DEFASADOS,
VELHOS, MAS PODEROSOS
Por
Carlos Chagas
É
pena, mas a resposta será: nenhum resultado.
As soluções retrógradas vão muito bem, obrigado. Os países que as
praticam nem se tocaram. São os mais poderosos e jamais pensam em reformular
sua estratégia.
Contra
o quê insurgiu-se a presidente brasileira, em se tratando de mecanismos para
enfrentar a crise econômica mundial?
Insurgiu-se
diante do aumento de impostos, da
redução de salários e aposentadorias, das demissões em massa, dos cortes nos
investimentos sociais, da limitação do
crédito e da cultura da recessão. Essa
receita é do FMI, dos bancos internacionais, dos especuladores, dos credores e
dos donos do poder econômico, unidos pelo denominador comum de que as nações em
dificuldade devem continuar pagando suas dívidas com juros indecentes e
servindo à especulação do alto setor financeiro. Além de permanecerem alienando suas riquezas sem a contrapartida
do desenvolvimento.
Da
fala presidencial fica pelo menos a perspectiva de uma consequência interna: as
teorias defasadas não serão aplicadas no Brasil. Será?
SOBRE
O TCU E A MEGA-SENA
Leva
a uma triste conclusão essa corrida desenfreada, na Câmara, para a indicação de um novo ministro do
Tribunal de Contas da União. Diversos deputados candidataram-se a ganhar a
mega-sena. Só uma conseguiu, mas a disputa demonstrou a ausência de espírito
público em todos. Porque ser nomeado para o TCU significa entrar no paraíso.
Vencimentos altíssimos, mordomias sem par, pouco trabalho e garantia de
vitaliciedade, pois depois de aposentados os ministros continuam fazendo jus a
todos os benefícios.
Por
mês, recebem o máximo que o poder público paga a seus servidores. Tem direito a
carro oficial, motorista, segurança, auxílio-moradia e tratamento médico, dentário e hospitalar para eles e
a família, até a eternidade.
Cercados por numerosa e eficiente assessoria, na maior parte dos casos
limitam-se a assinar pareceres já prontos. Gozam de férias como qualquer
integrante dos tribunais superiores do Poder Judiciário, ainda que rotulados
como órgão auxiliar do Poder Legislativo. Mamata igual, quem não quer?
Rui
Barbosa, criador do Tribunal de Contas da União, ficaria chocado diante de
tantas vantagens. Recomendaria, no mínimo, um exame vestibular para ministro do
TCU. E repreenderia os candidatos que são parlamentares, por sua falta de
confiança nas próximas eleições.
DOIS
ANOS É POUCO
O
projeto que cria a Comissão da Verdade, aprovado na Câmara, estabelece o prazo
de dois anos para o levantamento das lesões aos direitos humanos praticadas
pelos agentes do poder público durante o
regime militar. Parece pouco tempo, na medida em que milhares de denúncias e
investigações precisarão acontecer e ser tomadas a termo, com oitiva de
testemunhas e de acusados. Serão sete os integrantes dessa comissão, proibida a
indicação de pessoas diretamente envolvidas naquelas práticas, algozes ou
vítimas. Se o prazo começar a ser
contado da sanção da lei, pior ainda, pois o governo encontrará dificuldades
para nomear os encarregados dos trabalhos, seleção capaz de levar meses. Como a Lei da Anistia permanece em vigência,
mesmo quando evidenciados atos
execráveis de tortura e sucedâneos, bem como seus responsáveis, nenhuma iniciativa poderá ser tomada ou sugerida para
puní-los. Acresce que cada acusação exigirá a defesa do acusado através de alegações de crimes porventura cometidos
por suas vítimas. Será impossível à Comissão da Verdade evitar referências à
ação do “outro lado”, no caso, da subversão e do terrorismo. Claro que ganhará
a memória nacional, mas nada se desenvolverá sem muita amargura.
IMPOSSIBILIDADES
Da
reunião do ex-presidente Lula com Michel Temer e outros líderes do PMDB, esta
semana, confirma-se a evidência de que a
reforma política já era. O partido do vice-presidente não aceita o financiamento público das campanhas, nem a
votação para deputado em listas partidárias, muito menos a proibição de
coligações eleitorais, como consta do projeto do PT.
Melhor
teria feito o Lula se não tivesse iniciado sua tentativa de cordenação da
reforma política, deixando o ônus do fracasso para o Congresso.
O chefe da sofisticada organização
criminosa do mensalão quer comandar a Comissão da Verdade. Nada mais revelador.
Quem conhece o chefe da quadrilha do mensalão sabe
o que significa estas suas palavras dirigidas a Dilma Rousseff sobre a intenção
de "colaborar" na Comissão da Verdade: ele vai
comandar, das sombras, a sua composição e o seu funcionamento. O acusado de
formação de quadrilha e corrupção ativa, eminência parda do petismo,
declarou: 'vou estar às ordens, vou sempre colaborar". A
matéria abaixo é do Estadão.
Após comemorar a aprovação do projeto da Comissão
da Verdade na Câmara, a presidente Dilma Rousseff enviou um recado aos
ministros envolvidos com a questão: eles não devem alimentar nenhuma
especulação sobre os nomes de personalidades que podem ser convidadas para
integrar o futuro colegiado. A tarefa principal agora deve ser o esforço
político para que o projeto seja aprovado também pelo Senado. O presidente da
Casa, José Sarney (PMDB-MA), já foi procurado ontem pelo ministro da Defesa,
Celso Amorim. O titular da pasta da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo,
deverá conversar com o senador maranhense no início da próxima semana.
O objetivo do governo é garantir que a tramitação ocorra em regime de urgência, como na Câmara, evitando o debate nas comissões. Quanto mais demorado for o trâmite, maior a possibilidade de surgirem focos de resistência à proposta. Segundo um assessor do governo, a resistência na Câmara foi maior do que se esperava. Líderes de partidos da oposição e da base do governo já foram contatados. Um dos primeiros senadores procurados foi Marcelo Crivella (PRB-RJ), que tem proximidade com setores das Forças Armadas.
O objetivo do governo é garantir que a tramitação ocorra em regime de urgência, como na Câmara, evitando o debate nas comissões. Quanto mais demorado for o trâmite, maior a possibilidade de surgirem focos de resistência à proposta. Segundo um assessor do governo, a resistência na Câmara foi maior do que se esperava. Líderes de partidos da oposição e da base do governo já foram contatados. Um dos primeiros senadores procurados foi Marcelo Crivella (PRB-RJ), que tem proximidade com setores das Forças Armadas.
Após uma sondagem inicial com o PSDB, o governo
deverá propor o nome do tucano Aloysio Nunes. que foi perseguido politicamente
durante a ditadura militar, para o cargo de relator. Apesar dos esforços do
governo para evitar especulações em torno dos nomes que serão indicados pela
presidente Dilma para compor a Comissão da Verdade, o debate em torno do assunto
tende a aumentar. Na opinião de militantes da área de direitos humanos, o
perfil dos sete escolhidos será decisivo para definir o andamento e o sucesso
dos trabalhos.
E simbólico e sintomático. O Estadão estampa, lado
a lado, o chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão e um dos
maiores empresários do país. Ambos falam de impostos. Com o mesmo peso e
destaque. O mensaleiro quer combater a sonegação do imposto. Logo ele, que
comandou o esquema mais escandaloso de caixa dois já ocorrido no Brasil. Que
país é este que coloca bandidos na página de economia? E que faz com que
empresários tenham que conviver com quadrilheiros.
Do Blog do Ricardo Noblat -
24.9.2011
| 9h49m
A ficha não caiu - Lula e Mantega: metendo-se onde
não devia — ou seja, no governo dos outros.
Lula está longe de desencarnar da Presidência. Que
o digam alguns ministros.
Há um mês, perto de anunciar medidas de aperto
fiscal, aquele em que aumentou a meta de superávit primário para 10 bilhões de
reais em 2011, Guido Mantega recebeu um telefonema de Lula. O ex reclamou do
aperto e tratou de, veja só, dar lições de economia a Mantega.
Disse, tentando aplicar a mesma receita em situações
diferentes, que não era hora de frear, e sim de pisar no acelerador, como ele
próprio fez em 2008. Não foi a primeira vez que Lula ligou para um ministro de
Dilma para falar o que não lhe cabe. Em maio, ligara para Izabella Teixeira, do
Meio Ambiente.
-DA TRIBUNA DA INTERNET-
sábado, 24 de setembro de 2011 | 03:59
Sebastião Nery
Rio – No dia 11 de novembro de 1955, Café Filho,
presidente da República, internou-se em um hospital alegando problemas
cardíacos. Era parte de um golpe para impedir a posse de Juscelino, que havia
ganho as eleições de 3 de outubro, derrotando o general Juarez Távora, da
UDN-PL.
Carlos Luz, do PSD de Minas e presidente da Câmara.
assumiu a presidência da Republica e demitiu do ministério da Guerra o general
Lott, que era contra o golpe. De madrugada, Lott e o general Denis puseram as
tropas na rua e não passaram o ministerio para o general Fiúza de Castro.
A Câmara reuniu-se, aprovou os impeachments de Café
Filho e Carlos Luz, e pôs Nereu Ramos, presidente do Senado, lá no Catete.
***
NEREU
NEREU
Antonio Balbino. governador da Bahia, amigo de
Nereu, veio ao Rio visitá-lo. Nereu acabava de receber uma carta de Café Filho
comunicando-lhe que ia reassumir a Presidência. O general Denis, comandante do
I Exército, já havia mandado cercar a casa de Café para ele não sair de lá.
Quando Balbino chegou ao Catete, o general Lima
Bryner, Chefe da Casa Militar de Nereu e muito amigo de Balbino, pediu-lhe que
convencesse Nereu a não devolver o governo a Café. Nereu foi claro:
- Só vou agir dentro da lei. O Café, através de
Prado Kelly e Adauto Cardoso, entrou com mandado de segurança junto ao Supremo
Tribunal. Se o STF conceder o mandado, entrego o governo e volto para o Senado.
***
BALBINO
BALBINO
Lott soube da conversa, chamou Balbino:
- Vá conversar com o presidente do Supremo.
Balbino foi. O velhinho estava em casa, noite alta,
já de pijama. Vestiu-se rápido, foi receber Balbino na sala:
- Ministro, o país está vivendo um momento difícil.
Compreenda. A casa do Café está cercada. O Catete está cercado. Se Café ganhar
o mandado de segurança, Nereu não vai poder passar o governo.
- Governador, mas o mandado de segurança está em
pauta para amanhã. Se o Tribunal conceder, o Café vai reassumir.
***
SUPREMO
SUPREMO
Balbino levantou-se para sair, jogou o ultimo
argumento :
- Ministro, compreenda a situação. Enquanto se
fecha o Legislativo, ainda se entende. Mas, e se o Judiciário for fechado? Para
onde vamos?
O presidente do Supremo despediu-se de Balbino,
passou para o gabinete, pegou um telefone vermelho, daqueles de gancho,
velhíssimo, e começou a ligar para os outros, falando baixinho, cochichando.
No dia seguinte , o mandado de segurança não entrou
em pauta. Café Filho não voltou, Carlos Luz não voltou. No dia 31 de janeiro,
Nereu Ramos deu posse a Juscelino, como mandava a Constituição.
***
MATOSO
MATOSO
Por 5 votos a 4, arrancados à unha, em agosto de
2009 o então deputado Antonio Palocci, do PT da “Casa dos Amores”, conseguiu
que o Supremo Tribunal enterrasse o processo em que o Ministério Publico
Federal, através do Procurador Geral da Republica, o denunciou por violar o
sigilo bancário do caseiro que o via farreando com lobistas e “daspus” da
“turma de Ribeirão Preto”.
O Supremo Tribunal fez uma suprema e escandalosa
pirueta. Absolveu Palocci, que era o ministro da Fazenda, e condenou o
presidente da Caixa Economica Federal, Jorge Matoso, que extraiu cópias da
conta do caseiro e levou, de noite, em casa, para Palocci, que a entregou à
imprensa.
O Matoso, coitado, ficou sozinho, no mato sem cachorro.
O Matoso, coitado, ficou sozinho, no mato sem cachorro.
De onde veio a constrangedora força de Palocci no
Supremo? Palocci não era Lott. Não tinha os tanques de Lott, o caráter de Lott,
a grandeza de Lott, a biografia de Lott. Tinha só o som de Lott. Não é
“Palocci”. É “Palott”, como os italianos pronunciam.
***
SARNEY
SARNEY
Sarney só entende do poder e das mamatas no poder.
Mas como membro da Academia, não podia dizer, no Senado, que “o professor
Suplicy, da Fundação Getulio Vagas, não conhece “J`Acuse”, o celebre livro do
Zola, que defende (sic) justamente uma injustiça”.
Foi exatamente o contrario. “Em 1898, Zola tomou a
defesa do capitão Dreyfus, no jornal “L`Aurore”, em carta aberta ao presidente
da Republica: “J`Acuse” (“Eu Acuso”), acusando os generais de falsificação de
documentos em detrimento do capitão injustamente condenado. Enfrentando a opinião
publica enfurecida, Zola foi condenado pelo Tribunal, mas fugiu logo para a
Inglaterra, de onde só voltou depois que ficou provado que o capitão Dreyfus
era inocente”. (Enc. Britânica).
Zola não “defendeu uma injustiça”, como diz Sarney.
Denunciou
ÉTICA ESPÍRITA,
ENTRADA FRANCA SEMPRE!... POR QUE NÃO?
Após proferir palestra no Centro Espírita, cujo
tema nos induziu a afirmar para o público sobre o delírio da cobrança de taxas
para entrada no congresso “espírita”, programado pelo órgão federativo local,
um amigo sugeriu-nos a leitura do “Projeto de Interiorização”- Espiritismo para
os simples. (1) Procuramos conhecer o projeto, lemos e apreciamos bastante as
diretrizes e planos ali consignados. O confrade também indicou-nos o artigo “União
com fidelidade, simplicidade e fraternidade” do admirável Antonio
César Perri de Carvalho, Diretor da FEB. Encontramos o artigo na Revista
Reformador; analisamos o texto e ficamos entusiasmados com os dizeres do representante
da Comissão Executiva do Conselho Espírita
Internacional. O excelente artigo, dentre outras reflexões
audaciosas, inspira-nos para o imperativo da “unidade do espírito
pelo vínculo da paz”. (2)
César Perri ilustra o tema afirmando que “entre os
desafios atuais para a união dos espíritas (...)há necessidade de
revisão de algumas estratégias e posturas, para se ampliar a difusão do
Espiritismo em todas as faixas etárias e sociais. (...) entendemos
que o acolhimento dos simples [espíritas desempregados, iletrados, pobres]
no ambiente das reuniões espíritas é tarefa de primordial importância nos tempo
em que vivemos.”(3)
Para o Diretor da FEB “a realização de eventos
federativos e de divulgação devem ter como parâmetros o que é simples e viável
para a maioria das instituições e dos espíritas.” (4)(grifei)
O tema é recorrente e crônico. É flagrante a
marginalização de confrades valorosos que, devido à impossibilidade de arcar
com os escorchantes preços dos eventos espíritas, ficam e continuarão a ficar
excluídos dos congressos espíritas, como os que têm sido realizados ultimamente
por diversas federativas estaduais e mesmo pela Casa Mater. Após 36 anos
escrevendo para imprensa espírita e alertando sobre a discrepância dos eventos
pagos, confessamos que o Perri pacificou-nos o ânimo com as suas judiciosas e
lúcidas palavras. E, mais, advindo de um confrade de envergadura moral
irrepreensível como é o caso do Perri, acreditamos que o Movimento Espírita
brasileiro mudará de rota no Brasil e no Mundo.
À guisa de sugestão , considerando a viabilidade
de participação nos eventos doutrinários da maioria das instituições e dos
espíritas, propomos aos abastados seguidores de Kardec abrirem mão do
excesso da conta bancária e colaborem mais frequentemente com o Movimento
Espírita. Poderiam bancar vários eventos doutrinários sem consentir que
espíritas simples fossem excluídos dos congressos, seminários e encontros.
Portanto, sem ferir a ótica e a ética espíritas, saberiam utilizar com
inteligência os recursos que Deus concede, fugiriam da avareza, seriam pródigos
no amor, conscientizar-se-iam da imensa responsabilidade social e colaborariam
para fazer do Espiritismo o mais importante núcleo de debates espirituais da
Terra...
Modelo de mecenas (5) não falta! “O empresário
carioca Frederico Figner, proprietário da Casa Edison e introdutor do fonógrafo
no Brasil, era um deles. Tão rico quanto espírita, ele trocou cartas com Chico
Xavier 17 anos seguidos. E o ajudou muito. Sem suas doações, o datilógrafo da
Fazenda Modelo não conseguiria atender tanta gente. A cada mês, o filho de João
Cândido gastava o correspondente a três vezes o seu salário só com assistência
social. Para Chico, os ricos deveriam ser considerados “administradores dos
bens de Deus”. Ao longo de sua vida, ele ajudaria muitos milionários
“benfeitores” a canalizar os “tesouros divinos” para a caridade.”(6)
O editorial da revista "O Espírita", de
jan/mar-93 registra que "a fé começa nos lábios, obrigatoriamente passa
pelo bolso, para se instalar no coração".(7) Sabemos que a divulgação
doutrinária é urgente mas não apressada. Portando, não identificamos
necessidade nenhuma para o afoitamento e desespero das federativas promoverem
improfícuos festivais de congressos, seminários e simpósios onerosos. Jamais
esqueçamos que “é indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos
Mensageiros Divinos a Allan Kardec: sem compromissos políticos, sem
profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de
conquista a poderes terrestres transitórios.” (8)
Os congressos espíritas são importantes para a
vitalidade do movimento espírita, para a permuta de experiências e o
congraçamento entre pessoas. Mas, francamente! O frenesi para realização de
congressões espíritas dispendiosos têm revigorado o status, o personalismo e a
vaidade de muitos líderes incautos. Jesus nos ensinou a condenar o erro,
preservando a quem erra. Mas, até mesmo Ele, que era um exemplo de brandura,
atuou com austeridade, com muito rigor, aliás, quando a expelir os vendilhões
do Templo.
Não condenamos e nem poderíamos desaprovar os
Congressos, Simpósios, Seminários, encontros necessários à divulgação e à troca
de experiências, mas, a Doutrina Espírita não pode ficar cerrada nos Centros de
Convenções suntuosos, não se pode enclausurar Espiritismo nos excludentes
anfiteatros acadêmicos e nem aprisioná-lo em grupos fechados. À semelhança do
Movimento Cristão, dos tempos apostólicos, A Doutrina dos Espíritos também
pertence aos Centros Espíritas simples, localizados nos bolsões de desventura, nos
assentamentos, nas favelas, nos bairros miseráveis, nas periferias urbanas
esquecidas; e não nos venham com a eloqüência oca de que estamos sugerindo um
tipo de “elitismo às avessas”. O que fortalece nossas assertivas são os muitos
Centros Espíritas simples e pobres, todavia bem dirigidos em vários municípios
do País. Por causa desses Núcleos Espíritas e médiuns humildes, o Espiritismo
haverá de se manter simples e coerente, no Brasil e, quiçá, no Mundo, conforme
os Benfeitores do Senhor o entregaram a Allan Kardec.
E por falar no mestre lionês, precisamos de “Allan
Kardec nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que à
nossa fé não se faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre
as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento. Seja
Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, à nossa
bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas
próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o
mundo conturbado espera de nós pela unificação.” (9)
Jorge Hessen
--
Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)
José Sarney, um fenômeno
ResponderExcluirAos 81 anos, Sarney se renova a cada dia e prova que o poder não é assunto para principiantes. Há que se pensar se ele é literalmente um imortal. É herdeiro da cadeira nº 38 da ABL, cujo patrono é Tobias Barreto, e na qual sentou-se Santos Dumont. Ex-prócer do regime militar, apoiador do golpe que exilou, torturou, prendeu, etc., ex-presidente da República num governo que terminou em uma hiperinflação, senador da República jamais aposentado, apoiador de primeira hora de Lula, escritor de livros traduzidos, entre outras línguas, em romeno, chinês e russo, empresário de muito sucesso no paupérrimo estado do Maranhão e muitas outras virtudes que não cabem numa pequena nota como esta. Agora, depois de conseguir censurar um jornal em pleno regime democrático, consegue destruir no STJ qualquer possibilidade de que inquéritos policiais sobre seus negócios (e da família) possam prosseguir. É a glória ! Por que não elevá-lo ao cargo de "Rei do Brasil" ?
É MUITO DIFÍCIL UM HOMEM DE TANTO CARÁTER IGUAL A JOSÉ SARNEY!SEMPRE O ADMIREI.
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