sábado, 15 de outubro de 2011

IMUNIDADE DA CORRUPÇÃO - Jornalista Scarcela Jorge


NOBRES: Os entraves que impedem o nosso progresso em todos os campos estão diretamente relacionados com a corrupção e com a impunidade. Da indústria das emendas orçamentárias oriundas do Legislativo à indecente troca de cargos por votos, das nomeações de notórios incompetentes aos conflitos de interesses enquistados nos desvãos do poder público, do abuso do álcool ao volante, do afrouxamento das leis do transito que indiretamente 

responsabiliza pelas mortes verificadas ultimamente, (é crime - o agente político é de lavra responsável -, chamamos a atenção do Ministério Público que não deve ser omisso nesta questão) também do crescimento exponencial no narcotráfico, as agressões ao meio ambiente, da inoperância do sistema de fiscalização dos serviços públicos, às trapaças das licitações para concessões, tudo tem a mesma matriz e o mesmo DNA. – a complacência com a indecência. A prevaricação é tamanha que chega a deturpar o próprio sentido das palavras e dos valores que representam. Lutar contra imoralidade tornou-se opção arcaica, burguesa reacionária, oposta â noção de modernidade e eficácia. Isto vai mais além: - em todo Brasil – e isso a tal ponto que dos 28 partidos políticos registrado até 27 de setembro último nenhum ousou desfraldar de forma ostensiva, inequívoca, a bandeira de luta contra a corrupção. È por dever de se “registrar” a ultima agremiação legalizada, o PSD, ofereceu como prova de sua universalidade – ou inapetência para compromissos – que não será de esquerda, de direita ou de centro, porém nem se manifestou a respeito da maior aspiração da sociedade brasileira: o império da decência.  Nem poderia, porque o próprio nome da sigla é uma fraude histórica, seu nome de batismo foi afanado, caso clássico de apropriação indébita. Seqüestro clássico: a social-democracia, com ou sem hífen, ostenta um passado de conquistas sociais. Humanas, políticas e éticas sem paralelo no mundo. Deturpar o passado, desvirtuar significados e assumir ostensivamente um comportamento enganoso, mesmo no plano imaterial, é indecoroso, a probidade deve valer em todas as esferas. Mesmo com o louvável intuito de confrontar essa excrescência política chamada PMDB o logro recém lançado no mercado dos votos com o nome de PSD é injustificável. Só servirá para consagrar a promiscuidade e a galinhagem eleitoral cujo destino final é, sabidamente, a corrupção. Os milhares de indignados brasileiros que nesta quarta-feira esqueceram o feriado e manifestaram-se contra os corruptos e seus beneficiários não precisam ostentar propostas concretas ou programas definidos. Os grandes clamores populares que mudaram o rumo da humanidade, não obedeciam a plataformas rígidas, arrumadas. Foram explosões de insatisfação que hoje podem ser canalizadas através das redes ditas “sociais” e da mídia tradicional. Se esta se mantém acríticas, perplexas, abobalhadas - são por ‘desconhecimento’ e/ou por comprometimento: ao considerar a primeira; antecipadamente pedimos desculpas pelo fato de expor a razão de meu ser. Não nos tome como um crítico voraz, não desejo melindrar pessoas em espécie: - procure estudar da forma mais elementar o científico político, como nós: - não fomos “esquentando” carteiras escolares daqui, até porque essas instituições não eram especializadas para os devidos fins; para que se tivesse a verdadeira noção de ciências políticas, através da primeira universidade aberta no país, - A UNB – que nos anos 80 iniciava um dos primeiros cursos à distância para todo o país, através “de correspondências” – em seguida outras pessoas desta cidade participaram em outras etapas através de convênio – universidade/O POVO cujo aprendizado poderíamos avaliar que foi positivo. A INTERNET jamais se imaginaria que naquela época criaria o maior ganho da humanidade em termos de comunicação interativa. Sempre fomos vocacionados por esse meio de ensino, hoje “otimizado” pelos programas de amplo alcance, que nos possibilitará uma formação acadêmica de excelência, que há anos, não é mais novidade nos países de primeiro mundo. Por força circunstancial tivemos que mencionar a nossa particularidade para que não se ponha em dúvida o domínio do conhecimento de causa em alusão ao exposto. Sempre moldado a derivar o escopo deste comentário: retomo o assunto constante: - a contrafação - está claro: o mundo clama pelo fim dos privilégios. A corrupção deseja mantê-los a todo custo.          
Antônio Scarcela Jorge

Nenhum comentário:

Postar um comentário