Tribuna
da Internet, domingo, 25 de setembro de 2011 | 03:32
Almirante
Dilma
Sebastião
Nery
José
Vieira Machado fez toda a carreira, e brilhantemente, do Banco do Brasil. Em
1928, era gerente da agência de Vitória, foi convidado pelo governador eleito,
Aristeu Borges de Aguiar, para secretário da
Fazenda. Aceitou e assumiu. E logo
conquistou a confiança do Estado.
Na
revolução de 1930, a situação político-militar muito turva, entrou no gabinete
a secretária e avisou a presença do almirante Coutinho. José Vieira Machado
ficou todo agitado, vestiu o paletó, ajeitou a gravata, arrumou a mesa, pegou uma
cadeira, mandou entrar o almirante.
***
MACHADO
Chega
um homem de meia-idade, modestamente vestido, tímido e nervoso dentro do terno
de linho cinza. O secretário o recebeu pressuroso:
-
É com a maior satisfação, senhor Almirante, que recebo a visita de V. Exa.
Sinto-me honrado e estou inteiramente à suas ordens.
O
almirante arregalou os olhos, corado de espanto:
-
Senhor secretário, estou vendo que houve um engano. Não sou almirante. Meu nome
de batismo é que é Almirante Coutinho, e sou coletor estadual há alguns anos em
Piúma. Vim pedir a V. Exa. minha transferência para uma coletoria longe do mar,
porque Piúma fica à beira-mar, é muito úmida, sofro de asma e não quero ser
enterrado lá.
***
COUTINHO
O
secretario Vieira Machado encostou a cabeça na poltrona, sentiu um alivio
enorme e nem conseguiu ficar com raiva do falso almirante:
-
Ora, seu Almirante, escolha um lugar que o senhor considere um túmulo digno de
um almirante batavo, faça o requerimento imediatamente. Muito prazer em
conhecê-lo e muito obrigado por essa manhã de humor.
E
transferiu o Almirante Coutinho para bem longe do mar.
***
LULA
Conhecendo
Lula de priscas eras, sabendo que ele se jacta de ser um agil enganador
profissional e que tudo que ele diz é exatamente o contrario, em 2009 quando
ele desafiou a ex-secretaria da Receita Federal Lina Vieira a comparar a agenda
dela com a da ministra Dilma Roussef, pensei logo:
-
Dilma deve ter uma agenda falsa.
Cheguei
a imaginar que podia estar sendo maldoso demais com a Dilma e deixei para lá.
Não se passaram 48 horas e “O Globo” apareceu com uma espantosa pagina inteira:
“Agenda Oficial de Dilma Tem Erros e Omissões”.
“O
Globo” publicou as fotocopias das paginas da agenda da ministra correspondentes
a 18 de dezembro de 2008 e 19 de dezembro de 2008, que foi exatamente o dia do
encontro da secretaria Lina com a ministra Dilma.
***
ALFREDO
A
agenda oficial da ministra não tinha “erros e omissões”. Era toda fraudada. Era
a própria fraude. É uma serie de dados falsos para propositadamente enganar
qualquer um e não deixar que seu dia a dia possa ser acompanhado por ninguém, sejam
assessores, seja a imprensa.
O
que dizia a agenda de Dilma de 18 de dezembro de 2008 :
9,30
– Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes.
11
horas – Despacho Interno.
15
horas – Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes.
E
o que dizia a agenda de Alfredo Nascimento no dia 18/12/2008 :
10
horas – Deputado Osmar Serraglio e outros até 12 horas.
15
horas – Artur Meyes, embaixador do Brasil na Guiana.
16
horas – Despacho interno”.
Alfredo
Nascimento não esteve com Dilma de manhã nem à tarde.
Com
quem é que ela esteve às 9,30 e às 15 horas, tão secretamente que foi preciso
criar dois falsos encontros com o ministro no mesmo dias?
No
dia seguinte, 19 de dezembro (o dia do encontro com a secretaria
Lina
Vieira), a agenda de Dilma repetia a fraude :
12
horas – Encontro com empresarios e lideres dos setores de infraestrutura.
16
horas -Cerimônia de lançamento da Estratégia Nacional de Defesa
18
horas – Reunião com o senhor presidente da Republica”.
Agenda
de Lula no mesmo dia 19 de dezembro de 2008 :
12
horas – Cerimonia do ProAcre
12,30
– Mangabeira Unger.
15,30
– Dilma Roussef , ministra-chefe da Casa Civil.
18
horas – Nelson Jobim, ministro da Defesa”.
***
LINA
VIEIRA
Se
Dilma despachou com o Presidente às 15,30, por que a agenda dela dizia que ela
novamente despacharia com ele às 18 horas, se a agenda do Presidente era clara,
dizendo que 18 horas era a hora de Nelson Jobim?
Com
quem Dilma queria encontrar-se reservadamente no fim da tarde, a ponto de
fraudar sua agenda alegando um segundo despacho com Lula?
Era
o tempo reservado por Dilma para encontrar-se com a secretaria da Receita Lina
Vieira a fim de fazer o pedido solicitado por Sarney.
Por
mais que na época Nelson Jobim estivesse encantado com generais, almirantes e
brigadeiros, confundi-lo com uma almirante Dilma é mais difícil que confundir o
Almirante Coutinho com um almirante Coutinho.
Uma coisa é a propaganda do Brasil da "mão
grande" da Dilma, a outra é a realidade dos números. Segundo o Jornal O
Globo, a cem dias de acabar o primeiro ano de gestão da
presidente Dilma Rousseff, promessas de campanha e alguns compromissos
assumidos no programa de governo não saíram do papel ou estão bem distantes de
atingir as metas fixadas para 2011. Destacados entre os principais compromissos
da presidente, o programa Minha Casa Minha Vida, a construção de Unidades de
Pronto Atendimento (UPAs) e de Unidades Básicas de Saúde (UBS), de quadras
esportivas e de postos de polícia comunitária têm recursos disponíveis no Orçamento
da União, mas a liberação até setembro não chega a 10% do aprovado.
O programa de construção de creches, outra promessa
destacada na campanha eleitoral, teve um desempenho um pouco melhor, com 21%
dos recursos liberados. Uma das estrelas do PAC e também da campanha
presidencial, o programa Minha Casa Minha Vida recebeu o primeiro golpe em
março, com o corte de R$ 5,1 bilhões na dotação inicial de R$ 12,6 bilhões
prevista no Orçamento. A justificativa da equipe econômica foi que a segunda
fase do programa dependia de aprovação do Congresso, o que só aconteceu em
junho. Veja abaixo o quadro das obras da Dilma, publicado pelo O Globo.
Clique na imagem para ampliar.
Não há mais nenhuma dúvida de que a Copa 2014 será
um fracasso total. Além de custar algumas vezes mais, nada estará pronto.
Feriados prolongados potencializarão os prejuízos e o caos será instalado. Como
diz o ditado, vai dar m...! Vejam abaixo, matéria da Folha de São Paulo.
Quase quatro anos após o Brasil ser escolhido como
sede da Copa de 2014, o governo perdeu o controle do andamento das obras
ligadas ao evento e pôs em risco o legado de infraestrutura que ele poderia
deixar para o país. Divulgado há 11 dias, o balanço mais recente do governo
sobre os projetos da Copa já está desatualizado. Prazos indicados no documento
não batem com informações das cidades-sede, e outros soam irreais diante dos
problemas que as obras têm enfrentado. Autoridades que acompanham os
preparativos para a Copa já falam em organizar os dias de jogos com a estrutura
hoje disponível, sem contar com as novas obras.
A promessa do governo de entregar nove estádios no final de 2012 também já caiu por terra, com novos atrasos. No capítulo transportes, há problemas como o do monotrilho do eixo norte/leste de Manaus. Além de sofrer questionamentos da CGU (Controladoria-Geral da União), a obra pode estourar o prazo. A previsão do governo do Amazonas é de início das obras em novembro de 2011 e conclusão em maio de 2014, dois meses antes da Copa. O governo reconheceu que pode não concluí-la a tempo. "Obras grandes como essa sempre podem estourar o prazo. Mas [se o prazo for estourado] será concluído mesmo depois", afirmou o coordenador para Copa 2014 de Manaus, Miguel Capobiango.
Em Recife, o secretário estadual da Copa, Ricardo Leitão, prevê o começo da execução de quatro projetos para o início de 2012. O governo federal, para novembro. O discurso das cidades-sede é o de que a maioria das obras não são imprescindíveis para a realização dos jogos. "Se houver dificuldade, focamos só na obra do acesso ao estádio", disse Leitão. Representantes das seis cidades ouvidas pela Folha admitiram que podem trabalhar com feriados em dias de jogos para atenuar problemas. "Podemos criar um ponto facultativo para os funcionários públicos que trabalham naquela região do Beira-Rio", contou o secretário de mobilidade urbana de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari.
São Paulo fala em feriado na abertura da Copa. E em reduzir o fluxo de pessoas em metrô e trem para não atrapalhar o público dos jogos. Nos aeroportos, o Brasil já perdeu a chance de deixar um legado, de acordo com os especialistas. "Agora estamos correndo atrás da demanda", afirmou o professor Elton Fernandes, da Coppe/UFRJ. Dos 13 terminais da Copa, 7 devem ter a capacidade ampliada com instalações provisórias, os puxadinhos. "Eles têm um custo muito inferior e dão conta do recado", diz Jaime Parreira, diretor de engenharia da Infraero.
Não falta dinheiro federal. Até agora, são R$ 6,5 bilhões para aeroportos, R$ 8 bilhões para mobilidade urbana e R$ 400 milhões por estádio. Ainda assim, das 49 obras de mobilidade urbana da Copa, só 9 começaram. Oito dos 13 aeroportos iniciaram reformas. E pelo menos cinco estádios vão estourar o prazo inicial fixado pela Fifa. A situação gera incômodo na entidade. "Estamos preocupados com qualquer atraso, por qualquer razão", afirmou o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, por meio de sua assessoria.
Por contrato, a Fifa pode tirar a Copa do Brasil na ausência de melhorias no sistema de transporte. O histórico da entidade sugere que é improvável que isso ocorra, mas o discurso dos dirigentes da Fifa certamente mudou. Em 2007, relatório da Fifa concluiu que a infraestrutura do país era adequada e só viu problemas em Cuiabá e Natal. Quatro anos depois, a infraestrutura disponível para os jogos na maioria das cidades-sede é a mesma.
Do Blog Implicante:
Embora muita gente ainda não saiba, a Copa do Mundo
é um evento privado e, como tal, obedece critérios comerciais para definir sua
realização. Caso o país sede não dê garantias suficientes para a realização do
mundial, cabe a Fifa zelar pelos interesses dos patrocinadores e buscar outra
solução. Para ver a íntegra, clique aqui.
DO BLOG DO NOBLAT
Enviado por Ricardo Noblat -
25.9.2011
| 11h03m
Ilimar Franco, O Globo
Os grandes partidos não querem saber do voto em
lista. Sustentam que essa mudança só beneficia o PT. Desde 1998, a votação
petista à Câmara dos Deputados cresce e, desde 2006, é a maior. O PT partiu de
12,7 milhões de votos em 1998, para 16,8 milhões em 2010. O PMDB caiu de 20,3
milhões, em 1994, para $12,9 milhões em 2010. O PSDB caiu de 18,1 milhões em
1998 para 11,7 milhões em 2010. O DEM afundou de 18,3 milhões em 1998 para 7,4
milhões em 2010. Caíram também as votações do PP, do PDT e do PTB. Muitos petistas
já perceberam que os outros partidos não vão facilitar o caminho do PT rumo à
hegemonia.
Estênio
Negreiros
Fortaleza,CE
"As
leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os
grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)
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