sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SELECIONADAS DO ESTÊNIO



TRIBUNA DA IMPRENSA, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 | 04:10
Carlos Newton
Era só que faltava. No dia em que o ministro Orlando Silva decidiu deixar o cargo, o Ministério do Esporte encaminhou para gabinetes de deputados um livro com 206 páginas, em sofisticado papel couché, com um 

balanço da gestão da pasta de 2003 a 2010. E inclui um empolgante texto assinado por Orlando Silva intitulado “O Ministério do Esporte veio para ficar”.
O ex-ministro precisa ser processado para que a Justiça o obrigue a devolver aos cofres públicos os recursos desperdiçados nesta obra, tal como aconteceu há alguns anos com o ex-governador do Estado do Rio, Moreira Franco, que antes de deixar o cargo publicou e distribuiu gratuitamente uma sensacional obra sobre suas realizações de sua administração.
No caso do ex-ministro do Esporte, a sensacional “obra” abrange exatamente o período em que a pasta foi comandada pelo PC do B. E como todos sabem, os dois ministros do partido, Agnelo Queiroz, hoje no PT, e Orlando Silva, estão mais do que envolvidos nas denúncias de corrupção que culminaram com a saída deste último da pasta.
O livro foi editado pela Fields Comunicação e impresso pela Ideal Gráfica e Editora. “Embora ainda nos falte executar alguns planos, o saldo é absolutamente positivo”, escreveu o ministro na publicação, que ninguém sabe quanto custou, se houve licitação pública e tudo o mais. E no livro não há informação sobre a tiragem.
O programa Segundo Tempo, alvo das irregularidades que atingiram o partido e o PC do B, foi destacado em 15 páginas no livro, com a informação de que, a partir de 2008, com Orlando Silva no comando da pasta, aumentaram os controles no acompanhamento do programa. Imaginem se ele não tivesse aumentado os tais “controles”…

sexta-feira, 28 de outubro de 2011 | 02:17
Sebastião Nery
Na hora de viajar, ele disse :
- “Despeço-me esta noite com grande tristeza. Há algo, no entanto, que devo sempre lembrar. Duas pessoas inventaram o New Deal: o presidente do Brasil e o presidente dos Estados Unidos”.
Era 27 de novembro de 1936 e quem falava era o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, despedindo-se do presidente do Brasil, Getúlio Vargas. Roosevelt fez a histórica constatação, agora conhecida, 75 anos depois, graças à tese de doutorado de Flávio Limoncic, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, relembrada pelo brilhante professor e ex-deputado do Paraná (MDB, PMDB e PSDB), Helio Duque:
1. – “O New Deal foi o programa de recuperação da economia norte-americana, implementado entre 1933 e 1941 para combater a crise de 1929, lastreado no investimento estatal em obras públicas e objetivo controle de preços e responsável pela alavancagem modernizadora do capitalismo nos Estados Unidos, que levaria, no pós-Guerra, a ser a principal economia mundial. E responsável pelos quatro mandatos seguidos de Roosevelt”.
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ROOSEVELT
2. – “A homenagem do norte-americano ao brasileiro não foi mera cortesia. Era o reconhecimento da política econômica de Getúlio, no bojo da Revolução de 30. A queima de milhões de sacas de café, investindo recursos na garantia do preço do produto, foi responsável por original política anticíclica”.
3. – “E levou o Brasil a ser pioneiro na superação da gigantesca depressão em que o mundo mergulhara. Eleito no início da década de 30, Roosevelt adotou com êxito os fundamentos da anticrise, lá como cá, da teoria do economista inglês John Maynard Keynes. (O discurso de Roosevelt na íntegra está na biblioteca Franklin Roosevelt em Nova York)”.
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KEYNES
4. – “Só em 1936 o keynesianismo teria sua obra básica, “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, publicada para o público especializado. E se tornaria o manual da intervenção macroeconômica para as crises na economia. Transformou-se em livro clássico, espraiando-se como pensamento inovador no enfrentamento do liberalismo econômico sem limites, ao demonstrar que as economias mergulham na utopia”.
5. – “Ao longo do tempo, a teoria keynesiana tem presença em toda a economia mundial, para enfrentar os efeitos nocivos dos ciclos econômicos quando se exaurem em crises. A irracionalidade gerada pelos agentes econômicos, destacadamente o sistema financeiro, provoca momentos como a crise do “sub-prime” de 2008 ou esta mundial de agora”.
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KIRCHNER
Depois que Nestor Kirchner, eleito presidente da Argentina em 2003, pôs de joelhos o FMI e os banqueiros especuladores internacionais, obrigando-os a reconhecerem que a Argentina só devia 25% da sua “Divida Externa” (que ele pagou) e não pagaria, como não pagou, os 75% restantes, que eram juros sobre juros, pura especulação, a grande imprensa alugada da America Latina, como a do Brasil, criou um “sindicatão da chantagem e da mentira”, chamado “Jornais das Américas”, porta-vozes dos banqueiros, acusando a Argentina de haver dado “o calote” e ameaçando esmaga-la.
Há oito anos a Argentina cresce, como este ano, entre 8 e 10% (o Brasil, se Deus ajudar, chegará a 3%), saiu do buraco do Menem e dos banqueiros e é uma das mais fortes economias do mundo. A reeleição avassaladora da presidente Cristina foi fruto disso, deste vigor da economia argentina, com o desenvolvimento e níveis sociais crescentes.
Certos jornais e TVs brasileiros ficaram histéricos dizendo que ela “surfou na boa fase internacional”. Por que os outros não surfaram? Com os Estados Unidos e Europa em crise, é uma mentira desleal com os leitores. O santo foi outro. Não houve milagre. Há dez anos a Argentina investe no pais os juros que não dá aos banqueiros. O Brasil tem divida de 1 trilhão e 800 bilhões e este ano paga 200 bilhões de juros à especulação.
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“CLARIN”
Até o jornal “Clarin”, “O Globo” dos banqueiros argentinos, foi obrigado a reconhecer. Em artigo, o economista Guillermo Olivetto diz;
- “Era possível ver Perón na TV dizer que a concepção de seu primeiro mandato primou por uma idéia base: “Governar é dar trabalho”. Os Kirchner viram a renovada importância estratégica de suas palavras. Propuseram um modelo sob medida para uma sociedade de “cidadãos-consumidores”. Deram às pessoas as três coisas que lhes importam: produção, emprego e consumo. Os votos voltam a dar-lhes razão.”
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ORLANDO
Dias atrás, no discreto “Bistrô Ici”, restaurante de Higienópolis, em São Paulo, o ex-ministro Orlando Silva almoçava com o Diretor de Redação da “Folha”, Octavio Frias Filho. O jornalista, reconhecidamente agitado, estava calmo. E vi o ministro muito nervoso. Ele tinha razão.






COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

28/10/2011 | 00:00

Sponholz



Sponholz


" Bom dia, Aldo Rebelo! Deus ilumine teus caminhos "

Orlando Silva, ateu confesso, invocando Deus por Aldo Rebelo, de quem não gosta.A Colunas nos Jornais
28/10/2011 | 00:00

Contribuinte
banca advogada
de Vaccarezza

Líder do PT na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza (SP) pagou R$ 26 mil, este ano, à De Paula Assessoria por “consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos”, segundo comprovante em poder da coluna. A empresa é de sua advogada e ex-assessora parlamentar Ana Cláudia de Paula Albuquerque, que o defende em processo no Tribunal Superior Eleitoral por supostas irregularidades na campanha de 2008.

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28/10/2011 | 00:00

Coincidência

O CNPJ da De Paula aparece nas notas fiscais R$ 13 mil em maio, quando foi estabelecida em São Paulo, e mais R$ 13 mil em julho.

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28/10/2011 | 00:00

Investimento

A advogada doou R$ 5 mil à campanha de Vaccarezza a deputado em 2006, e em 2007 foi contratada para a sua assessoria jurídica.

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28/10/2011 | 00:00

Assessoria

Cândido Vaccarezza confirma que Ana Claudia é sua assessora, mas que isso “não se confunde com seus serviços de advocacia”. Ah, bom.

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28/10/2011 | 00:00

Sem comentários

A OAB nacional não comentou o caso, para não prejudicar eventual processo que venha a ser aberto contra a advogada Ana Paula.

28/10/2011 | 00:00

Cocar rima com azar

Após Dilma desafiar a lenda e usar cocar de índio em Manaus, agravou-se a crise no Ministério do Esporte e até uma forte gripe a fez cancelar a viagem para o aniversário do padrinho Lula, em São Paulo.
28/10/2011 | 00:00

Uma África

O Brasil emprestou US$ 300 milhões para o Zimbábue, diz a imprensa local. No poder há 31 anos, Robert Mugabe é um pária no contexto das nações, acusado de fraude eleitoral e violação de direitos humanos.


sexta-feira, 28 de outubro de 2011



MAVs(*)pedem a cabeça da Dilma.

As áreas de comentários da esgotosfera continuam um show depois da queda de Orlando Dias. Demitir um ministro envolvido com corrupção é algo inaceitável para as ratazanas vermelhas. Leiam, abaixo, mais uma série de comentários:

Deveríamos, assim como nas Diretas, ocupar a Sé : Occupy Sé pela Ley de Medios !!!!

SE HOUVESSE OUTRA OPÇÃO, EU MANDAVA O PT PRA PQP. Depois do que a Cristina tá fazendo na Argentina, não temos mais desculpa.

E se coloca outro sujeito indesejado e mal visto, aprovado pela CBF e pelos reizinhos da vida. Aldo Rebelo deveria ir cuidar da plantação de mandioca dele!

O tabuleiro da Dilma tem 39 ministros; se continuar entregando um a cada 37 dias, chega até a eleição com um ou dois ministros sobrando. Daí poderemos votar no Lula de novo.

Depois desta, só me resta pedir: Fora Dilma, FORA!

Você quer o Temer como presidente? A Veja quer, pelo jeito.

Se essas acusações (sem provas) foram aceitas com suficientes para derrubar um ministro, quais agora não serão para derrubar qualquer outro, inclusive a Presidenta?? Estamos em maus lenções! (sic) E hoje, eu diria que não perdemos uma batalha, acho que a guerra também. Precisamos urgente de uma resposta ou já era! 

O governo Dilma está a beira de seu fim. Nao será Haddad o proximo. Lupi do ministerio do Trabalho será o alvo.

Presidenta, teu nome é Covardia, sobrenome Traíra e a tua recompensa será o meu desprezo. 

(*) MAVs, Milícias para Ataques Virtuais, criadas pelo PT.



Acordão TCU-DNIT libera aditivos para obras suspeitas de fraudes. O slogan é: "pra não parar, pode roubar".

O Tribunal de Contas da União (TCU) atendeu pedido do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e liberou acréscimos contratuais em 101 obras que, conforme sua própria interpretação, estão em desacordo com a Lei de Licitações. A decisão contempla vários empreendimentos suspeitos de irregularidades, cujos aumentos de custos foram a fonte da crise que desalojou quase toda a cúpula do órgão em junho e julho. Na prática, o Dnit não terá de cumprir, para essas obras, entendimento mais rigoroso do tribunal sobre como calcular os limites dos chamados aditivos contratuais.

Antes de a decisão ser levada a plenário e aprovada por unanimidade, na última terça-feira, o relator do caso no TCU, ministro Walton Alencar, recebeu em seu gabinete o novo diretor-geral do Dnit, general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, que usou como argumento o suposto risco de paralisação das obras. Segundo ele, seguir o modelo de cálculo imposto pelo TCU o obrigaria a rescindir contratos, readequar projetos e lançar novas licitações.

Na lista, levada pelo Dnit ao ministro, constam obras suspeitas de superfaturamento, pagamentos e contratações irregulares, como as da BR-101 no Nordeste e no Sul, além do Contorno Rodoviário de Vitória, cujos problemas estão relatados em auditorias do TCU e da Controladoria Geral da União (CGU).
A Lei de Licitações (8.666/93) permite que itens e serviços de uma obra pública sejam alterados, desde que o impacto financeiro não supere 25% do valor original do contrato. Em outras palavras, as mudanças não podem aumentar nem diminuir o preço do empreendimento para além desse percentual. O TCU e o Dnit tinham entendimentos distintos sobre a regra.

O Dnit fazia o cálculo levando em consideração as alterações em conjunto. Assim, tinha liberdade para mexer num item ou serviço, impactando o valor em mais de 25%, desde que, por exemplo, suprimisse um outro item ou serviço para compensar. O TCU determinou que o Dnit aplicasse o limite isoladamente, item por item ou serviço por serviço. O argumento é que, quando disputam licitações para as obras, as empresas fixam valores sobre os projetos apresentados. Se alterações vultosas nas quantidades são feitas depois, esses projetos são desfigurados. Em tese, as concorrentes que perderam poderiam, com base nas novas características, ter oferecido preços mais vantajosos.

Na duplicação da BR-101 em Santa Catarina, por exemplo, as empresas são acusadas de "mergulhar" preços na hora da licitação e, mais tarde, se beneficiar de aumentos nos valores contratuais com base em mudanças nas quantidades. A decisão de terça-feira altera o texto de acórdão anterior, de março, fazendo valer o entendimento do tribunal apenas para obras futuras, a serem contratadas, e não as já em execução. Em seu voto, Walton Alencar alegou que o corte de contas não poderia se contrapor ao interesse público. O ministro ponderou, contudo, que a proposta não é "salvo conduto" para o Dnit promover alterações que venham a "solapar" os princípios da licitação pública. Procurado pelo GLOBO, Walton Alencar deu entrevista e desautorizou a área técnica do TCU a prestar esclarecimentos. Em nota, o Dnit informou que a deliberação evita "prejuízos maiores ao erário e ao cidadão em função da paralisação dos 101 contratos em andamento". (Do Valor Econômico)


ENEM: Haddad pega um colégio para "Cristo". O incompetente é ele.

O problema não é o Colégio Christus de Fortaleza, Ceará, ter repassado as questões do exame para os seus alunos, na medida em que o mesmo perdeu a sua finalidade e está transformando escola em cursinho pré-ENEM. O problema é o sistema furado, que utiliza pré-testes e que pode ter derramado o mesmo problema para outros colégios.Quantos Christus existem no Brasil, que copiaram e repassaram questões aos alunos? O ENEM, novamente, está sob suspeita. E Fernando Haddad, ministro da Educação, mostra mais uma vez a sua incompetência.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, acusou nesta quinta-feira o colégio Christus de dar acesso antecipado a questões do Enem a seus alunos. Um simulado realizado pela escola de Fortaleza há duas semanas trazia testes idênticos aos aplicados pelo exame nacional no final de semana passado em todo o país. O ministro disse que integrantes da escola chegaram a pedir a alunos que não comentassem que o simulado continha questões do Enem. Haddad afirmou que alguém do Christus copiou irregularmente dois dos 32 cadernos com questões pré-testadas ano passado no colégio. O pré-teste avalia o grau de dificuldade das questões, que depois são incluídas em banco do exame nacional. O ministro ressaltou, porém, que ainda não é possível saber quais pessoas do colégio se envolveram na ação.Leia mais aqui.

Depois dos malfeitos que derrubaram cinco ministros por corrupção, Dilma resolve obedecer a lei.

Abalado com a sucessão de escândalos que já causou o afastamento de seis ministros em menos de um ano, o governo federal resolveu adotar um conjunto de medidas para fechar os ralos de desvio de dinheiro público por meio de Organizações Não Governamentais (ONGs) e impedir a indicação de políticos fichas sujas como ministros e altos dirigentes públicos. A informação foi dada hoje pelo ministro chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage. A ideia, segundo Hage, é reproduzir nas nomeações do poder Executivo a lei da ficha limpa, que veta candidaturas a cargos eletivos de políticos processados ou condenados judicialmente. Daqui por diante, os próprios ministros terão de assinar os convênios de sua Pasta e não mais delegar a gestores e secretários. Os convênios só poderão ser firmados com ONGs idôneas e com experiência mínima de três anos na área, escolhidas mediante chamamento público. Leia mais aqui.



quinta-feira, 27 de outubro de 2011


Bom começo: novo ministro determina fim dos convênios com ONGS.

Horas após ser confirmado como novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B-SP) afirmou nesta quinta-feira que vai fazer mudanças na pasta e que não pretende mais realizar convênios de nenhum programa do ministério com ONGs. Segundo Rebelo, a presidente Dilma Rousseff o deu a responsabilidade de montar a nova equipe. Ele disse, no entanto, que ainda não pensou em nomes. "Recebi da presidente Dilma a demonstração de confiança e a responsabilidade de montar a minha equipe para dirigir o ministério. As mudanças serão anunciadas de acordo com as consultas que vou realizar para estruturar a equipe que trabalhará comigo no ministério (...). Certamente que haverá mudanças e certamente as competências que lá estão poderão mudar simplesmente por escolha pessoal, escolha técnica. Mas isso não significa a condenação de ninguém", disse. 

Em resposta às suspeitas de irregularidades na pasta, Rebelo disse que não pretende realizar novos convênios com ONGs em todos os programas do ministério, não só nos do programa Segundo Tempo --principal alvo das suspeitas de desvio de dinheiro e que levou a queda de Orlando Silva. Ele afirmou que as ações do ministério devem continuar por meio de convênios com as prefeituras. "Os convênios com as prefeituras continuam. Não vamos acabar com o Segundo Tempo. A intenção é acabar com os convênios com as ONGs, em qualquer programa. Não acabar com os programas. Continuaremos fazendo [os convênios] com as prefeituras, com os órgãos públicos", disse. O novo ministro não confirmou, porém, a suspensão dos convênios que já estão em andamento. E disse que todas as investigações na pasta devem continuar. "As ações do Ministério Público, da Polícia Federal, Tribunal de Contas, dos órgãos de controle, todas elas terão curso com apoio e ajuda ministério." 
Aldo falou ainda sobre sua ligação com a Fifa e com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ele já presidiu a CPI do Futebol, entre 2000 e 2001, mas negou que isso possa influenciar o seu trabalho. Também negou que as doações de campanha que recebeu de empresas patrocinadoras da CBF possa o atrapalhar. "Não atingirá de qualquer forma a minha independência", disse. Ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Rebelo confirmou que defende a meia-entrada para os jogos da Copa de 2014, no Brasil, mas disse que a partir de agora a sua posição é a posição de governo. Ele disse que a relação da Fifa com o governo "será de cooperação e independência". Mais cedo, Aldo almoçou com o antecessor e colega de partido, Orlando Silva. Segundo ele, para tomar conhecimento da estrutura da pasta.



Enviado por Ricardo Noblat
28.10.2011
| 6h42m

Política

Policial cita irmão de Aldo em suposto esquema no Esporte

Segundo delator, parente de ministro foi quem indicou responsável por arrecadação de dinheiro desviado. Apolinário diz que não tem poder para fazer indicações na pasta e que vai entrar na Justiça contra Ferreira
Fernando Mello e Maria Clara Cabral, Folha de S. Paulo
Em depoimento de mais de oito horas à Polícia Federal na semana passada, o policial militar João Dias Ferreira envolveu Apolinário Rebelo, vice-presidente do PC do B-DF e irmão do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), no suposto esquema de desvios no Ministério do Esporte.
O policial, que denunciou um suposto esquema de corrupção na pasta, disse que foi Apolinário quem indicou a pessoa que atuava como "responsável pela arrecadação" do dinheiro obtido pelo suposto esquema.
Segundo o delator, essa pessoa é Fredo Ebling, que foi chefe de gabinete de Aldo na presidência da Câmara dos Deputados e atualmente trabalha na liderança do PC do B. Ebling não retornou aos contatos da Folha.
Apolinário nega as acusações do delator. Disse que não tem poder para fazer indicações no ministério e afirmou que pretende entrar na Justiça contra o policial.
Apolinário foi diretor de esporte estudantil do ministério por dois anos e meio. No cargo, trabalhou em projetos especiais do Programa Segundo Tempo, principal alvo das acusações.

Acaba a agonia de Silva, começa a de Agnelo

João Bosco Rabello, O Estado de S. Paulo
Passada a agonia do ex-ministro Orlando Silva, as preocupações do governo se voltam agora para a situação do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
Não apenas por conta da mágoa que Silva levou junto com a demissão, potencial fator de vingança contra aquele que considera a origem de seu infortúnio, mas especialmente porque Agnelo tem todas as condições favoráveis para não terminar o mandato atual.
Entre lideranças políticas expressivas já se ouve com freqüência o lamento tardio por terem deixado passar a oportunidade da intervenção no DF na seqüência da queda e prisão de José Roberto Arruda.
Bem que o Procurador-Geral, Roberto Gurgel, tentou. Mas o Supremo Tribunal Federal, na esteira de uma sucessão de equívocos, negou o pedido do Ministério Público.
Evitou-se assim a ruptura necessária com um esquema mafioso implantado e cuidadosamente regado por Joaquim Roriz no espaço de uma década, herdado por Arruda.
Era – e é – uma herança maldita, mas da qual o ex-secretário de Obras de Roriz, uma vez na cadeira do criador, quis usufruir sem a sombra do padrinho político.
O rompimento com Roriz, sem o qual não se elegeria, mas não com seu espólio, custou a Arruda o cargo, os bens bloqueados e a biografia política. Que já não era virtuosa.
Veio o que se já conhece fartamente: a cinemateca do delegado Durval Barbosa, fiel escudeiro de Roriz.
Agnelo também não promoveu a ruptura com o esquema anterior: ao contrário, elegeu-se com sua licença e com as mesmas alianças dos antecessores.
E já tem seu Durval, o mesmo soldado PM, João Dias Ferreira, que infernizou o ex-ministro Orlando Silva. Entre outros.
O governo Agnelo, um neo-petista oriundo do PC do B, é um triunvirato onde, diz-se, quem menos manda é o próprio. Teoricamente divide o comando com seu vice, Tadeu Filipelli (PMDB), outra produção made in Roriz, e com o petista Paulo Tadeu, Secretário de Governo, cuja desenvoltura para nomear e beneficiar parentes é o que tem de mais visível em sua gestão.
Um dos efeitos desse processo é que Brasília continua refém da corporação policial, depositária de informações com potencial para ameaçar o mandato do governador.
Este, por sua vez, já é investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por conta ainda de sua passagem no ministério dos Esportes, onde tinha por secretário-executivo exatamente Orlando Silva, que deu curso ao processo de apropriação do orçamento pelo PC do B.
Ainda ontem, em mesas de políticos distribuídas pela noite de Brasília, o assunto deixara de ser a queda de Silva e passara a ser o futuro de Agnelo.
Em seu governo continuam prósperos os negócios de parlamentares da base com o governo, em contratos sem licitação, denúncias de propinas nas áreas de transportes e de tecnologia, principalmente (mas não só) e convênios que reproduzem o modelo ministerial.

Política

O naufrágio surpreendeu Lula ainda no porão

“Você tem que resistir”, ordenou Lula ao ainda ministro Orlando Silva. Em seguida, o Padroeiro dos Pecadores determinou a Dilma Rousseff que brigasse com os fatos. “Não vou decidir as coisas a reboque da imprensa”, obedeceu a afilhada ─ que, a reboque do padrinho, imaginou que a absolvição simbólica do culpado encerraria o assunto.
Como advertiu um post aqui publicado, só conseguiu adiar por alguns dias o velório inevitável.
Em Manaus, Lula pressentiu o naufrágio iminente. “Esse pessoal do PCdoB nunca me conta tudo”, começou a desconversar o oportunista sem pudores. “Fico sabendo do que está acontecendo pelos jornais”, fantasiou o leitor que sucumbe à azia na segunda linha.
Dado o recado, decolou rumo ao México para continuar a discurseira iniciada em 1978. Foi um erro de cálculo. Deveria ter ficado no Brasil para avisar com todas as letras que caíra fora do barco em perigo.
O naufrágio consumado no fim da tarde desta quarta-feira surpreendeu Dilma Rousseff pendurada no leme, Orlando Silva zanzando pelo convés da segunda classe e Lula fazendo as malas no porão.
Foi o segundo fiasco de bom tamanho em meio ano. Depois de comandar a malograda operação de socorro a Antonio Palocci, o presidente em terceiro mandato voltou à luta para fracassar na resistência no Ministério do Esporte.
A ideia desastrada ampliou as evidências contundentes de que ─ Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi e Pedro Novais (além de Nelson Jobim, demitido por alucinação) ─ também Orlando Silva é um genuíno filhote de Lula. E o desfecho da história comprovou que o campeão de popularidade pode muito, mas não pode tudo.
Não pode, por exemplo, transformar mentira em verdade, bandido em mocinho, quadrilha em entidade beneficente. Se pudesse, não teria estabelecido outro recorde infame: nenhum governante do mundo engoliu tantos despejos de ministros enfiados até o pescoço no pântano da corrupção.



Estênio Negreiros

Fortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)

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