quinta-feira, 1 de setembro de 2011

AS MANIAS DOS POLÍTICOS - Jornalista Scarcela Jorge


O conceito filosófico do corrupto tem por lema que: “O homem só faz política, para alcançar o sucesso, não como ideologia, mas, com o peso de seu bolso”. Diante dessa opinião os devassos se expressam da mais pura e cruel realidade presente no país. Iteramos: é por obra da maioria dos políticos deste País e conseqüentemente, dentro desta filosofia sempre se enquadram nessa premissa. Por outro lado essa teoria 

se tornou retórica de quem exerce função eletiva nos poderes constituídos, mesmo aqueles quem disputam nos pequenos municípios têm sido regra elementar. Entra governo e sai governo, muda seu comando, mas em sua maioria os “comandados” sempre são os mesmos, em sua maioria, arrogantes, prepotentes razão peculiar de quem vive acostumado com atos escusos e plantonistas visando sempre “conciliar” coisas de seu interesse. Só quem não percebe e o “chefe” que perde a visão ao chegar ao poder. É ladeado por “gaviões” por todos os lados. O tempo passa, a retórica é cotidiana. O caso, sempre o mesmo vai se desaguar nas futuras eleições onde todos se fincam como principal estágio que se dizem da democracia. Uma elementar contradição Os malefícios provocados virá sempre em prejuízo da sociedade. Neste estigma, mormente em todas as campanhas eleitorais vivenciadas pela sociedade não se fala em propostas, nem viabilizações: será que muda de sentido neste estágio que ora se experimenta visando às eleições de 2012? É muito difícil que este fato venha a acontecer. Atualmente os políticos especialmente os que ostentam mandatos, não fugindo a regra, tem sim, mostrado que os seus poderes ainda são gigantes estão gastando um tempo precioso em se apontar ser a favor ou contra. Colocam-se como assunto secundário os temas de enorme relevância para a sociedade em detrimento as questões de alcance popular e protecionista assim passam a figurar nos corações dos cidadãos como políticos sérios e honestos em vez de se debater propostas de governo. Porque não discutir a política monetária e financeira do País? Não se discutem a política internacional, os problemas intrínsecos de real necessidade – a educação, saúde e segurança pública, setores básicos de vivencia da comunidade e nem como viabilizar as promessas eleitorais dos candidatos? Por exemplo: A problemática educacional da comunidade especialmente a de menor situação social uma questão que nos aparenta como simples, mas que é de largo alcance e deveras humanitário que envolve situações de exclusão, de distúrbios psicológicos, submerge a saúde pública. Defender pelo o político somente no período de uma campanha eleitoral na maneira que ser a favor ou contra esses questionamentos se transforma como um adicional na urna eletrônica ou uma subtração de votos. O político que dividiu o Estado em três poderes precisa que “alguém” que conhece o Estado e as pessoas: Diga: “Qualquer povo defende sempre mais os costumes do que as leis.” Precisamos encontrar consciências na percepção de fatos que certamente encontraremos no futuro e que seremos chamados a procurar saídas.
                             Antônio Scarcela Jorge

Um comentário:

  1. De Eliseu (natural nova betania,moro são Paulo)

    O Novo Manifesto, por Lima Barreto

    Eu também sou candidato a deputado. Nada mais justo. Primeiro: eu não pretendo fazer coisa alguma pela Pátria, pela família, pela humanidade. Um deputado que quisesse fazer qualquer coisa dessas, ver-se-ia bambo, pois teria, certamente, os duzentos e tanto espíritos dos seus colegas contra ele.

    Contra as suas idéias levantar-se-iam duas centenas de pessoas do mais profundo bom senso. Assim, para poder fazer alguma coisa útil, não farei coisa alguma, a não ser receber o subsídio. Eis aí em que vai consistir o máximo da minha ação parlamentar, caso o preclaro eleitorado sufrague o meu nome nas urnas.

    Recebendo os três contos mensais, darei mais conforto à mulher e aos filhos, ficando mais generoso nas facadas aos amigos. Desde que minha mulher e os meus filhos passem melhor de cama, mesa e roupas, a humanidade ganha. Ganha, porque, sendo eles parcelas da humanidade, a sua situação melhorando, essa melhoria reflete sobre o todo de que fazem parte.

    Concordarão os nossos leitores e prováveis eleitores, que o meu propósito é lógico e as razões apontadas para justificar a minha candidatura são bastante ponderosas.De resto, acresce que nada sei da história social, política e intelectual do país; que nada sei da sua geografia; que nada entendo de ciências sociais e próximas, para que o nobre eleitorado veja bem que vou dar um excelente deputado. Há ainda um poderoso motivo, que, na minha consciência, pesa para dar este cansado passo de vir solicitar dos meus compatriotas atenção para o meu obscuro nome.

    Ando mal vestido e tenho uma grande vocação para elegâncias. O subsídio, meus senhores, viria dar-me elementos para realizar essa minha velha aspiração de emparelhar-me com a “deschanelesca” elegância do Senhor Carlos Peixoto. Confesso também que, quando passo pela rua do Passeio e outras do Catete, alta noite, a minha modesta vagabundagem é atraída para certas casas cheias de luzes, com carros e automóveis à porta, janelas com cortinas ricas, de onde jorram gargalhadas femininas, mais ou menos falsas. Um tal espetáculo é por demais tentador, para a minha imaginação; e, eu desejo ser deputado para gozar esse paraíso de Maomé sem passar pela algidez da sepultura.

    Razões tão ponderosas e justas, creio, até agora, nenhum candidato apresentou, e espero da clarividência dos homens livres e orientados o sufrágio do meu humilde nome, para ocupar uma cadeira de deputado, por qualquer Estado, província ou emirado, porque, nesse ponto, não faço questão alguma. Às urna

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