sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO


Ciro Gomes declara guerra a Luizianne Lins de olho na Prefeitura
O ex-deputado federal também falou do desejo de ver o governador Cid Gomes representando o Ceará no Senado.
Por: Márcio Dornelles
O ex-deputado federal Ciro Gomes já 
havia feito críticas à gestão da Luizianne Lins, mas desta vez declarou guerra à prefeita de Fortaleza, com opiniões duras sobre o trabalho desenvolvido na capital. Em entrevista à TV Cidade (Record), que vai ao ar nesta sexta-feira (16), o irmão mais velho também falou sobre o futuro do governador Cid Gomes. A proximidade das eleições municipais acirra os ânimos na política cearense.
A relação entre Ciro e Luizianne foi tensa nos últimos anos, esquecida somente em período eleitoral, como em outubro de 2010, quando desfilaram lado a lado no Centro de Fortaleza, em campanha pela então candidata Dilma Rousseff. Nesta quinta-feira (15), o ex-ministro da Integração Nacional deu novas alfinetadas na petista. Ciro afirmou que Luizianne é uma excelente política, mas como administradora deixa muito a desejar.
Às vésperas de uma nova disputa eleitoral, as declarações do socialista devem dar novas rugas à aliança entre PT e PSB, recentemente considerada fundamental por Cid Gomes, em entrevista ao programa "Poder e Política" (UOL e Folha.com). Na mesma gravação, o governador cearense manifestou o desejo de ver Ciro no Senado.
O ex-deputado federal devolveu o sonho, despistando sobre uma possível candidatura e promovendo o irmão ao cargo. "Quero ver o Cid no Senado. Ele é um talento extraordinário. Depois de tudo o que aconteceu com o Tasso, fiquei preocupado com a direção do Ceará. Quero garantir o futuro do meu Estado. O Cid no Senado é a saída. Ele precisa ficar até o final do governo para garantir a sucessão e depois rumo ao Senado. Ele vai topar", acredita.








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-DO BLOG DO CORONEL-




Copa do Mundo: tudo certo para a maior roubalheira da história deste país.

O cronograma da roubalheira da Copa está perfeito: tudo está atrasado. Quanto mais atrasado, menos eficiente o controle. Licitações terão que ser aceleradas, 
obras tocadas à noite e aos finais de semana, gerando fabulosos aditivos, a corrupção comendo solta em todos os níveis do estado brasileiro. Não pensem que o atraso é fruto de incompetência. O atraso é a grande estratégia para permitir o maior esquema de corrupção da história deste país.

Não só em relação às obras, mas às providências burocráticas que o governo brasileiro está atrasado na preparação da Copa de 2014. A mil dias do evento, a Casa Civil da Presidência ainda não mandou ao Congresso o projeto para a Lei Geral da Copa, conjunto de regras que disciplina da cobrança de ingressos à concessão de vistos para estrangeiros que entrarem no país. Nos bastidores, a demora tem irritado até representantes da Fifa, que reclamam da insegurança jurídica criada por essa inércia.

O Ministério do Esporte promete para a semana que vem o envio do texto. Mas o ministro Orlando Silva não cumpriu promessas anteriores. Em abril, afirmou na Câmara que a proposta seria encaminhada naquele mês. Em 29 do mesmo mês, após encontro com o secretário-geral da Fifa, Jêróme Valcke, e o presidente do Comitê Organizador Local, Ricardo Teixeira, esticou o prazo para a primeira quinzena de maio e afirmou que a legislação deveria estar aprovada até 30 de julho. 

A lei disciplina temas cruciais para a Fifa, como a proteção às marcas e símbolos do evento; titularidade sobre os direitos de TV; e exclusividade sobre ações comerciais realizadas nos estádios. Sem ela, por exemplo, falta garantia de que o espaço de um patrocinador oficial não será invadido por um concorrente.A lei estabelecerá procedimentos simplificados para concessão de vistos de entrada e permissões de trabalho a estrangeiros. Enquanto não sai, dirigentes da Fifa e de empresas como a HBS, gigante que cuida da transmissão da Copa, não conseguem aval para ficar no Brasil, tendo de sair do país de três em três meses. 

- A situação está pior que na África do Sul - reclama um alto executivo da HBS. A lei também cria tipos penais e punições para práticas que atentem contra as marcas do evento; dá à Fifa o direito de definir os preços de ingressos, abolindo, inclusive, a meia-entrada; prevê responsabilidades civis para o governo, em caso de atentados terroristas ou fatos similares; e o obriga a oferecer, gratuitamente, serviços de segurança, saúde, vigilância sanitária, alfândega e imigração. O Ministério do Esporte informou apenas que "o projeto da lei está em fase final de elaboração para envio ao Congresso, após amplo debate envolvendo onze pastas".


O balanço dos preparativos, apresentado na última quarta-feira pelo governo, revelou que 52 das 81 obras do evento ainda não começaram. As mais atrasadas são as de mobilidade, que representam o "legado" de infraestrutura da Copa para as 12 cidades-sede. São 49, das quais 40 ainda estão no papel. Exceto a construção do BRT (Sistema Rápido de Ônibus) Transcarioca no Rio, financiado pelo BNDES e já iniciado, as demais terão recursos da Caixa. O banco repassará R$ 6,58 bilhões em empréstimos, pouco mais da metade do total previsto. Mas R$ 98 milhões ou 1,4% é o que foi repassado por ora, a três obras de Belo Horizonte. 

Para José Roberto Bernasconi, coordenador de Copa do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), o Brasil já perdeu a chance de fazer um grande plano de renovação da infraestrutura urbana. - Até 2014, será possível construir um legadinho. Por falta de planejamento. Há dinheiro para as obras, mas não conseguimos gastar - lamenta. Dezesseis empreendimentos ainda não têm sequer o contrato de financiamento assinado com a Caixa. É o caso de cinco dos seis previstos para Fortaleza. Em Recife, quatro dos cinco empreendimentos ainda não têm garantia de verba: - As obras estão em licitação ainda. Não dá para contratar sem isso - alega o secretário extraordinário da Copa em Pernambuco, Ricardo Leitão. 

A Caixa argumentou que a demora no desembolso é causada principalmente por estados e municípios. Cabe a eles cumprir condições como entrega de projeto, licitação e licença ambiental. Para assinar o financiamento, é necessário avaliar o risco de crédito do tomador, sua capacidade de pagamento, garantias e o cumprimento dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O banco ponderou que as obras podem começar com recursos próprios, pois todas têm contrapartidas.(De O Globo)

PMDB das várias caras.

De um lado, o fisiologismo latente e presente na frase do líder do partido Henrique Eduardo Alves (RN):

"Esse partido não tem medo nem de tempestades nem de furacões nem de caras feias, ameaças e constrangimentos. Esse partido não começou ontem... É natural que possam ler, ouvir tantas agressões, ataques pequenos e mesquinhos contra PMDB. Mas esse é o partido que quando a presidente precisa solicitar ela sabe que conta sempre com a lealdade e transparência do PMDB".

De outro lado, a ameaça velada de quem suga o Estado brasileiro e dá o aval para a corrupção instalada pelo PT, proferido pelo presidente do PMDB, senador Valdir Raupp(RO):

"O PMDB está se reforçando em todo o Brasil com as eleições de 2012, não perdendo o foco para 2014" 

É o PMDB de sempre. O PMDB das várias caras. Fisiológico, chantagista, corrupto, avalista da roubalheira petista.


O cara do PT é o Sarney.

Com a presença de apenas dois dos cinco governadores do partido, o encontro nacional do PMDB acabou se transformando em um palco para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Um dia depois de conseguir manter o Ministério do Turismo nas mãos do PMDB do Maranhão, mesmo depois das denúncias de corrupção envolvendo seu afilhado político Pedro Novais, Sarney foi reverenciado por integrantes do PT que participaram do evento e pela presidente Dilma Rousseff.Idealizado para turbinar algumas candidaturas peemedebistas nas eleições de 2012, em especial a do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) à Prefeitura de São Paulo, o Fórum Nacional do PMDB foi salvo pela presença da presidente Dilma, que tirou o foco da demissão de Novais. Leia mais aqui no Estadão.


O novo Novais.

A única credencial do novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB-MA) é ser da patota do Sarney. A sua biografia inclui emendas da pasta para redutos eleitorais, onde as obras estão abandonadas, doação recebida de empresa fraudulenta e a declaração de que entender da área não é essencial.

Além de maranhense e membro antigo do PMDB, Gastão Vieira tem outros pontos em comum com o deputado Pedro Novais, a quem sucedeu no Ministério do Turismo. Os dois são apadrinhados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e figuram na lista de presentes do empreiteiro Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, pivô do esquema de desvio de dinheiro público desmantelado em maio de 2007 pela Operação Navalha.

Apreendida pela Polícia Federal, a lista contém mais de 200 nomes de políticos e autoridades, entre as quais Sarney e sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), ministros de Estado e até membros do Tribunal de Contas da União. Gastão recebia também ajuda de campanha do empreiteiro. Na eleição de 2006, sua prestação de contas à Justiça eleitoral registra uma doação de R$ 40 mil. Na Operação Navalha, foram presas 74 pessoas, entre elas parentes do então governador do Maranhão, Jackson Lago, e até um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. O escândalo derrubou o então ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, um apadrinhado de Sarney.

O novo ministro alega que, à época, Zuleido era considerado idôneo e sua empresa não figurava no noticiário de escândalos. A exemplo de Novais, que pagava a governanta, o motorista particular da mulher e até motel com dinheiro público, o novo ministro também tem um passivo de confusão entre público e privado. Em 2008, ele teve de dar explicações por ter empregado a filha Lycia Maria Vieira em cargo comissionado na Câmara. Ela acabou demitida após o Supremo Tribunal Federal baixar súmula reafirmando a proibição de nepotismo em todos os níveis do Estado. Em meio a registros polêmicos, o site Excelência traz um dado curioso. Caso raro na política, Gastão teve o patrimônio reduzido em 4,6% ao longo do último mandato: começou 2006 com cerca de R$ 442 mil e terminou 2010 com R$ 421 mil. Na prestação de contas, outros três políticos maranhenses tiveram redução patrimonial após se elegerem: Ribamar Alves (PSB), Domingos Dutra (PT) e Sarney Filho (PV).

-DO BLOG DO NOBLAT-

Enviado por Ricardo Noblat -
16.9.2011
| 7h36m

Política

Novo ministro vê 'corrupção sem paralelo' no mensalão

Em 2005, Gastão Vieira (Turismo) integrou CPI que investigou o caso
Nos pronunciamentos como deputado, o novo auxiliar de Dilma afirmou que o esquema partiu do Executivo
Filipe Coutinho e Fernando Mello, Folha de S. Paulo
O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB), classificou em discursos feitos na Câmara o esquema do mensalão como um caso de corrupção "sem paralelo" na história brasileira.
Vieira tomará posse hoje em substituição a Pedro Novais, que deixou o cargo depois de a Folha revelar que ele usava funcionários pagos com dinheiro público em atividades particulares.
Em 2005, quando estourou o mensalão, Vieira era deputado pelo PMDB do Maranhão e integrou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou o caso.
Enquanto a cúpula petista e o então presidente Lula se esforçavam na tentativa de desqualificar o escândalo, o novo ministro foi à tribuna dizer que o mensalão era um caso "deliberadamente e estrategicamente" montado para comprar deputados.
(...)
Em seus pronunciamentos feitos à época, ele disse que o mensalão partiu do Executivo e o governo, em vez de aproveitar a popularidade de Lula, preferiu "comprar partidos e cooptar deputados".
"A crise tem origem no Executivo, que poderia usar a força dos votos que trouxe Lula para a Presidência e fazer as reformas com nossa adesão."
Vieira chegou a considerar que Lula corria risco de sofrer impeachment.
"Devemos eleger um presidente para a Câmara independentemente do tamanho de bancada, que não provoque o impeachment do presidente Lula, mas esteja pronto para fazê-lo se as circunstâncias assim o determinarem", discursou no plenário, três meses após o mensalão ser revelado pela Folha.

-DA TRIBUNA DA INTERNET-

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011 | 03:11
Sebastião Nery
Sexta-feira, oito da noite em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 1981. A cidade animada, a praça central cheia de gente. Ia começar o comício de Brizola lançando o PDT nos pampas.
Da sacada da prefeitura, por cima do palanque instalado em frente, um homem grandalhão, forte, 53 anos, cara de alemão, olhava a praça lotada e sorria feliz. O dr. Schimidt, o Schimitão, médico e prefeito, lambia a cria. Preparou a festa e a praça era uma festa. Fazia as contas conosco:
– Tem 10 mil pessoas.
– Muito mais, tem 15 mil.
– Não, 15 não tem não. Tem entre 10 e 12. Conheço essa praça como a palma da minha mão. É um sucesso, apesar da ameaça de chuva.
***
JORNALISTA
E desceu para o palanque. No canto do salão da prefeitura, uma menina bonita, bolsa no ombro, estava no telefone:
– O comício vai começar. Um fracasso. No máximo, 1.500 pessoas.
Schimitão deu um salto:
– Minha filha, você está falando com quem?
– Com a minha redação. Sou jornalista.
– Tenha paciência. Você está cometendo uma indignidade. Vamos ali para a sacada fazer os cálculos juntos. Se você quiser, vou com você para a praça e vamos sair contando. Quando completar as 1.500 pessoas, você vai ver que tem várias vezes mais. Não faça isso, seja uma profissional correta.
– Quem é o senhor?
– Sou o prefeito.
– Pois fique sabendo que a notícia é minha, mando a que quero.
– E fique sabendo que o telefone é meu e nele não manda mentira.
E desligou. A menina linda saiu furiosa. Dia seguinte, os jornais deram entre 10 e 12 mil pessoas.
***
PESQUISAS
Pesquisa é uma grata lembrança da juventude. Chegando a Belo Horizonte em 1952, dando aulas e começando em jornal, os dois salários mal pagavam as modestas contas. Apareceu em Minas um paulista simpático, diretor do Instituto de Pesquisa, Opinião e Mercado (Ipom), para organizar equipes de universitários a fim de fazer pesquisas sobre o consumo de produtos eletrodomésticos, que começavam a aparecer.
Como eu era do Diretório Acadêmico de minha faculdade e conhecia bem as outras, acabei contratado. Passava noites e pedaços das madrugadas esquadrinhando a cidade, rua por rua, para termos um mapa da população. Com o salário das pesquisas descobri o que era ganhar mais do que gastava.
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VENALIDADE
Em um país do tamanho do Brasil, com uma economia e uma população tão múltiplas, pesquisa é produto de primeira necessidade. E os institutos que as fazem, entidades nacionais de interesse coletivo. Quando chegam as eleições, a maioria delas cai na gandaia e desmoraliza tudo.
Ninguém é infalível. Mas todas erraram muito além das “margens de erro”. Há um mistério atrás disso. E tem nome: venalidade. Vendem-se.
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BROSSARD
No jornal paulista DCI (Diário do Comércio, Indústria e Serviços), o grande mestre Paulo Brossard, jurista, ex-senador, ministro da Justiça e do Supremo Tribunal, escreveu um artigo sobre as pesquisas eleitorais, chamado de “As Sondagens Insondáveis, dizendo que “chegou um momento em que a pesquisa parecia prevalecer sobre a própria eleição e seu desfecho”.
“Por motivos ainda a serem devidamente examinados, as pesquisas sucessivas transformaram-se em protagonistas do processo eleitoral no Brasil. O fenômeno, a continuar nesse crescendo, demandará analise adequada por parte dos partidos, de entidades docentes, da Justiça Eleitoral”, assinalou Brossard, com toda razão.


Estênio Negreiros

Fortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)

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