar o que já está resolvido há seis anos: vai absolver os chefes da quadrilha por falta de provas.
As sucessivas manobras engendradas para adiar o julgamento confirmam que os pecadores não estão convencidos de que a bancada governista no STF é majoritária. Ficarão menos intranquilos se Cezar Peluso e Ayres Brito, que se aproximam da aposentadoria compulsória, forem substituídos por gente capaz de acreditar que o mensalão não existiu. Para impedir que o STF faça a opção pelo suicídio moral, o Brasil decente deve aprender a lição contida na conversa telefônica de 2007. Já que ficam mais sensatos com a faca no pescoço, os ministros do Supremo devem voltar a sentir a carótida afagada pelo fio da lâmina imaginária.





TRIBUNA DA INTERNET, sexta-feira, 23 de dezembro de 2011 | 03:07
Sebastião Nery
Numa noite de chuva, no Ouro Preto do século XVIII, o poeta Alvarenga Peixoto conversava na casa de João Rodrigues de Macedo, quando chegou Vicente Vieira da Mota com um bilhete fechado: “Alvarenga, estamos juntos e venha vosmecê já etc. Amigo Toledo”.
Toledo era o padre Carlos Gouveia de Toledo, chamando para uma reunião na casa do coronel Francisco de Paulo Freire de Andrade. Alvarenga Peixoto deixou a chuva passar e foi. Aquele “etc” era a senha da Inconfidência Mineira, a conspiração libertária contra a prepotência, a violência e a sangria nacional imposta por Portugal contra o povo e as riquezas do Brasil.
***
PARTIDOS
A crise política e institucional do País, hoje, onde os partidos já não valem nada, foram reduzidos a meras siglas de compra ou aluguel, apenas para inscreverem candidatos às eleições, sem qualquer compromisso com eles e muito menos com a população, é esta: faltam senhas. Os partidos perderam, venderam ou alugaram suas senhas. Faltam senhas, faltam programas.
Sem senhas, sem programas, os partidos lançam ou apóiam candidatos com os quais nada têm a ver, senão o preço do acordo, o negócio do apoio. E o eleitorado fica sem uma senha, um programa, uma distinção para escolher. São todos iguais no balaio de caranguejos. Nem pelas patas se reconhecem.
A queixa dos jornalistas, de muitos políticos e sobretudo da população, é que não têm a menor idéia em quem vão votar, porque os acordos de partidos não são partidários são financeiros, as alianças não são de programas, são de dinheiro.
Os candidatos um dia são candidatos, no outro já não são mais, porque as legendas em que iam disputar foram negociadas de madrugada e dadas a outros. Se ainda fosse a outros do mesmo partido, tudo bem, ou menos mal. Mas em geral a legenda vai para outro de outro partido ou partido nenhum.
***
LULA E FHC
De quem é a culpa dessa androginia dos partidos, que os transformou em entidades emasculadas, sem programa, sem caráter, sem senha, sem “etc”?
De Lula, mas não só de Lula. Do PT, mas não apenas do PT. Nos dois últimos mandatos, Lula e o PT “mensalaram” os partidos, comprando-os e os desmoralizando. Lula e o PT nasceram como esperança, hoje são culpa.
Mas já vem muito lá detrás. Com Sarney, piorou. Com Fernando Henrique, abriram a cancela da probidade pública, da moral republicana. Para comprar a reeleição, Fernando Henrique ensinou como se compra o Congresso. Mas nunca se negocia o voto de todos. Há sempre os que resistem.
Na véspera da convenção nacional do PMDB, em 97, que ia decidir se o partido apoiava ou não a emenda da reeleição, Fernando Henrique chamou ao Palácio da Alvorada o deputado Paes de Andrade, presidente do partido:
- Paes, presida a convenção como um magistrado.
- Como magistrado, não, porque não sou magistrado. Vou presidir com a paixão das convenções do partido, que você bem conhece.
- Paes, como vai ser a convenção? Me ajude, venha governar comigo.
- Não vou ajudar, presidente. Sou contra a reeleição. Só garanto que não vai haver nenhuma irregularidade ou ilegalidade. Mas você vai perder.
Perdeu. Dois terços ficaram contra a reeleição. Mas no plenário, FHC comprou os votos.

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Estênio Negreiros
Fortaleza,CE

Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.” (Ayn Rand - 1905-1982)

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