JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE
União Européia em crise é vítima de seu egoismo
Há três anos, o Mercosul tenta um Acordo de Livre Comércio com a União Europeia (UE).
A mesma UE que vive a sua pior crise política e financeira, causada por vários motivos, um dos quais é o egoísmo de alguns dos seus governos, que defendem o livre mercado quando é para vender seus bens e
impõem barreiras de todos os tipos – alfandegárias ou fitossanitárias – aos produtos dos países pobres ou de economia emergente.
Os europeus da Zona do Euro – França à frente – têm rejeitado a compra da carne e de quase todos os outros produtos da agropecuária brasileira.
Várias reuniões de autoridades, técnicos e empresários brasileiros e europeus já se realizaram em Brasília, em Buenos Aires, em Assunção, em Montevidéu e em Bruxelas na tentativa de construir um consenso que viabilize o Acordo de Livre Comércio – todas em vão, até agora. Mais uma está prevista para o fim deste ano, em Bruxelas.
Esse acordo interessa ao Ceará, que vê nele a grande chance de ampliar sua produção de bananas.
O projeto cearense para essa ampliação está pronto, mas sua implementação dependerá do acordo com a União Europeia.
A multinacional Delmonte, maior produtora mundial de banana, tem terras que já produzem a fruta na região jaguaribana.
Outra multinacional – a Banesa – que também produz banana aqui – torce por esse acordo, que, se celebrado, incrementará fortemente a fruticultura cearense.
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
- 07/11/2011 | 00:00
Assessor de
Lupi empregou a mulher em ONGA anarquia gerencial no Ministério do Trabalho atingiu níveis que impressionam. O Palácio do Planalto recebeu a denúncia de que o coordenador-geral de Contratos e Convênios, Manoel Eugênio Guimarães de Oliveira, um dos mais próximos assessores do ministro Carlos Lupi, empregou a mulher, Irany Ferreira de Oliveira, na ONG Confederação Nacional de Evangélicos (Conae), com a qual celebrou convênio milionário para qualificação de mão de obra.
- 07/11/2011 | 00:00
Agora é com a PF
A ONG Conae foi denunciada à Polícia Federal por uma testemunha, Geraldo Nascimento, pelo uso de notas frias em prestações de contas.
- 07/11/2011 | 00:00
ONGs pedetistas
Geraldo Nascimento, em acordo de delação premiada, acusou outra ONG ligada ao PDT e a Carlos Lupi: a Fundação Oscar Rudge, do Rio.
- 07/11/2011 | 00:00
O pirão primeiro
O Brasil é um dos dez piores países do mundo para fazer negócios, segundo o Banco Mundial. Mas depende do tipo de negócios, claro.
- 07/11/2011 | 00:00
Hasta la vista
Cuba, finalmente, permitirá a compra e venda de propriedades. O boom imobiliário, já fortalecido por brasileiros, vai crescer muito em Miami.
- 07/11/2011 | 00:00
Garfada da
Receita deixa o
Serpro em apurosO último relatório da Controladoria-Geral da União sobre as contas do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) aponta “usurpação contábil” nas contas. Muito por conta da repactuação para baixo, em 2009, de valores de contratos com a Receita Federal, maior cliente. Um dado alarmante foi descoberto: as despesas chegaram a R$ 261,4 milhões, grande parte como pagamento de ações judiciais.
- 07/11/2011 | 00:00
Ainda mais rico
A família de Bruno Maranhão vai botar a mão em R$ 45 milhões, pela venda do último grande terreno à beira-mar em Boa Viagem, Recife, onde caiu o avião da empresa NoAr, em julho. Ele é aquele porralouca do “MLST” que liderou a invasão e depredação da Câmara, em 2006.
- 07/11/2011 | 00:00
Só para VIPs
Além de Lula, cujo plano de saúde paga o tratamento contra o câncer no Sírio e Libanês, a Câmara gasta R$ 1,1 milhão para usar serviços do hospital; o Senado, R$ 2 milhões. Sem licitação. Eles merecem.
- 07/11/2011 | 00:00
Credívida
Condenado pelo Tribunal de Contas da União a devolver R$ 120 mil por irregularidades, o ex-prefeito de Pindoretama (CE) José Barbosa (PPS), poderá parcelar o débito em 24 prestações. Se a moda pega...
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
O negociador da corrupção dentro do governo está ficando cansado.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-GeraldaPresidência) disse ontem ao Estado que “já está ficando cansado” de administrar crises envolvendo colegas do primeiro escalão. Ele se referia às notícias de que o PDT montou um esquema de achaque para aprovar convênios firmados entre o Ministério do Trabalho e ONGs. Sua declaração foi feita em tom de desabafo. “Teremos de ver isso amanhã (hoje). Se bem que o ministro Carlos Lupi (Trabalho) tomou providências imediatas e afastou dois assessores”, ponderou Carvalho.
Lupi exonerou os dois servidores no sábado, mesmo dia em que circulou a edição da revista Veja com a notícia de que os auxiliares tinham montado um esquemade cobrança de propina contra ONGs que têm convênio com o ministério. De junho até agora, coube a Gilberto Carvalho negociar a queda de cinco ministros envolvidos em escândalos, que vão desde as suspeitas de enriquecimento ilícito – caso de Antonio Palocci (Casa Civil) – a suposto desvio de dinheiro e cobrança de propinas, que atingiu Alfredo Nascimento (Transportes), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Orlando Silva (Esporte). Entre as tarefas do ministro Carvalho está a de manter contato com os partidos dos ministros que são obrigados a se afastar. A habilidade dele temconseguido evitar que as crises levem ao rompimento das legendas com o governo.
Lupi exonerou os dois servidores no sábado, mesmo dia em que circulou a edição da revista Veja com a notícia de que os auxiliares tinham montado um esquemade cobrança de propina contra ONGs que têm convênio com o ministério. De junho até agora, coube a Gilberto Carvalho negociar a queda de cinco ministros envolvidos em escândalos, que vão desde as suspeitas de enriquecimento ilícito – caso de Antonio Palocci (Casa Civil) – a suposto desvio de dinheiro e cobrança de propinas, que atingiu Alfredo Nascimento (Transportes), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Orlando Silva (Esporte). Entre as tarefas do ministro Carvalho está a de manter contato com os partidos dos ministros que são obrigados a se afastar. A habilidade dele temconseguido evitar que as crises levem ao rompimento das legendas com o governo.
PT afana o PIB do aumento de 9,1 milhões de aposentados.
A Força Sindical reagiu às declarações da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e defendeu um aumento real em 2012 para aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima de um salário mínimo. O presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), defende um reajuste de 11,7%. Na última sexta-feira, Miriam afirmou que os aposentados terão a reposição da inflação. "Nos parece que, dadas as condições do País, é o suficiente neste momento", disse a ministra.
Em nota, a Força Sindical afirma que o aumento real dos benefícios é uma forma de distribuição de renda no País, que beneficiaria 9,1 milhões de aposentados e pensionistas. "A insensatez social da ministra deixa indignados os milhões de aposentados e pensionistas que dedicaram grande parte de suas vidas à construção deste País", critica. A entidade lembra que a declaração da ministra é feita no momento em que entidades representativas dos aposentados estão dialogando com parlamentares da Comissão Mista do Orçamento no Congresso para garantir um reajuste real em 2012. "A nefasta declaração da ministra do planejamento não colabora com o processo e embute um triste viés autoritário que visa desestimular uma negociação democrática", afirma a nota.
Os deputados Paulinho e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) já apresentaram emenda ao Orçamento de 2012 estabelecendo um reajuste de 11,7% para os aposentados que ganham valores acima do salário mínimo. A nota informa que a Força Sindical se reunirá amanhã com o presidente da Comissão Mista do Orçamento, senador Vital Rêgo, e com o relator do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia, para discutir a possibilidade de aumento real. Os aposentados que ganham acima de um salário mínimo querem que o reajuste dos benefícios seja de 11,7% em 2012, com base na mesma fórmula que garante a reposição real do salário mínimo. As entidades que representam os aposentados pedem que o reajuste desses benefícios considere a inflação de 2011 (pelo INPC) acrescido do crescimento da economia (Produto Interno Bruto - PIB) em 2010. (Do Estadão)
Segundo os órgãos de fiscalização e controle, quando a obra tem que ser feita de forma urgente, há redução em custos com locação de maquinário, por exemplo, devido ao menor tempo de uso. Por outro lado, há acréscimos nos gastos com energia e aluguel de equipamentos para iluminação. Na prática, reduções e acréscimos se anulam. O que pesa no aumento dos custos são os encargos trabalhistas. Num empreendimento normal, o valor gasto com encargos equivale a 113% do salário do trabalhador da construção civil, segundo estudos de órgãos de controle. Quando há turnos extras e à noite, esse índice vai a 145%. José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e Engenharia), diz que cada obra terá acréscimos de custo específicos e que dificilmente alguma deixará de tê-lo. "Faltou controle para a gestão, o tempo foi perdido." Em alguns casos, o atraso dos projetos passou de dois anos.
Obras noturnas já estão sendo adotadas em metade dos 12 estádios da Copa. Em todos eles, o preço para a execução de forma urgente já estava previsto na licitação. Outros dois estádios, Beira-Rio (RS) e Arena das Dunas (RN), em que a construção está em estágio inicial, consideram provável o turno extra. Manaus diz que pode usá-lo. Apenas os responsáveis pelo Mineirão (MG), Arena Pantanal (MT) e Arena da Baixada (PR) descartam hoje o "regime de urgência". No caso dos aeroportos, em pelo menos sete o valor será elevado pelos atrasos. Um alerta já foi dado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). O preço da construção do Terminal Remoto de Guarulhos (SP), uma das várias obras projetadas para o aeroporto, será no mínimo R$ 15 milhões acima do normal. O aumento de custo deve acontecer com outros projetos da Infraero. Alguns estão previstos desde a década de 90, mas não foram iniciados. O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, diz que foi decisão do governo adotar a urgência em Guarulhos. "Se fosse pelo ritmo normal, a obra ficaria pronta em junho de 2012 e teríamos problemas no fim do ano. Mas será o único contrato emergencial." ( Da Folha)
Em nota, a Força Sindical afirma que o aumento real dos benefícios é uma forma de distribuição de renda no País, que beneficiaria 9,1 milhões de aposentados e pensionistas. "A insensatez social da ministra deixa indignados os milhões de aposentados e pensionistas que dedicaram grande parte de suas vidas à construção deste País", critica. A entidade lembra que a declaração da ministra é feita no momento em que entidades representativas dos aposentados estão dialogando com parlamentares da Comissão Mista do Orçamento no Congresso para garantir um reajuste real em 2012. "A nefasta declaração da ministra do planejamento não colabora com o processo e embute um triste viés autoritário que visa desestimular uma negociação democrática", afirma a nota.
Os deputados Paulinho e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) já apresentaram emenda ao Orçamento de 2012 estabelecendo um reajuste de 11,7% para os aposentados que ganham valores acima do salário mínimo. A nota informa que a Força Sindical se reunirá amanhã com o presidente da Comissão Mista do Orçamento, senador Vital Rêgo, e com o relator do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia, para discutir a possibilidade de aumento real. Os aposentados que ganham acima de um salário mínimo querem que o reajuste dos benefícios seja de 11,7% em 2012, com base na mesma fórmula que garante a reposição real do salário mínimo. As entidades que representam os aposentados pedem que o reajuste desses benefícios considere a inflação de 2011 (pelo INPC) acrescido do crescimento da economia (Produto Interno Bruto - PIB) em 2010. (Do Estadão)
Atrasos da Copa geram rombo de R$ 720 milhões.
Os atrasos nos projetos de estádios e aeroportos vão fazer o país gastar, no mínimo, R$ 720 milhões a mais para realizar a Copa do Mundo de 2014. O montante seria suficiente para a construção de um novo estádio.O valor se deve à despesa adicional com turnos extras de trabalhadores (incluindo expediente noturno) para que as obras não estourem ainda mais o prazo. O "regime de urgência" implica um custo extra de 8%, segundo indicam as planilhas dos estádios do Mundial. Nove arenas e sete aeroportos já são, ou deverão ser, erguidos em esquema de três turnos, varando a noite. Esses projetos somam R$ 9 bilhões -incluídos os R$ 720 milhões de despesa adicional devido ao atraso. Entre eles está o Itaquerão, com obras noturnas já contratadas.
Segundo os órgãos de fiscalização e controle, quando a obra tem que ser feita de forma urgente, há redução em custos com locação de maquinário, por exemplo, devido ao menor tempo de uso. Por outro lado, há acréscimos nos gastos com energia e aluguel de equipamentos para iluminação. Na prática, reduções e acréscimos se anulam. O que pesa no aumento dos custos são os encargos trabalhistas. Num empreendimento normal, o valor gasto com encargos equivale a 113% do salário do trabalhador da construção civil, segundo estudos de órgãos de controle. Quando há turnos extras e à noite, esse índice vai a 145%. José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e Engenharia), diz que cada obra terá acréscimos de custo específicos e que dificilmente alguma deixará de tê-lo. "Faltou controle para a gestão, o tempo foi perdido." Em alguns casos, o atraso dos projetos passou de dois anos.
Obras noturnas já estão sendo adotadas em metade dos 12 estádios da Copa. Em todos eles, o preço para a execução de forma urgente já estava previsto na licitação. Outros dois estádios, Beira-Rio (RS) e Arena das Dunas (RN), em que a construção está em estágio inicial, consideram provável o turno extra. Manaus diz que pode usá-lo. Apenas os responsáveis pelo Mineirão (MG), Arena Pantanal (MT) e Arena da Baixada (PR) descartam hoje o "regime de urgência". No caso dos aeroportos, em pelo menos sete o valor será elevado pelos atrasos. Um alerta já foi dado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). O preço da construção do Terminal Remoto de Guarulhos (SP), uma das várias obras projetadas para o aeroporto, será no mínimo R$ 15 milhões acima do normal. O aumento de custo deve acontecer com outros projetos da Infraero. Alguns estão previstos desde a década de 90, mas não foram iniciados. O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, diz que foi decisão do governo adotar a urgência em Guarulhos. "Se fosse pelo ritmo normal, a obra ficaria pronta em junho de 2012 e teríamos problemas no fim do ano. Mas será o único contrato emergencial." ( Da Folha)
O fracasso do pobretão que se faz de rico vestindo um fraque puído nos fundilhos
“A reunião do G20 foi um sucesso relativo”, disse Dilma Rousseff. Nesse caso, outros participantes devem ter feito bonito para compensar a apresentação da supergerente do Brasil Maravilha resumida na foto desoladora. Foi um fracasso absoluto, berra a imagem. Havia menos gente na plateia do que na comitiva oficial.
É nisso que dá acreditar que governantes e jornalistas do mundo inteiro disputam a socos e pontapés o privilégio de ouvir conselhos, bravatas, invencionices e embustes despejados por emissários de um pobretão que se faz de rico vestindo um fraque puído nos fundilhos.
06/11/2011
às 14:50 \ O País quer SaberA degradação da UNE
TEXTO PUBLICADO NO ESTADÃO DESTE DOMINGO
Quase um ano depois de ter recebido R$ 30 milhões do governo Lula para construir sua sede na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, a União Nacional dos Estudantes (UNE) até agora não conseguiu ir além da pedra fundamental, que foi lançada pelo presidente Lula da Silva em dezembro do ano passado. A concessão desse valor foi justificada por Lula como pagamento de indenização devida pelo Estado brasileiro pelos danos patrimoniais à entidade durante o regime militar.
Como a UNE não é uma entidade pública, o governo não podia transferir dinheiro dos contribuintes para custear as obras. A indenização por danos patrimoniais foi o expediente encontrado pelo governo Lula para contornar essa proibição legal. Primeiro, o governo reconheceu a responsabilidade da União na destruição do prédio da entidade, que foi incendiado em 1.º de abril de 1964. Em seguida, Lula autorizou a União a promover uma “reparação” no montante equivalente a seis vezes o valor de mercado do terreno.
É muito dinheiro, mas nada garante que os dirigentes da UNE terão a competência necessária para a obra sem precisar pedir mais dinheiro público, em troca de apoio político aos governantes de plantão.
Ao contrário do que ocorreu no passado, quando lutou efetivamente, tanto contra a ditadura Vargas quanto contra a dos militares, a UNE é hoje uma força auxiliar do governo e um reduto do PC do B. Desde a ascensão de Lula ao poder, em 2003, a UNE age como um órgão chapa-branca, apoiando todas as iniciativas administrativas e políticas do Palácio do Planalto.
Pelos serviços prestados, ficou com o direito de indicar antigos dirigentes da entidade para o Ministério do Esporte – vários deles envolvidos no escândalo de repasses irregulares de recursos públicos a ONGs fantasmas – e ganhou polpudas verbas tanto da administração direta como da indireta, sob a justificativa de divulgar programas dos Ministérios da Educação, da Saúde, da Cultura e da Igualdade Racial, promover “caravanas da cidadania” em universidades federais, realizar jogos estudantis e organizar ciclos de debates.
Só do Ministério do Esporte, a UNE ganhou um total de R$ 450 mil, entre 2004 e 2009, para promover eventos de “esporte educacional” e capacitação de gestores de esporte e lazer. Ao que parece, como os dirigentes da UNE transformam-se, em geral, em estudantes profissionais que não costumam frequentar salas de aulas, o lazer se converteu em sua principal “especialização”.
Desde 1995, quando começou a obter verbas governamentais, a UNE já recebeu mais de R$ 44 milhões dos cofres públicos. Do montante acumulado nesses 17 anos, 97,4% foram desembolsados durante os oito anos de governo do presidente Lula. Os 2,6% restantes foram repassados pelo governo do presidente Fernando Henrique. Os números foram coletados pelo site Contas Abertas, com base no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
A exemplo do que está ocorrendo com a maioria das ONGs financiadas pelo Ministério do Esporte, a maneira como a UNE gasta o dinheiro dos contribuintes também é, no mínimo, perdulária. Depois de identificar recibos frios e gastos com restaurantes de luxo e bebida importada nas contas da entidade, o Ministério Público Federal pediu as cópias das prestações de contas da entidade aos Ministérios e empresas públicas e sociedades de economia mista com que mantém convênios. E, no dia 6 de agosto, a Procuradoria-Geral do Ministério da Fazenda lançou a UNE como inadimplente no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).
Procurados para esclarecer o atraso da construção de sua sede com dinheiro público, os motivos das suspeitas do Ministério Público Federal e o que levou à inadimplência no Ministério da Fazenda, os dirigentes da entidade limitaram-se a afirmar que as obras da nova sede começarão em 2012 e que as verbas recebidas do governo têm sido gastas em “congressos e bienais da cultura”. Isso mostra a que nível de degradação política chegou a UNE.
06/11/2011
às 16:31 \ Direto ao PontoCelso Arnaldo e o Discurso sobre o Nada em Cannes: dar um jeito no neurônio de Dilma é coisa para um Sírio-Libanês
Impressionado com o Discurso sobre o Nada em Cannes, o jornalista Celso Arnaldo Araújo achou que era pouco internar Dilma Rousseff por causa de um único trecho do palavrório sem pé nem cabeça. O grande caçador de cretinices juntou logo quatro maravilhas do dilmês rústico, acrescentou seu parecer e remeteu aos enfermeiros a hóspede mais assídua do Sanatório Geral. Fez um trabalho tão bom que os médicos do famoso nosocômio acharam que é coisa para o Direto ao Ponto. (AN)
“Aí fomos para a reunião do G20. Na reunião do G20… Aliás, desculpa, dos Brics. Na reunião dos Brics, os Brics discutiram a questão da crise europeia. Os Brics, eu acho que nenhum deles foi… todos eles acharam que tinha de aumentar, se houvesse uma ajuda, se fosse necessário a ajuda, se… obviamente, os que são ajudados têm de querer. Enfim, são discussões…”
“Nas reuniões, assim, mais laterais: com os japoneses, discutimos o trem de alta velocidade… Quem mais que foi? Ah, com a OIT, foi essa questão que a OIT enfatizou muito, a importância que o Brasil tem na questão da política social, da política de proteção social, da política de valorização do trabalho. Até a nossa… a recente promulgação do Pronatec. Eles acompanham bem acompanhado”.
“Com a primeira-ministra, com a chanceler Angela Merkel, nós discutimos a importância da relação do Brasil com a Alemanha; enfatizamos que vamos dar uma ênfase muito grande à questão da pequena e da média empresa no Ano Brasil-Alemanha 2013/2014 (…) Enfim, eu estou tentando ser o máximo específica, mas, em geral, há muita, havia muita preocupação com a questão da crise europeia”.
“Não é protecionismo, nós temos de nos proteger também, cada um faz o que pode. Agora, tem algumas medidas que nós nunca vamos controlar. Não vamos controlar a hora que eles resolvem despejar 800… A última vez foram 800 milhões? Bi? Trezentos? Quanto foi o último quantitative easing, o dois? Seiscentos bi? Eu não vou… não tem como controlar isso, não tem como controlar a política cambial chinesa. Nós achamos é que não… passamos o tempo inteiro dizendo isso: que tem isso, que não pode ser assim, que tem de mudar. E, hoje, isso meio que se internalizou; hoje, não somos só nós a falar isso”.
Celso Arnaldo faz o resumo da Ópera da Maluquice:
Dilma Rousseff, tentando explicar aos jornalistas o conteúdo de suas sucessivas reuniões com chefes de estado das outras 19 nações mais ricas do mundo, que discutiram em Cannes o futuro do planeta, com uma sucessão de frases e ideias que, levadas ao pé da letra, sem uma rigorosa revisão, seriam barradas da ata da reunião de condomínio de um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida.
Dilma Rousseff, tentando explicar aos jornalistas o conteúdo de suas sucessivas reuniões com chefes de estado das outras 19 nações mais ricas do mundo, que discutiram em Cannes o futuro do planeta, com uma sucessão de frases e ideias que, levadas ao pé da letra, sem uma rigorosa revisão, seriam barradas da ata da reunião de condomínio de um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida.
Enviado por Ricardo Noblat -
7.11.2011
| 8h15m
Comentário
Mau cheiro
O Grito, Edvard Munch, litogravura 1895
Somente os muito ingênuos acreditam que os partidos brigam por cargos interessados em ajudar o governo a fazer o bem do país – e nada mais.
Nunca foi assim. E pelo jeito jamais será.
Os partidos ambicionam cargos para roubar. O dinheiro enche os bolsos dos seus dirigentes e financia campanhas que custam cada vez mais caro. É simples assim.
Surpreso? Não brinque.
Candidato rico pode até gastar parte do seu dinheiro para se eleger. São raros.
O senador Blairo Maggi (PR-MT) talvez seja um deles. Sua fortuna cresceu 356% entre 2006 e 2010 quando governou Mato Grosso pela segunda vez consecutiva. É o rei da soja. E a soja, sabe como é...
De remediado para baixo, candidato usa o dinheiro dos outros para se eleger. E fica devendo favores que depois tenta pagar no exercício do mandato.
Emplacar um protegido em cargo de relevo é meio caminho andado para pagar o que deve e sair com lucro. Perguntem ao experiente senador José Sarney se não é...
Há uma secretária de empresa estatal da área de energia que só faz uma coisa durante o expediente: cuidar dos interesses do senador. Ora ela atende o próprio, ora algum dos filhos dele.
Antes que passe pela cabecinha de Sarney a ideia de me processar, adianto logo: tudo o que ele faz, tudo mesmo, é legal. Fui claro? Fui convincente?
Estamos conversados. Adiante.
O PT só chegou ao poder que de fato importa quando resolveu se comportar como os demais partidos. Lula cansara de perder. Então arquivou a vergonha.
Certo dia, entre 1998 e 2002, chamou José Dirceu e disse mais ou menos isto: “Só serei candidato pela quarta vez se for para ganhar. E para ganhar vale tudo”.
Valeu, por exemplo, comprar o passe do Partido Liberal (PL) de Valdemar Costa Neto por pouco mais de R$ 6 milhões. Lula assistiu à compra sentado num terraço de apartamento, em Brasília.
Parte do dinheiro para a compra foi doada pelo seu então candidato a vice, José Alencar. O apoio do PL resultou em mais tempo de televisão e de rádio para Lula. Apoio de partido vale por isso.
No primeiro mandato, Lula recusou-se a pagar o preço pedido pelo PMDB para apoiá-lo. O PMDB queria cargos, muitos cargos. E autonomia para tirar proveito deles.
Contrariando José Dirceu, Lula imaginou que poderia governar comprando apoios a cada votação importante no Congresso. O mensalão derivou disso. E deu no que deu.
O loteamento do governo consumou-se no segundo mandato. E foi responsável pela montagem da coligação de 11 partidos que apoiou Lula e que depois apoiaria Dilma.
Pergunte a qualquer ex-presidente da República se os partidos que governaram junto com ele não se aproveitaram de cargos para roubar. Pensando melhor, não pergunte.
Todos negarão que isso tenha ocorrido. Há assuntos sobre as quais não se fala.
Na vida real, os governantes admitem certa margem de roubo. Caso o roubo vire um escândalo e o ameace, ele é obrigado a limpar a área. Os partidos e eventuais ocupantes de cargos públicos concordam que ele proceda assim. Desde que ninguém vá preso.
No programa “Zorra Total” da Rede Globo de Televisão, no último sábado, ouvi o comentário de um personagem cínico e ao mesmo tempo engraçado: “Voltar? Dinheiro de corrupção? Não volta. Volta vestido tubinho. Volta pantalona. Mas dinheiro de corrupção não volta”.
Bingo! É da regra do jogo. Sem prisão – salvo se temporária e curta. Sem devolução.
A verdade é relativa em países considerados livres. Em países dotados de regimes autoritários, existem verdades absolutas.
Posso dizer, por exemplo, que Dilma tem-se mostrado mais intolerante do que Lula com a corrupção. Ou posso dizer que Dilma não tem o cacife que Lula tinha para tolerar a corrupção. Assim será se lhe parecer.
Uma vez denunciados pela imprensa, Dilma livrou-se no curto período de 11 meses de governo de cinco ministros suspeitos de envolvimento com irregularidades. Tem um sexto aí na bica.
Em qualquer outro lugar já se teria dito com todas as letras e a ênfase necessária que o governo apodreceu. Sim senhor, apodreceu. Está dito.
--
Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)
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