domingo, 18 de setembro de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO


BRASÍLIA PEDE SOCORRO
Por Carlos Chagas
As eleições passadas  revelaram que o povo de Brasília rejeitou o terrorista, no caso, com todo o respeito, Joaquim Roriz, mas  nem por isso o chefe do esquadrão anti-bomba, governador Agnelo Queirós, conseguirá desarmar o novo petardo prestes a explodir, agora na fronteira  na capital federal, porque  Roriz  

será candidato a prefeito de Luziânia, aqui pertinho.
                                                        
Explica-se a imagem: Brasília foi construída para trazer o desenvolvimento ao Centro-Oeste, o que se  conseguiu, mas não para constituir-se no formigueiro em que se transformou. Idealizada para centro administrativo e político do país, era para chegar aos 500 mil habitantes na virada do século XXI. A vida distorceu o sonho de JK quando se atenta para o fato de que só o Distrito Federal já hospeda 2,5 milhões de habitantes, sendo que,  reunido o entorno, chegamos a 4,5 milhões de cidadãos. Joaquim Roriz, no caso, foi o responsável por essa expansão, depois de quatro governos distribuindo lotes e  convocando o Brasil subdesenvolvido a auferir das benesses  de uma fantasia. Coisa que agora ameaça reproduzir a poucos quilometros da capital.                                               
                                                      
Basta lembrar que São Paulo levou 400 anos para chegar aos 2 milhões de habitantes, ficando claro que a velocidade do crescimento de Brasília desfez qualquer projeto de criação de um centro ordenado de progresso e de  comando nacional. A cidade e a região transformaram-se num buraco  negro capaz de sugar luz, matéria e energia do universo brasileiro.  Porque aqui, apesar de lastimáveis, as condições de vida são superiores às do Norte, Nordeste e adjacências. Se os hospitais tornaram-se um inferno, as escolas, sucursais do purgatório, a segurança,  um perigo constante, e até o trânsito, um caos, a verdade é que a  capital federal ainda é a solução para legiões de miseráveis e impossibilitados de sobreviver ao seu redor.  Basta lembrar que prefeitos de  Goiás, Tocantins,  Bahia,  Piauí, Maranhão, Minas e outros estados, em vez de investirem em meros  postos de saúde em seus  municípios,  preferem adquirir ambulâncias para transferir seus doentes para Brasília. E estimulando seus habitantes menos favorecidos a tomarem o rumo da capital federal, onde até lotes são entregues aos recém-chegados. 
                                                        
O resultado é que até  agora as sucessivas administrações locais não deram conta de implantar serviços públicos bastantes para a legião dos desesperançados que aqui chegam com a esperança de vida melhor. Mesmo sem emprego, ainda conseguem evitar a morte dos filhos enfrentando filas monstruosas nos hospitais, ou inscrevê-los em lamentáveis escolas públicas.
                                                        
Quem mais contribuiu para esse horror foi Joaquim Roriz, que  promete para a cidade goiana  bem próxima dobrar o bolsa-família, perdoar dívidas no banco oficial e nas multas de trânsito e sustentar os desempregados por tempo indefinido.       Fazer o quê diante da realidade? Expulsar e erigir uma barreira entre Brasília e Luziânia  seria inominável. Fechar as fronteiras  do Distrito Federal, pior ainda. Mas continuar construindo pontes, viadutos, escolas e hospitais insuficientes para a demanda, adiantará muito pouco.
                                               
Esse o drama de Agnelo Queirós: realizar o milagre impossível da multiplicação de uma cidade numa megalópole que nem o Padre Eterno conseguiria administrar. 
                                               
Sendo assim, só lhe resta uma saída: aproveitar a íntima ligação com Dilma Rousseff e apelar para que o governo federal adote políticas de fixação dos cidadãos  em suas origens, seja através da reforma agrária, da criação de condições de educação, saúde e segurança em suas próprias regiões, de ampliação do desenvolvimento no interior e  de métodos de governo planejados a longo prazo. Porque pouco adiantará ao governo federal despejar verbas em Brasília para fazer daqui a Ilha da Fantasia se em volta os vulcões continuarem a vomitar tragédias inomináveis.




-DO BLOG DO NOBLAT-

Enviado por Luiz Fernando Veríssimo -
18.9.2011
| 9h03m
Geral

Eu sei que não é a questão mais premente do momento, mas para onde foram as mulheres ancudas e de coxas grossas? O que há alguns anos era um corpo bonito de mulher hoje não é mais. Durante anos o padrão de mulher "boa" no Brasil foi a vedete tipo violão, com mais ancas do que peito. Que fim as levou?
O ocaso do tipo começou, segundo alguns estudiosos, com a derrota da Marta Rocha por excesso de quadris num concurso de Miss Universo, no tempo em que todo o país acompanhava nossas concorrentes em concursos mundiais de beleza como se elas fossem a seleção. E Marta Rocha era um pouco como a seleção de 50: não podia perder e perdeu, por milímetros.
A partir daí teve-se o cuidado de enquadrar nossas misses nas convenções internacionais de beleza, embora persistisse a certeza de que o padrão violão era melhor e os estrangeiros não sabiam o que estavam perdendo.
Aos poucos o tipo longilíneo se impôs, e hoje nem entre as coristas — ou os travestis, esses nostálgicos de virtudes femininas em desuso — se encontra o formato antigo. Mais uma vitória do colonialismo cultural.
Talvez a evolução do maiô tenha alguma coisa a ver com o fenômeno. O advento do biquíni e da tanga condenou a coxa larga a adaptar-se ou sair da praia, numa amostra particularmente rude de darwinismo social. A transformação da roupa de banho trouxe outros benefícios para a humanidade e seus fundilhos.
Você eu não sei mas ainda peguei o tempo dos calções infantis de pano que ficavam pesados e ásperos quando molhados e cheios de areia, e nos assavam as pernas e as partes. Pomada, muita pomada, e bichos-do-pé eram as consequências de um dia na praia. E por falar nisso, que fim levaram os bichos-do-pé?
Até uma determinada época os maillots das moças eram feitos para disfarçar o fato de que elas tinham sexo. Nós sabíamos que elas tinham, se bem que não tivéssemos muita certeza de como funcionava. E ainda tem gente que suspira e diz "Bons tempos..."

REDES E VÉUS
Outra coisa que desapareceu: rede de cabelo para homens. Jogador de futebol usava muito. Para proteger o penteado durante o jogo, talvez para melhorar o cabeceio. Quando eu me imaginava como jogador de futebol era com rede no cabelo. E outra: véus rendados tapando o rosto das mulheres. Um resquício de pudor oriental que seguiu o caminho das coxas grossas, dos bichos-do-pé e das redes de cabelo masculinas para o esquecimento.

Ilimar Franco, O Globo
A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) vai editar portaria com novas regras para a assinatura de convênios. A fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU) será ampliada. Para dar consequência ao combate à corrupção, os ministros passarão a assinar a liberação de recursos para convênios. Hoje quem assina são o secretário-executivo ou os secretários setoriais. No futuro, quando houver irregularidade, os ministros também serão presos e algemados pela Polícia Federal.


Ilimar Franco, O Globo
A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) vai editar portaria com novas regras para a assinatura de convênios. A fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU) será ampliada. Para dar consequência ao combate à corrupção, os ministros passarão a assinar a liberação de recursos para convênios. Hoje quem assina são o secretário-executivo ou os secretários setoriais. No futuro, quando houver irregularidade, os ministros também serão presos e algemados pela Polícia Federal.


domingo, 18 de setembro de 2011
Ontem, com toda a pompa, o ditador assassino Raul Castro visitou o Puerto de Mariel, em Cuba, para acompanhar o bom andamento das obras, pois dinheiro é o que não falta. A obra é da Odebrecht, totalmente financiada pelo BNDES, a um custo de U$ 300 milhões. Esta é a cifra para consumo interno, aqui no Brasil.  Segundofontes oficiais de Cuba, as instalações de Mariel poderá chegar a U$ 800 milhões de dólares.  Investimento brasileiro.Para os portos brasileiros, pelo PAC 2, de 2011 a 2014, estão previstos investimentos de pouco mais de U$ 300 milhões. O que justifica enviar dólares para Cuba e perder dólares em nossas exportações por falta de infra-estrutura portuária no Brasil? É ou não é necessária uma CPI do BNDES já? E se deste dinheiro algum amigo de Fidel embolsasse, por exemplo, 20%, 30%? Alguém descobriria? Ou a corrupção cubana é menor do que a brasileira?



Delegados da Polícia Federal se declaram perplexos com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mandou anular as provas da Operação Boi Barrica. Eles avaliam que o Judiciário se curva ante investigados que detêm poder político e econômico. Temem que outras operações de grande envergadura tenham o mesmo fim. 'A PF não inventa, ela investiga nos termos da lei e sob severa fiscalização', disse o delegado Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, diretor de Assuntos Parlamentares da Associação Nacional dos Delegados da PF.

'No Brasil não há interesse em deixar investigar', afirma Leôncio. 'As operações da PF são executadas sob duplo grau de controle, do Ministério Público Federal, que é o fiscal da lei, e do Judiciário, que atua como garantidor de direitos. Aí uma corte superior anula todo um processo público com base em quê? Com base no 'ah, não concordo, a fundamentação do meu colega que decidiu em primeiro grau não é suficiente'. Nessa hora não importa que os fatos são públicos e notórios e que nem sequer há necessidade de se ficar buscando uma prova maior.'

Leôncio considera 'revoltante' ouvir críticas de que a PF investiga mal. 'O País não pode aceitar que uma operação seja anulada porque o tribunal não concorda com a fundamentação do juiz de primeiro grau, 'ah, quem tinha que ter autorizado não era o juiz federal da 1.ª vara, a competência era do juiz da 2.ª vara'. Isso atende a uma elite.' Para o delegado, 'o Legislativo faz mal as leis' e 'a polícia trabalha com instrumentos legais limitadíssimos'. 'As leis são limitativas e restritivas, como a da interceptação telefônica. O pano de fundo é o Judiciário a serviço das elites.' Leia mais aqui.

Estênio Negreiros
Fortaleza,CE


"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade
)


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