-COLUNA DO AUGUSTO NUNES, 10/11/2011-
Nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff ocupou por quase 10 minutos uma cadeia nacional de rádio e televisão. Poderia ter contado o que tem feito ou pretende fazer para abrandar os efeitos sobre o Brasil da crise econômica europeia. Poderia ter informado a data prevista para o encerramento da procissão de ministros corruptos. Poderia ter explicado por que ainda não conseguiu desengavetar uma única promessa
recitada durante a campanha eleitoral. Ou poderia ter tranquilizado milhões de brasileiros com a notícia de que, neste verão, os estragos provocados pela temporada das chuvas serão menos apavorantes que os registrados no começo do ano.
Em vez disso, preferiu iludir os desinformados com mais promessas que não serão cumpridas. Os assombros da vez contemplaram um sistema de saúde que Lula e Dilma até recentemente achavam quase perfeito (embora ambos sempre tenham preferido refugiar-se no Sírio-Libanês quando a coisa aperta). A fórmula se repete há quase nove anos, comprova o vídeo de dois minutos e meio na seção O País quer Saber: quando problemas de bom tamanho afligem o Brasil, o governo contorna a verdade pela trilha da enganação.
No País do Carnaval, a mentira tem uma expectativa de vida muito mais elevada que a registrada em lugares majoritariamente habitados por gente com vergonha na cara. Mas não dura para sempre. E com frequência morre sem aviso prévio.
A supergerente nascida para comandar tropeça na arrogância do ministro falastrão
A líder de nascença, extraordinariamente articulada e mais sabida que qualquer homem, capaz de remover impasses de bom tamanho com outra ideia luminosa ─ essa Dilma Rousseff começou a morrer de inanição quando a ministra de pouquíssimas palavras virou candidata à Presidência e teve de destravar a garganta. Meia dúzia de frases sem pé nem cabeça bastaram para escancarar o neurônio solitário. A primeira entrevista mais demorada denunciou um cérebro em permanente litígio com o raciocínio lógico. A Joana D’Arc da guerrilha urbana é tão palpável quanto o Brasil Maravilha do cartório.
A superexecutiva onisciente, onipresente e onipotente, capaz de organizar em 30 minutos uma contrapartida administrativa do Barcelona ─ essa Dilma Rousseff morreu de anemia depois da saída de seis ministros (cinco por corrupção, um por alucinação) em menos de 10 meses de governo. Um técnico de futebol que substitui meio time antes dos 25 minutos do primeiro tempo, para antecipar-se à expulsão inevitável e para subtrair-se às vaias das arquibancadas, só pode ser autorizado a escalar a seleção do hospício.
A arogância debochada de Carlos Lupi ameaça rasgar a terceira e última fantasia. É a que enfeita a supergerente implacável, incansável e geniosa, capaz de fazer qualquer marmanjo folgado chamar a mãe já no início do pito arrasador, ou de emudecer até um cangaceiro aliado com aquele perturbador “meu querido…” rosnado ao pé da orelha. “Pela relação que tenho com a Dilma, não saio nem na reforma”, jactou-se nesta terça-feira o ainda ministro do Trabalho, depois da conversa com a antiga companheira de PDT. Nada de “presidenta”, muito menos “presidenta Dilma Rousseff”. Para Lupi, a chefe de governo é “a Dilma”, com o artigo sublinhando a intimidade de comparsa.
Nesta quarta-feira, Lupi fingiu que a imprensa não entendeu direito o que disse. Negou ter desafiado a chefe, mas manteve a essência do falatório: vai continuar no cargo ─ antes e depois da reforma ministerial de janeiro. Dilma encarregou Gleisi Hoffmann de lembrar à nação que é a presidente quem nomeia e demite. Mas não demitiu o homem que instalou num gabinete desonrado por incontáveis maracutaias. A permanência de Lupi no ministério arrendado ao PDT fortalecerá a suspeita de que os frequentes ataques de nervos protagonizados por Dilma Rousseff não têm parentesco com os associados a governantes enérgicos, exigentes, durões.
São apenas chiliques. São só grosserias.
Blog do Mourão - O cotidiano em outra perspectiva
|
Posted: 09 Nov 2011 01:45 PM PST
A Administração Municipal de Fortaleza dá sinais evidentes de pusilanimidade em relação ao chamado comércio ambulante do Centro da cidade. Até hoje não conseguiu encontrar uma diretriz adequada em resposta a esse problema que atormenta o Centro da Cidade.
O episódio da Catedral Metropolitana, quando o Padre Clayrton Alexandrino, suspendeu os ofícios religiosos até que esse comércio seja afastado das calçadas da igreja, evidenciou com cores ainda mais aberrantes a ambigüidade do Paço Municipal.
Mesmo entendendo a dimensão social de quem deseja trabalhar, ganhar dinheiro, etc., não se pode transformar espaço público em local privado. Normalmente, o desejo de comercializar exige um espaço – próprio, alugado ou cedido – e, o mínimo de regularização legal. Estas pessoas, geralmente terceiros de outros, tem Carteira do Trabalho assinada? Tem algum direito trabalhista? Cotizam para a Previdência Social?
Nesse caso, existe uma concorrência desleal com os que comercializam e pagam todas estes ítens.
O Padre deu o exemplo… O que falta para que outros setores protestem? Inclusive aqueles que reivindicam um local para comercializarem e ganharem o pão de cada dia? O poder público pode construir e “ceder” um espaço apropriado. Depende de vontade e dA competência política dos que exercem o poder.
|
Posted: 09 Nov 2011 06:13 AM PST
A excelente reportagem do OPOVO (07.11.11 – p. 4) sobre as emergências médicas de Fortaleza: “ Superlotação nos corredores”, apresenta dados alarmantes:
Instituto José Frota (IJF) – Leitos de emergência – 40; no corredor – 156;
Hospital Geral de Fortaleza (HGF) – Leitos de emergência – 96; no corredor – 70; Hospital de Messejana (HM) – Leitos de emergência – 100; no corredor – 25; Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) – leitos de emergência – 12; no corredor – 6.
Resumindo – 248 – leitos de emergência; 256 – macas nos corredores; 504 – pacientes buscando socorro médico.
Mesmo existindo propostas de solução a longo prazo – novos hospitais, novos postos de saúde, novas policlínicas… – tudo aquilo que o Governo vende em páginas e mais páginas dos jornais e na televisão, não serve para aqueles que nesse momento sofrem encima de uma maca dos corredores.
Quando se fala emergência, significa – Pronto Atendimento, Imediato Atendimento. Não dá para esperar. Nesses casos, temos que encontrar solução agora. Por que os Governos -municipal e estadual – não realizam um mutirão? É uma situação de calamidade pública. Isso é possível – zerar as emergências já! Basta existir vontade política…
LUPI ENDOIDOU
Por Carlos Chagas
Dilma Rousseff tem duas opções: agir cirurgicamente e demitir Carlos Lupi nas próximas horas ou deixá-lo fritar em fogo lento, até que se demita. Com Nelson Jobim a presidente aplicou a primeira fórmula, provocada que foi por uma entrevista desafiadora do então ministro da Defesa. Mandou convocá-lo na Amazônia, onde se encontrava, e em dez minutos pediu que escolhesse entre sair ou ser saído. Já com Pedro Novais e Orlando Silva, recomendou que se defendessem das acusações de corrupção em seus ministérios. Quando sentiram ser impossível, pediram exoneração, já amplamente desgastados.
Lupi acaba de provocar Dilma. Afirmou duvidar que ela o tire do ministério e disse que não sairá nem na reforma ministerial prevista para janeiro. Precisará, como acrescentou, ser abatido a bala. Fez pior, permitindo ao PDT chantagear a presidente com a ameaça de deixar o bloco parlamentar se ele for exonerado.
Convenhamos, com todo respeito, que o homem endoidou. Suas palavras, diante da imprensa e de seus companheiros, em cinco minutos ganharam o palácio do Planalto. Imagine-se qual terá sido a repercussão.
Indagava-se ontem, em Brasília, apenas a respeito de quando o ministro do Trabalho deixará de ser ministro. Porque, se continuar, estará destruindo o governo que ainda não completou um ano. Para manter 25 deputados e 5 senadores em sua base Dilma não se disporia à humilhação de ter contestada sua autoridade. Ainda mais sabendo-se quem é e como vem agindo desde sua posse. Acresce que após a presumida defenestração de Lupi, as bancadas do PDT pensarão duas vezes antes de abandonar o guarda-chuva oficial. Deputados e senadores do partido já existem em franca oposição ao ministro do Trabalho. Alguns, até, podendo substituí-lo...
MELHOR NÃO ATENDER O TELEFONE
Parlamentares do PDT recomendavam ontem ao ministro Carlos Lupi para não atender o telefone, se a ligação vier do gabinete do ministro Gilberto Carvalho. Melhor dizer que não está ou, mais eficaz, inventar alguma viagem aos estados. O secretário-geral da presidência da República tem atuado como mensageiro, sempre que a chefe decide livrar-se de algum ministro.
DILMA NÃO É JORNALISTA
A ser verdadeiro o conselho dado pela presidente Dilma a Carlos Lupi, para que “enfrente a mídia”, fica claro que o ministro não entendeu nada. Porque resolveu enfrentar a própria, quer dizer, a presidente Dilma, certamente porque a mídia, desarmada, limita-se a apenas divulgar os fatos que chegam ao seu conhecimento. Leonel Brizola, fundador e líder maior do PDT, tinha suas diferenças com alguns barões da imprensa, mas jamais brigou com as notícias. No máximo, recomendava que diante de uma negativa, se desse outra, positiva.
MELHOR USAR BALAS DE PRATA
quinta-feira, 10 de novembro de 2011Chefes de quadrilha(1).
Com direito a fogos de artifício e a companhia de José Dirceu, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, lotou ontem uma churrascaria para celebrar 53 anos. Agnelo foi aclamado por mais de 600 aliados horas depois de a oposição entrar com cinco pedidos de impeachment contra ele e a Polícia Federal pedir autorização à Justiça para investigar se o governador recebeu propina. "Essa festa é a demostração de apoio político e da sociedade, que não quer mais o grupo político que afundou Brasília", disse Agnelo. (Do Blog do Aleluia)
Chefes de quadrilha(2).
De Brasília, José Dirceu tem orientado os pedetistas que se mobilizam na defesa da permanência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho a resistir "contra a mídia". De lá também saíram petardos contra petistas com assento no Planalto. E elogios ao vice, Michel Temer. (Do Painel da Folha)
Chefes de quadrilha(3).
Delúbio Soares faz périplo em busca de apoio institucional ao projeto de seu site de compra e venda de imóveis sediado em Goiânia. O ex-tesoureiro do PT esteve na segunda-feira na direção do Creci-SP. No dia seguinte, participou da posse do novo dirigente da seção goiana do órgão, que congrega os corretores de imóveis. (Do Painel da Folha)
Pizza no STF permite que ficha suja continue candidato em 2012.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu nesta quarta-feira, 9, um voto que, na prática, libera futuras candidaturas de políticos que renunciaram para fugir de processos de cassação por quebra de decoro, como o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, o deputado Valdemar Costa Neto e os ex-parlamentares Jader Barbalho e Paulo Rocha. Na mesma sessão, o STF manteve o impasse em relação à validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2012 ao adiar novamente o veredicto sobre o tema. Fux, relator da ação que pediu a declaração de constitucionalidade da lei, afirmou que os políticos só podem ser atingidos pela Lei da Ficha Limpa se renunciarem aos mandatos para fugir de processo de cassação já abertos. Quando a renúncia ocorre antes da instauração formal, de acordo com o ministro, o político não pode ser considerado inelegível. É o caso de Roriz, Costa Neto e Paulo Rocha.
Apesar desse ponto de seu voto, Fux defendeu a constitucionalidade do ponto central da Ficha Limpa: a inelegibilidade de políticos condenados em segunda instância ou por órgãos colegiados por crimes contra o patrimônio público, por exemplo. Mas reduz o prazo previsto na legislação. De acordo com a lei, o político fica inelegível desde a condenação até oito anos depois do fim do cumprimento da pena. Na prática, esse prazo poderia se estender por décadas. Isso porque, até que o Judiciário julgue todos os recursos contra essa condenação em segunda instância, anos podem se passar. Fux afirmou em seu voto que o prazo de oito anos deve começar a contar do dia em que o político foi condenado em segunda instância.
Para evitar o empate, que os ministros sabiam que ocorreria, foi combinado que alguém pediria vista. A missão coube a Joaquim Barbosa. Isso livrará a nova ministra, Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, indicada nesta semana pela presidente Dilma Rousseff, de ser a última a votar e, no fim das contas, acabar responsabilizada por eventualmente derrubar os pontos centrais da Ficha Limpa. Até horas antes da sessão de ontem, ministros ainda discutiam a possibilidade de adiar o julgamento para esperar a posse da nova ministra. No entanto, Fux insistia em dar seu voto. Após o pedido de vista, as ações só voltarão a ser julgadas depois da posse da nova ministra, que ainda será sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça e passará pela aprovação no plenário do Senado.
'A presunção de inocência deve ser relativizada para fins eleitorais', afirmou Fux, ao votar a favor de ações que pedem a declaração da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. O princípio da presunção de inocência estabelece que ninguém será considerado culpado até uma decisão judicial definitiva e sem chances de recurso. Fux disse que é notório o desejo do eleitor pela moralização do exercício dos mandatos eletivos no País. A lei é resultado de uma iniciativa popular que obteve o apoio de mais de 1 milhão de eleitores. De acordo com o ministro, 'o salutar amadurecimento' recomenda que o STF reveja sua jurisprudência sobre o princípio da presunção de inocência no âmbito eleitoral. Para ele, políticos podem ser considerados inelegíveis por fatos ocorridos antes da lei. Pelo voto do relator, a partir de 2012 a norma pode impedir a candidatura de políticos, o que não foi possível em 2010 porque a lei não foi aprovada com um ano de antecedência. Em março, o STF concluiu que a regra não valeu no ano passado, o que liberou a candidatura de barrados por condenações e renúncias. (Do Estadão)
|
QUEM É O MAIS FORTE?Redação do Momento Espíritahttp://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3224&stat=0Era uma vila simples, perdida entre as montanhas. Ali não havia muitas distrações.A vida seguia seu ritmo entre estudo, trabalho, as questões domésticas, educação dos filhos. Vidas simples, onde grande parte da população vivia do trato da Terra.Talvez por isso, vez ou outra, os rapazes inventavam algumas brincadeiras para quebrar o que eles consideravam a monotonia.Certa feita, decidiram eleger, entre os jovens, o mais forte.Logo se inscreveram três rapazes altos, musculosos. Acostumados ao trabalho duro, tinham os músculos forjados diariamente.O povo se reuniu para assistir à disputa. O primeiro jovem se apresentou, foi até uma árvore e utilizando sua força, a derrubou.A exclamação foi geral. Como era forte aquele rapaz!O segundo, contudo, mostrou-se confiante e, sem parecer despender maior esforço do que o primeiro, derrubou duas árvores.O povo vibrou. Esse era mais forte!Mas, o terceiro, sem se deixar abalar pelo que haviam realizado os dois primeiros, preparou-se e logo havia derrubado três árvores.Ovação geral. Gritos de exclamação. Torcida para um e para outro.Então, o juiz escolhido para aquela disputa, um homem cujos anos lhe haviam conferido sabedoria, pediu silêncio.Dirigiu-se até uma árvore ainda em pé e quebrou um pequeno ramo. Depois, postou-se bem no meio da praça e disse:Aquele que tomar deste ramo que tenho nas mãos e o conseguir colocar exatamente de volta ao seu local, de forma que ele continue a receber a seiva e floresça e frutifique, esse será o mais forte.E, ante o espanto geral, continuou: Destruir é muito fácil. Pode-se derrubar, em minutos, o que outros construíram, ao cabo de muita perseverança e labor ou o que a natureza levou anos para formar.Isso não significa ser forte. Forte mesmo é aquele que constrói onde esteja. Porque construir exige esforço, elaboração, dedicação.A semente para se tornar árvore deve vencer a cova escura onde é colocada, projetando-se para fora, ao mesmo tempo que necessita alongar as raízes, a fim de ter base firme.Após, necessita enfrentar os ventos, a chuva, o granizo, as alternâncias de temperatura, o sol causticante para espreguiçar-se e crescer, vestir-se de folhas e frutos.É um longo tempo. Mas, como viram, para destruir, bastou a força concentrada por alguns minutos.Quando o sábio concluiu a fala, um por um os habitantes da localidade foram se retirando, cada qual reflexionando sobre a lição recebida.* * *Existem, no mundo, obras beneméritas, erguidas e sustentadas por devotadas criaturas, anônimas e perseverantes.Um grande número de homens e mulheres se entrega a fazer o bem, todos os dias.São construtores da era nova, do mundo do Terceiro Milênio.E nós, já nos decidimos a engrossar as fileiras dos construtores ou ainda nos detemos somente na crítica, que nada edifica e muito atrapalha?Pensemos nisso e nos decidamos.Redação do Momento Espírita, com base em conto narrado por Haroldo Dutra Dias.Em 08.11.2011* * *Com esta mensagem eletrônicaseguem muitas vibrações de paz e amorpara você
--
Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)
Nenhum comentário:
Postar um comentário