NOBRES:
Os entraves que impedem o nosso progresso em todos os campos estão diretamente
relacionados com a corrupção e com a impunidade. Da indústria das emendas
orçamentárias oriundas do Legislativo à indecente troca de cargos por votos, das
nomeações de notórios incompetentes aos conflitos de interesses enquistados nos
desvãos do poder público, do abuso do álcool ao volante, do afrouxamento das
leis do transito que indiretamente
responsabiliza pelas mortes verificadas
ultimamente, (é crime - o agente político é de lavra responsável -, chamamos a
atenção do Ministério Público que não deve ser omisso nesta questão) também do
crescimento exponencial no narcotráfico, as agressões ao meio ambiente, da
inoperância do sistema de fiscalização dos serviços públicos, às trapaças das
licitações para concessões, tudo tem a mesma matriz e o mesmo DNA. – a complacência
com a indecência. A prevaricação é tamanha que chega a deturpar o próprio
sentido das palavras e dos valores que representam. Lutar contra imoralidade
tornou-se opção arcaica, burguesa reacionária, oposta â noção de modernidade e
eficácia. Isto vai mais além: - em todo Brasil – e isso a tal ponto que dos 28
partidos políticos registrado até 27 de setembro último nenhum ousou desfraldar
de forma ostensiva, inequívoca, a bandeira de luta contra a corrupção. È por dever
de se “registrar” a ultima agremiação legalizada, o PSD, ofereceu como prova de
sua universalidade – ou inapetência para compromissos – que não será de
esquerda, de direita ou de centro, porém nem se manifestou a respeito da maior
aspiração da sociedade brasileira: o império da decência. Nem poderia, porque o próprio nome da sigla é
uma fraude histórica, seu nome de batismo foi afanado, caso clássico de
apropriação indébita. Seqüestro clássico: a social-democracia, com ou sem
hífen, ostenta um passado de conquistas sociais. Humanas, políticas e éticas
sem paralelo no mundo. Deturpar o passado, desvirtuar significados e assumir
ostensivamente um comportamento enganoso, mesmo no plano imaterial, é
indecoroso, a probidade deve valer em todas as esferas. Mesmo com o louvável
intuito de confrontar essa excrescência política chamada PMDB o logro recém
lançado no mercado dos votos com o nome de PSD é injustificável. Só servirá
para consagrar a promiscuidade e a galinhagem eleitoral cujo destino final é,
sabidamente, a corrupção. Os milhares de indignados brasileiros que nesta
quarta-feira esqueceram o feriado e manifestaram-se contra os corruptos e seus
beneficiários não precisam ostentar propostas concretas ou programas definidos.
Os grandes clamores populares que mudaram o rumo da humanidade, não obedeciam a
plataformas rígidas, arrumadas. Foram explosões de insatisfação que hoje podem
ser canalizadas através das redes ditas “sociais” e da mídia tradicional. Se esta
se mantém acríticas, perplexas, abobalhadas - são por ‘desconhecimento’ e/ou
por comprometimento: ao considerar a primeira; antecipadamente pedimos
desculpas pelo fato de expor a razão de meu ser. Não nos tome como um crítico
voraz, não desejo melindrar pessoas em espécie: - procure estudar da forma mais
elementar o científico político, como nós: - não fomos “esquentando” carteiras escolares daqui, até porque essas
instituições não eram especializadas para os devidos fins; para que se tivesse
a verdadeira noção de ciências políticas, através da primeira universidade
aberta no país, - A UNB – que nos anos 80 iniciava um dos primeiros cursos à
distância para todo o país, através “de correspondências” – em seguida outras
pessoas desta cidade participaram em outras etapas através de convênio –
universidade/O POVO cujo aprendizado poderíamos avaliar que foi positivo. A INTERNET
jamais se imaginaria que naquela época criaria o maior ganho da humanidade em
termos de comunicação interativa. Sempre fomos vocacionados por esse meio de
ensino, hoje “otimizado” pelos programas de amplo alcance, que nos
possibilitará uma formação acadêmica de excelência, que há anos, não é mais
novidade nos países de primeiro mundo. Por força circunstancial tivemos que
mencionar a nossa particularidade para que não se ponha em dúvida o domínio do
conhecimento de causa em alusão ao exposto. Sempre moldado a derivar o escopo deste
comentário: retomo o assunto constante: - a contrafação
- está claro: o mundo clama pelo fim dos privilégios. A corrupção deseja mantê-los a todo custo.
Antônio
Scarcela Jorge
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