quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO



Marx não chegou a pedir que esquecessem tudo que ele tinha escrito, mas confessou que a invenção do trem e do navio a vapor o forçavam a repensar algumas das suas teorias sobre o

 futuro do capitalismo.
Os seguidores de Ned Ludd, chamados luditas, trabalhadores na indústria têxtil inglesa, se revoltaram contra a invenção de teares automatizados que ameaçavam seus empregos no começo do século dezenove e pregavam a destruição de todas as máquinas que substituíssem o trabalho humano.
A história social e econômica dos Estados Unidos se divide em antes e depois da massificação, pela Ford, da produção dos seus carros, que empestavam o ambiente, além de assustar os cavalos, e foram duramente combatidos.
Reações a novidades tecnológicas se repetem ao longo da história, movidas pelo medo à obsolescência, como no caso dos luditas, incompreensão ou apego ao passado. O capítulo mais recente e mais curioso dessa briga é a decisão do governo inglês de restringir o uso no país das redes sociais, que todo o mundo achava maravilhosas até revelarem um potencial subversivo que ninguém previra.
Enquanto os tuiters e os facebooks animaram as revoltas contra os déspotas e por aberturas democráticas nas ruas árabes, tudo bem. Eram as redes sociais, o produto mais moderno da engenhosidade humana, usadas para modernizar sociedades atrasadas. Mas descobriram que os quebra-quebras e queima-queimas nas ruas inglesas estavam sendo, em grande parte, também tramados na internet. Epa, disseram os ingleses, ou o equivalente em inglês. Aqui não.
Conservadores e trabalhistas se uniram para condenar a violência e o vandalismo e negar qualquer outra motivação, além de banditismo nato, para a rebelião. E todos, presumivelmente, concordaram com as medidas do governo para evitar novos distúrbios, incluindo o controle das redes sociais.
Resta saber se o controle ainda é possível. O monstro talvez não seja mais domável. Já acabou com qualquer pretensão a se manter segredos oficiais secretos, já invadiu a privacidade de meio mundo e tornou a pornografia acessível a todas as idades, e já sentiu o gosto do sucesso como instigador de revoltas — sem falar que ninguém mais consegue viver sem ele.
Agora pode não haver mais o que fazer. Se tivessem parado na invenção do trem...


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Parou no Hospital

Mulher põe cola na vagina para enganar o noivo

Ela queria fazer o noivo acreditar que era virgem e foi parar no hospital com a vagina colada.

 Uma mulher de 22 anos, que mora na zona sul do Rio de Janeiro (RJ),
tomou uma atitude irresponsável, ao inserir cola dentro da vagina com a intenção de ludibriar o noivo, tentando se passar por virgem.
Durante a relação sexual, o noivo não conseguiu consumar o ato e desconfiou que algo de errado estivesse acontecendo com a noiva, pois o órgão da garota estava completamente fechado. “Eu achei que ela tivesse algum tipo de problema”, disse o noivo da jovem.
A descoberta de que a garota estaria com a vagina colada aconteceu quando ela própria resolveu revelar, ao se desesperar por não conseguir urinar. __"Colei com SuperBonder", disse a moça em prantos...
A jovem foi levada as pressas para o hospital, e atendida imediatamente pelos médicos de plantão de um hospital na zona sul do Rio, e passa bem. A vagina foi descolada mas está em "carne viva".



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Dilma tenta limpar a imagem de Wagner Rossi.
A nota oficial de Dilma Rousseff, sobre a queda de Wagner Rossi do Ministério da Agricultura é uma cabal demonstração de que a faxina não é sincera. Fica claro que quem está varrendo a sujeira não é ela, mas sim a Imprensa. A mesma Imprensa que
Rossi atacou nominalmente ao sair. A mesma Imprensa que Dilma atacou nas entrelinhas da sua declaração presidencial. Leia abaixo. 


Lamento profundamente a saída do ministro Wagner Rossi, que deu importante contribuição ao governo com projetos de qualidade que fortaleceram a agropecuária brasileira.
Agradeço seu empenho, seu trabalho e a sua dedicação.
Lamento ainda que o Ministro não tenha contado com o princípio da presunção de inocência diante de denúncias contra ele desferidas.
 Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Três pontos a destacar. Não há nada a "lamentar profundamente", pois a demissão foi uma confissão de culpa. Foi o ministro demissionário que abriu mão da "presunção de inocência", optando por pedir demissão, com medo que as investigações avançassem sobre o enriquecimento familiar. O termo "desferidas" tenta transformar o ministro em vítima. Não é. Ele é o vilão da história. Não havia a mínima necessidade desta tentativa de limpeza da imagem do ministro acusado, por parte da presidente. Apenas reforça que a tal faxina é apenas uma meia sola.

Partido da Roubalheira segue mandando no DNIT.

Nenhum dos 12 superintendentes do DNIT, indicados pelo Partido da Roubalheira, entregou o cargo. Continuam nos mesmos lugares, esperando a lama baixar. E Dilma Rousseff parece não estar disposta a continuar a limpeza para não comprometer ainda mais as suas relações com este importante partido da base aliada. Assim sendo, o roubo, que era por atacado, vai continuar no varejinho das obrinhas do DNIT.


Ave, Alckmin! Os tucanos que vão morrer te saúdam.

Não, definitvamente não foi o PSDB quem criou a Bolsa Família. Foi o PT. E hoje será assinado o documento que oficializa a transferência da criação, da patente, da paternidade do programa social que elegeu uma vez Lula, uma vez Dilma e elegerá mais uma vez Lula ou Dilma, para o Partido dos Trabalhadores. Ave, Geraldo Alckmin.  Os tucanos que vão morrer te saúdam!

A união dos programas sociais do governo federal e do governo do Estado de São Paulo foi recebida com desconfiança por petistas e tucanos, que dizem não conseguir mensurar o impacto eleitoral da medida.Hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciarão a associação do Bolsa Família, principal vitrine petista na ação social, ao Renda Cidadã, versão paulista do programa. A medida é voltada a pessoas com renda inferior a R$ 70 mensais.Nos bastidores da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal de São Paulo, representantes dos dois partidos externaram preocupação com a iniciativa -inédita na administração paulista.

Do lado petista, há o temor de que o pacto entre Dilma e Alckmin ajude o PSDB a consolidar a imagem de que prioriza a agenda social. Já o PSDB teme que o eleitorado interprete a ação como adesão a um "modelo assistencialista", historicamente criticado pelo partido. A associação dos programas será oficializada hoje, no Palácio dos Bandeirantes, onde Dilma lançará o Brasil Sem Miséria para o Sudeste. Para conter insatisfeitos no PSDB, Alckmin acionou seu secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, que pediu aos deputados tucanos que participassem do evento. O apelo para que a ação não fosse partidarizada também foi feito pelo presidente do PT em São Paulo, deputado estadual Edinho Silva. "Será um avanço histórico no modelo de gestão, com benefício para a sociedade. Não podemos partidarizar uma ação como essa", afirmou. (Da Folha de São Paulo)


O quinto.

O próximo a cair é o ministro do Turismo. Não há como não surgir mais maracutaias nos próximos dias e não vai dar para continuar dizendo que o velhinho safado, que paga motel com dinheiro público, chegou depois. Assim como não era possível manter um ministro da Agricultura sob suspeita na hora em a agropecuária luta por um novo Código Florestal e consolida a sua posição de setor mais efetivo e eficiente da economia brasileira, é impossível segurar um incompetente como o sarneista Pedro Novais às vésperas de uma Copa do Mundo. Ele passará a ser a prova (ainda) viva do fisiologismo do PMDB. É o quinto da Dilma. Questão de horas, dias, semanas...


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Sebastião Nery
Em 1969, logo depois do AI-5, Carlos Petrovich, diretor do Curso de Teatro da Universidade de Brasília, ocupada e estrangulada pela ditadura, convidou Ariano Suassuna, o gênio rebelde de “A Pedra do Reino” e “Auto da Compadecida”, para uma palestra. O auditório estava cheio de arapongas do SNI. Suassuna contou uma história.
Em Patos, na sua Paraíba, havia um tropeiro muito alto e forte, de mãos enormes, pernas arqueadas e botas cravadas de ferro, chamado João Grande. Levou uma tropa para uma cidade vizinha, depois sentou-se no bar, pediu uma cerveja e ficou ali olhando a praça e o povo.
Percebeu que, na calçada em frente, as pessoas vinham andando e, de repente, quando chegavam diante de uma casa, desciam do passeio, davam uns passos na rua, subiam novamente a calçada e seguiam. Foi ver o que era.
***
SUASSUNA

Era a casa do delegado, que tinha posto uma placa na porta, proibindo qualquer pessoa de passar pela calçada da casa dele, para não fazer barulho, porque ele gostava de tirar uma soneca, toda tarde.
João Grande ficou indignado. Arrancou a placa e começou a andar na calçada proibida, batendo forte no chão suas botas cravadas de ferro. O delegado, irado, saiu lá de dentro como uma fera, os olhos esbugalhados, abriu a porta, viu aquele homenzarrão de botas barulhentas, afinou a voz:
- Boa tarde!
- Boa tarde!
***
JOÃO GRANDE

O delegado calou e não disse mais nada. Na calçada, já pronto para descer, andar pela rua e subir novamente no passeio, como fazia todo dia, a semana inteira,vinha vindo um homenzinho pequenininho, trotando, quase correndo, um cesto na cabeça equilibrado numa rodilha de pano. Quando viu a cara amofinada do delegado, parou, olhou bem para ele e gritou:
- Olha o abacaxi!!!
Nunca mais, a partir daquele dia, o homenzinho vendedor de abacaxi desceu da calçada do delegado. Nem ele nem ninguém. João Grande jogou a placa na rua e voltou para Patos com suas mãos enormes e as botas cravadas de ferro.
O Brasil tem um delegado da Paraíba, com uma placa na porta, que proíbe o palacio do Planalto, a grande imprensa servil e serviçal e a imensa maioria dos políticos de sequer passarem na sua calçada. É o presidente do Banco Central. Ele faz o que quer. Se alguém reclamar, roda a baiana.




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Primeiro Curso Superior de Espiritismo no País 

Se quiser saber mais, entre no sitewww.falec.br

Começa a funcionar no ano que vem o primeiro curso superior de Teologia Espírita do Brasil. O estudo da doutrina dos espíritos, codificada pelo educador e pesquisador francês Alan Kardec (1804-1869) há um 
século e meio, não será mais exclusividade dos centros espíritas espalhados pelo País. A partir do ano que vem os adeptos da doutrina poderão estudá-la, com direito a diploma, beca e tudo o mais que uma graduação universitária dá direito. Foi o que decidiu o Ministério da Educação ao autorizar em setembro o funcionamento do primeiro curso de bacharelado em Teologia Espírita do Brasil, que será ministrado na Faculdade Dr. Leocádio José Correia, em Curitiba (PR). “A idéia do curso é formar não só bacharéis, mas também pesquisadores do espiritismo”, diz Maury Rodrigues da Cruz, presidente da Sociedade Brasileira de Espiritismo e idealizador do curso de quatro anos.

As inscrições para o vestibular estarão abertas até 13 de dezembro e os candidatos que disputarão as 100 vagas oferecidas terão de passar também por uma entrevista com especialistas. “É uma forma de avaliarmos melhor os interessados, assegurando o ingresso
 de pessoas realmente comprometidas com a pesquisa”, explica Cruz

As bases da doutrina são a crença num Deus Único, criador de todo o Universo, e na imortalidade do espírito, que evolui sempre, por meio de várias encarnações.
Um dos objetivos do curso é a análise do espiritismo em suas linhas religiosa, filosófica e científica. A existência da alma, sua sobrevivência ao transe da morte e os fenômenos mediúnicos compõem um universo ainda pouco estudado nas rodas acadêmicas.

“É preciso dar massa crítica e espírito investigativo à obra de Kardec”, analisa Cruz. Nicete Bruno, espírita desde a juventude, aprova a criação da universidade. “No âmbito coletivo,
 o estudo dos fundamentos espíritas contribuirá para desmistificar muitos aspectos do espiritismo. E quem se habilitar a fazer a faculdade com certeza ganhará muito em autoconhecimento”,afirma a atriz.

O espiritismo surgiu na França no século XIX e tem no Brasil hoje sua maior comunidade. Segundo o último censo do IBGE são 2,34 milhões de adeptos. Como estima-se que os espíritas assumidos em todo o planeta não passem de 15 milhões, pode-se dizer que o Brasil é o país do espiritismo. Foi também em solo brasileiro que viveu Francisco Cândido Xavier (1910-2002), considerado o mais produtivo médium espírita. Em sua longa vida, Chico Xavier, como era conhecido, psicografou 418 títulos sob inspiração do espírito Emmanuel. Seus livros correram o mundo e chegaram ao volume de 25 milhões de exemplares vendidos.

Não pensem os mais afoitos, no entanto, que a escola é uma versão brasileira de Hogwarts, a escola de formação de bruxos dos livros e filmes de Harry Potter, personagem criado pela britânica J.K.Rowling..

A essa turma, o criador do curso Maury da Cruz manda um recado: “Não vamos formar bruxos, videntes ou médiuns, muito menos ensinar a ver fantasmas”, brinca ele.
Vejam a grade curricular :
Disciplinas
Períodos e Carga Horária
Total
1ª Série
2ª Série
3ª Série
4ª Série
Língua Portuguesa
40
0
0
0
0
0
0
0
40
Ética
40
0
0
0
0
0
0
0
40
Sociologia Geral
40
0
0
0
0
0
0
0
40
Introdução à Filosofia I e II
80
80
0
0
0
0
0
0
160
Fundamentação Doutrinária Espírita
80
0
0
0
0
0
0
0
80
Informática Básica
80
0
0
0
0
0
0
0
80
Metodologia Científica I e II
40
40
0
0
0
0
0
0
80
Psicologia Geral
0
40
0
0
0
0
0
0
40
Literatura Espírita
0
80
0
0
0
0
0
0
80
Introdução à Antropologia
0
40
0
0
0
0
0
0
40
História das Religiões I, II e III
0
80
40
40
0
0
0
0
160
Ética Espírita
0
40
0
0
0
0
0
0
40
Sociologia Espírita
0
0
80
0
0
0
0
0
80
História do Espiritismo I e II
0
0
80
40
0
0
0
0
120
Estética
0
0
40
0
0
0
0
0
40
Psicologia e Espiritismo
0
0
40
0
0
0
0
0
40
Filosofia Espírita I e II
0
0
80
80
0
0
0
0
160
Doutrina Social Espírita I e II
0
0
40
40
0
0
0
0
80
Cosmologia e Física Quântica I e II
0
0
0
40
40
0
0
0
80
O Evangelho Seg. o Espiritismo
0
0
0
80
0
0
0
0
80
Ensino e Pesquisa Teológica
0
0
0
80
0
0
0
0
80
Projeto Integração e Cidadania
0
0
0
34
0
0
0
0
34
Metafísica I e II
0
0
0
0
80
40
0
0
120
Lógica I e II
0
0
0
0
40
40
0
0
80
Antropologia Espírita I e II
0
0
0
0
40
40
0
0
80
O Livro dos Espíritos
0
0
0
0
80
0
0
0
80
História do Espiritismo no Brasil
0
0
0
0
80
0
0
0
80
Espiritismo Moral e Direito
0
0
0
0
40
0
0
0
40
O Livro dos Médiuns
0
0
0
0
0
80
0
0
80
A Teologia nas Diferentes Ideologias Religiosas
0
0
0
0
0
80
0
0
80
Pesquisa e Monografia I, II e III
0
0
0
0
0
80
80
80
240
Epistemologia
0
0
0
0
0
40
0
0
40
Língua Francesa
0
0
0
0
0
0
80
0
80
A Doutrina Espírita e a Medicina
0
0
0
0
0
0
40
0
40
Teologia Comparada I e II
0
0
0
0
0
0
40
40
80
Centro Espírita como Unidade Social -Funcional
0
0
0
0
0
0
40
0
40
A Gênese
0
0
0
0
0
0
80
0
80
História da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas

0
0
0
0
0
0
40
40
A Mediunidade e suas Diversas Linguagens

0
0
0
0
0
0
80
80
Os Fenômenos Espíritas e a Ciência

0
0
0
0
0
0
40
40
Atividade Complementar

0
0
0
0
0
0
40
40
Pedagogia Espírita
0
0
0
0
0
0
0
40
40
Totalização por período e geral
400
400
400
434
400
400
360
360
3.154



 
" Amigos são anjos que nos ajudam a ficar de
 pé quando nossas asas se esquecem como voar...''


 

 

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Em vez de algemas, proteção total ao bandido.

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJEeZOkvbWn66JLbd2VM39xs7puU85GOaV9qt4K7fj3u6sbf5U1CQVjF-T_LcoMhcCI0SvCYrsjbv-q9FdI55R37O45uwvGIMk0Y6GG7ojxzmGiZvVrUvc910RnGru-VqqbGYRWzQrmzE/s320/ilha_baiadetodosossantos.jpg
 Quem é o dono desta ilha, onde a Polícia Federal apreendeu dinheiro, carros e lanchas, que comanda um grupo de empresas químicas em todo o Brasil, investigados pela Operação Alquimia por sonegação fiscal de centenas de milhões?  Por que estão escondendo o seu nome? Por que estão indo das algemas à proteção total de um bandido? Por que mais de 30 pessoas com mandado de prisão estão tendo seus nomes surrupiados da mídia?


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Carlos Newton
O ministro Orlando Silva (Esporte) quase foi demitido, em fevereiro, quando surgiram denúncias irrefutáveis contra ele, mas foi salvo pelo então chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que à época mandava no governo e apenas lhe passou uma reprimenda, porque o ministro nada mais fazia do que se comportar como os outros, que beneficiam ONGs ligadas a eles ou à base aliada. Era e é praxe administrativa, digamos assim, e foi por isso que Carlos Lupi (Trabalho), denunciado na mesma, época também foi apenas repreendido.
As denúncias contra Orlando Silva, que representa o PCdoB no governo, foram feitas pelo jornal “Estado de S. Paulo”, mostrando que um projeto do Ministério do Esporte  que distribuiu R$ 30 milhões a ONGs de dirigentes e aliados do partido, só em 2010. A reportagem do Estadão percorreu núcleos esportivos em Brasília, Goiás, Piauí, São Paulo e Santa Catarina, flagrando convênios com entidades de fachada, situações precárias e de abandono, uma grande farra do boi com recursos públicos, mostrando que já não se podia confiar nem mesmo nos comunistas.
As denúncias de favorecimento ao PCdoB são gravíssimas. Tudo comprovado e sem refutação, porque as verbas do programa Segundo Tempo deveriam ser usadas para criar 590 núcleos de prática esportiva e beneficiar 60 mil crianças carentes. Mas era quase tudo só no papel.
No Piauí, por exemplo, a logomarca do programa Segundo Tempo, aparece estampada em muros de núcleos improvisados com tijolos e bambus. Alguns desses núcleos estão abandonados, cheios de detritos, mas têm algo em comum: apesar da precariedade, são controlados pela Federação das Associações dos Moradores do Piauí (Famepi), subordinada ao PCdoB.
Esta ONG fraudadora tem um contrato de R$ 4,2 milhões com o governo federal, sem licitação, para montar 126 núcleos e beneficiar 12 mil crianças. Seu presidente é Raimundo Mendes da Rocha, dirigente do PCdoB no Piauí. Pelo menos nove integrantes da direção da federação fazem parte do comando regional do partido.
Em Teresina (PI), no lugar de uma quadra poliesportiva, os jovens usam um matagal, onde eles próprios abriram um espaço para jogar futebol e vôlei. Do lado de fora, no muro do terreno, a logomarca do Segundo Tempo anuncia que ali existiria um núcleo do programa. O local é um dos espaços cadastrados pela entidade que já recebeu R$ 4,2 milhões para cuidar do projeto. Todos os seus dirigentes, é bom lembrar, são do PCdoB.
Em Goiás, onde deveria estar instalado um núcleo cadastrado na cidade do Novo Gama, por exemplo, o que existe é apenas um terreno baldio. Cerca de 2,2 mil crianças deixaram de ser assistidas na cidade por uma entidade-fantasma sem fins lucrativos. No Novo Gama, embora o programa Segundo Tempo seja só promessa, na última campanha eleitoral o projeto foi usado como realidade pelo vice-presidente do PCdoB do DF, Apolinário Rebelo. O mesmo ocorreu na Ceilândia (DF).
Em Santa Catarina, lideranças de comunidades carentes criticaram a intermediação do Instituto Contato (dirigido pelo PCdoB) no programa Segundo Tempo e anunciaram que abriram mão do projeto. Aulas de tênis eram dadas na calçada, com raquetes de plástico.
O pior é que o Ministério do Esporte publicou agora em janeiro um convênio de R$ 16 milhões do Programa Segundo Tempo com o Instituto Contato, que não havia cumprido o prazo de convênio anterior com o próprio ministério para cuidar do mesmo projeto.
Presidido por Rui de Oliveira – por coincidência, filiado ao PCdoB –, o Instituto Contato teve seu contrato rescindido em dezembro, segundo decisão do ministério publicada no Diário Oficial da União, “tendo em vista o não cumprimento do objeto pactuado, quanto à realização das atividades constantes no Plano de Trabalho, e o não cumprimento das metas físicas e financeiras previstas no Plano de Aplicação”. Mesmo assim, depois disso recebeu mais R$ 16 milhões, sabe-se lá por quê. 
Mas a campeã de recursos do governo é a ONG Bola Pra Frente, dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, vereadora de Jaguariúna (SP) pelo PCdoB. Desde 2004, R$ 28 milhões já foram repassados à entidade.
Na época em que surgiram as denúncias, escrevemos aqui no blog: “Vamos torcer para a presidente Dilma mostrar a que veio e soltar a Polícia Federal em cima desses estelionatários travestidos de comunistas. Pobre Karl Marx. Se o genial pensador alemão soubesse o que fariam em seu nome, certamente teria se dedicado ao paisagismo”. E indagamos:
 “Diante dessa realidade, como o ministro Orlando Silva conseguirá se explicar no Planalto? Se for mantido, isso significará que podemos dar adeus às ilusões e considerar o governo como uma simples formação de quadrilha (qualquer grupo criminoso integrado por mais de três meliantes, segundo o Código Penal)”.
Como se vê, em fevereiro, já existiam as mesmas denúncias que causaram o escândalo no Ministério do Turismo, mas ninguém fez nada. Orlando Silva e Carlos Lupi foram mantidos, porque simplesmente estavam agindo dentro das práticas habituais do governo, de favorecer ONGs ligadas aos partidos da base aliada e também a parentes e amigos, é claro.
E para se livrar das gravísimas denúncias, o ministro do Esporte teve uma idéia genial, que aprendeu com Erenice Guerra, outra especialista em corrupção e tráfico de influência: criou um grupo de trabalho. Poderia ter criado uma comissão, mas ficou com medo de ser mal entendido e dar margem à dupla interpretação, pois poderiam dizer que era ele quem levava a tal comissão. Como todos sabe, a verdadeira comsisão, a que interessa, já está garantida. É a comissão pelas obras da Copa, acertada diretamente com Ricardo Teixeira, o dono da CBF e dono da bola, digamos assim.


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Luciano Pires
Alguns conhecidos voltaram da China impressionados. Um determinado produto que o Brasil fabrica em um milhão de unidades, uma  só fábrica chinesa produz quarenta milhões… A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante.
Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas… Com preços que são uma fração dos praticados aqui. Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da  região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares.
Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo que  acrescidos de impostos e benefícios representam quase 600 dólares. Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem  praticamente zero benefícios…. estamos perante uma escravatura amarela e alimentando-a…

Horas extraordinárias? Na China…? Esqueça !!! O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vão receber nada por isso…

Atrás dessa “postura” está a grande armadilha chinesa. Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia ” de poder” para ganhar o mercado ocidental . Os chineses estão tirando proveito da atitude dos ‘marqueteiros’  ocidentais, que preferem terceirizar a produção ficando apenas com o que  ela “agrega de valor”: a marca.

Dificilmente você adquire atualmente nas grandes redes comerciais dos  Estados Unidos da América um produto “made in USA”. É tudo “made in China”, com rótulo estadunidense.

As Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e  vendendo por centenas de dólares… Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço. Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego. É o que pode-se chamar de “estratégia preçonhenta”.

Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a  China assimila essas táticas, cria unidades produtivas de alta performance, para dominar no longo prazo. Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com  os designs…suas grifes, os chineses estão ficando com a produção,  assistindo estimulando e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos  parques industriais ocidentais.

Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados  pelo mundo ocidental. Só haverá na China. Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus  preços, produzindo um “choque da manufatura”, como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde demais.
Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês. Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo.
Dragão este que aumentará gradativamente seus preços, já que será ele quem ditará as novas leis de mercado, pois será quem manda, terá o monopólio da produção .

Sendo ela e apenas ela quem possuirá as fábricas, inventários e empregos é quem vai regular os mercados e não os “preçonhentos”.  Iremos, nós e os nossos filhos,netos… assistir a uma inversão das regras do jogo atual que terão nas economias ocidentais o impacto de uma bomba atômica… chinesa.

Nessa altura em que o mundo ocidental acordar será muito tarde. Nesse dia, os executivos “preçonhentos” olharão tristemente para os esqueletos das suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando boliche no clube da esquina, e chorarão sobre as sucatas dos seus parques fabris desmontados.

E então lembrarão, com muitas saudades, do tempo em que ganharam dinheiro comprando “balatinho dos esclavos” chineses, vendendo caro suas “marcas-grifes “aos seus conterrâneos. E então, entristecidos, abrirão suas “marmitas” e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, deixaram de ser poderosas pois foram todas copiadas…
Luciano Pires é diretor de marketing da Dana e  profissional de comunicação


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Sebastião Nery
Lourival Fontes, chefe da Casa Civil de Getúlio Vargas, ligou para Heron Domingues, do “Repórter Esso”:                                                        
- “O presidente quer falar com você”. Heron foi. Getulio o recebeu de charuto nos dedos, fumaça na boca e o sutil e gordo sorriso :                       
- “Tu tens dado toda manhã, na primeira edição, os preços do café e do cacau nas Bolsas de Nova York e Chicago. Continua dando. Tenho recebido muitos pedidos e pressões para mandar a Radio Nacional parar de dar os preços dos produtos agrícolas nas bolsas lá de fora. Quando os agentes do mercado internacional vão procurar nossos produtores e vendedores do interior do país, querendo pagar menos, dizendo que os preços estão baixos no exterior, eles já ouviram de manhã cedo você dando o preço exato e não se deixando enganar. Saiba então do serviço que você está prestando ao país com a sua voz. Pode ir e continue um radialista de cá para lá e não de lá para cá. Nosso e não deles”.                                                    
Getulio era um estadista. Punha o pais acima do resto.
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DELFIM
                                                          
O pragmático e experiente Delfim Neto alertou o governo brasileiro:               
- “A alegre aceitação dessa nova divisão internacional do trabalho (para a China a indústria, para a Índia os serviços e para o Brasil alimentos e minérios) põe em risco a economia brasileira como necessário instrumento de construção de uma sociedade mais justa, com pequeno desempenho e insuficiente emprego de boa qualidade em 2030.”                          
Delfim escreveu mais. Que a nova realidade mundial vem se marcando pela China se tornando a grande fábrica, a Índia a líder em serviços e o Brasil a grande  fazenda. Agora, com autoridade, Delfim  amplia aquela constatação. Entendendo que nosso modelo agromineral-exportador com elevada remuneração tem futuro limitado no longo prazo.       
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HELIO DUQUE
                              
Meu amigo o professor Helio Duque, ex-deputado (MDB e PMDB do Paraná), doutor em economia, autor de vários livros, está preocupado: 
1. – “O governo Dilma Roussef tem gigantescos desafios a enfrentar nos próximos anos. Sabe que administrar a herança que recebeu não será tarefa fácil. O populismo marqueteiro, de passado recente, gerador de entusiasmo enganoso, atingiu seu esgotamento. Os problemas afloram aos borbotões. Abstraio o lado político, onde o fisiologismo e o assalto aos recursos públicos assumiram proporções inimagináveis. Fixemo-nos nas questões econômicas e financeiras, que não nos remetem a ser otimistas”.                   
2.“A estagnação das reformas estruturais, colocadas na prateleira do esquecimento no governo Lula, gerou a verdadeira “herança maldita” para o atual governo. Se pelo lado macroeconômico a situação é de o Brasil ter a mais elevada carga tributária dos países em desenvolvimento, acrescida da maior taxa de juros do planeta, agregada ao cambio hiper valorizado, tudo isso é responsável por nossa taxa de investimentos públicos ser ridícula”. 
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MARQUETEIROS
       
3. – “Se olharmos a infraestrutura o cenário é estarrecedor. Energia, transportes em todos os setores, portos, ferrovias, aeroportos defasados, determinam custos extravagantes para a economia produtiva, limitando o próprio desenvolvimento. Com a formação do capital humano não é diferente, a partir da educação, estendendo-se à saúde e o corolário do saneamento básico. Em contrapartida, investir bilhões de reais em estádios de futebol e afins para a Copa do Mundo passou a ser prioridade oficial”.     
4. – “O brasileiro tem memória curta e cultiva enorme entusiasmo pelo Estado espetáculo. Nos últimos anos a imposição dos marqueteiros, com os seus devaneios, passou a ser programa planejado de governo. A visão construída é de festejar o curto prazo, o dia a dia, como se não existissem perspectivas de futuro. As ações publicitárias eleitorais vêm substituindo a ausência de planejamento do Estado ante os obstáculos que se avolumam na execução dos programas estruturais de responsabilidade do executivo. Administra-se com modorra o cotidiano, inexistindo projeto e programa de governo consistente que vislumbre o amanhã”. 
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BNDES
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, não se engana:             
-“O mundo desenvolvido está em recessão, o que fez com que os preços das nossas exportações sofressem com mercados deprimidos nos países desenvolvidos e a recuperação mundial está acontecendo só nos países em desenvolvimento, especialmente na Ásia, com a China, mas também com outras economias, e aqui na América Latina, com o Brasil que teve crescimento expressivo no ano passado.”                                      
2. – “Passaremos por um período difícil nos próximos 1,5 a 2 anos, até esse quadro mudar. Até termos um crescimento mais equilibrado na economia mundial, nossa indústria estará sob pressão muito forte. E  exportação prejudicada pelo fraco crescimento dos mercados de destino, embora o país esteja tentando diversificar as exportações cada vez mais”.            Vamos pensar como Getulio. Um pais nosso e não deles.   




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Ministério Público entra com ação contra Luizianne por uso de guarda municipal


O Ministério Público entrou com ações civil e criminal contra a prefeita Luizianne Lins (PT), por ato de improbidade administrativa no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE), nesta terça-feira, 16. Eles apontam irregularidade no uso de 
guardas municipais na segurança da casa da mãe da prefeita, a suplente de deputado Luiza Lins (PT).


Em março deste ano, o caso foi revelado pela revista Veja e levado ao plenário da Câmara Municipal pelo vereador de oposição Plácido Filho (PDT). Ele questionou a presença de 12 guardas em um posto de segurança permanente na casa de Luiza Lins.

À épooca, O POVO noticiou que, conforme o promotor de Justiça Ricardo Rocha, há relatos de que os guardas são mantidos no posto até mesmo quando Luiza Lins está fora da cidade.

Segundo ele, a lei não prevê essa prática. O promotor argumentou ainda a disparidade do efetivo disponibilizado para a mãe da prefeita, enquanto faltam guardas municipais em pontos de grande movimento como terminais de ônibus, postos de saúde e praças de Fortaleza.

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MINERAIS: NOSSOS IRMÃOS?
Renato Costa
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosRC/MINERAIS_NOSSOS_IRMAOS_RC.html

O poético, amoroso e sábio Francisco de Assis ficou conhecido como o “irmão da natureza” porque a tudo, fossem conceitos concretos ou abstratos, chamava de irmão ou irmã. Era “irmão sol”, “irmão fogo”, “irmã lua”, “irmã água”, assim como era “irmã pobreza’,” irmã caridade “ e assim por diante. Longe de ser força de expressão, o que estava por trás desse falar de Francisco era uma profunda compreensão da Criação. Como tudo emanou de Deus, cada processo natural, coisa ou ser vivente é filho ou filha da “Inteligência Suprema, Causa Primária de Todas as Coisas”. Assim, somos todos irmãos ou irmãs.

Vem-nos à mente, ao iniciarmos este estudo sobre os minerais à luz do Espiritismo, o frenesi com que tantas pessoas em todo mundo se dedicam a estudar e a louvar as alegadas propriedades curativas dos cristais e a fé com que nós, espíritas, tomamos um copinho de água fluidificada. Haverá fundamento para tais crenças? Existirá alguma relação entre um copinho de água e um cristal em um processo de cura? Acreditamos que, antes de nos estendermos em ponderações sobre tais questionamentos, é mister que saibamos do que estamos falando.

O que é essa matéria inerte e inorgânica que se encontra em toda parte? O que são essas rochas majestosas que enfeitam o horizonte? O que é essa pulverizada areia que nos fornece o lazer gratuito da praia? O que são esses nomes estranhos associados à nossa saúde, uns que nos deixam doentes quando fazem falta em nosso corpo e outros que o fazem justo por nele se encontrarem presentes? O que significa, afinal, toda essa pluralidade que fornece os diminutos tijolos com os quais a natureza ergue o magnífico edifício da vida? Cremos ser conveniente falarmos um pouco de nossos esquecidos irmãos do reino mineral, que tanto nos auxiliam e dos quais dependemos tanto e que, a despeito disso, costumam ser ignorados em nossas conversas sobre a evolução.




Antes de continuarmos, é importante esclarecermos uma confusão que é comum ocorrer quando falamos do reino mineral, qual seja, achar que o mesmo é constituído de rochas ou pedras. Não, o reino mineral é constituído, como o nome diz, de minerais. Pedras e rochas nada mais são que o resultado dos milhões de diferentes maneiras com que dois ou mais minerais podem se combinar de acordo com as condições a que foram submetidos ao longo dos séculos. Logo, quando quebramos uma pedra ou explodimos uma rocha não estamos quebrando um mineral, nada se passando, portanto, com o princípio inteligente que porventura possa existir associado ao mesmo. “O que?”, poderá a essa altura nos perguntar, surpreso, de sobressalto, o amável leitor, “Que história é essa de princípio inteligente associado a um mineral?” A perspectiva de tal pergunta nos convida a aprofundarmos um pouco mais o entendimento do que são esses integrantes do reino mineral.

Os minerais encontrados na natureza terrestre são, normalmente, sólidos, duros e compactos, exibindo formas precisas, a que chamamos de cristais. Alguns sólidos e líquidos amorfos encontrados na natureza são, também, aceitos como minerais, por atenderem aos critérios físico-químicos pertinentes. Um caso particular destes últimos são os elementos ou substâncias que se encontram no estado líquido na natureza enquanto que somente exibem a forma cristalina no estado sólido. Um caso conhecido é o hidróxido de oxigênio. Em seu estado sólido, essa substância é um mineral cristalino encontrável nas nuvens, em geadas ou nos majestosos icebergs e à qual nosso vernáculo dá o nome de gelo. No entanto, ela se acha muito mais facilmente na natureza em sua forma líquida e amorfa, quando é conhecida como água.

O cristal é um elemento de geometria constante e regular, geometria esta que é mantida, não importa quanto se quebre o mineral, nem mesmo se o reduzirmos a pó. Isto se dá por uma razão ao mesmo tempo simples e intrigante, qual seja, o fato de a estrutura exibida externamente pelo cristal, não importa o seu tamanho, ser exatamente a mesma com que se organizam os átomos dos elementos químicos que o compõem. Cada mineral possui propriedades físico-químicas bem definidas e únicas que o caracterizam. A composição química e a estrutura cristalina são as características que, juntas, definem um mineral específico. A grafite e o diamante, por exemplo, possuem propriedades físico-químicas distintas, a despeito de terem ambos a mesma composição química, qual seja, a de átomos de carbono. Isso se dá porque as respectivas estruturas cristalinas diferem, seguindo o carbono o sistema cristalino cúbico e o diamante, o hexagonal, fruto das condições diferentes sob as quais se formaram um e outro.

Agora que já falamos de minerais, voltemos à nossa questão mais acima, sobre “princípio inteligente”. Examinando a Codificação, constatamos que a Questão 540 de O Livro dos Espíritos nos dá uma pista para a respondermos, quando os Espíritos afirmam: “... É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo”. Já quando lemos Léon Denis, em O Problema do Ser, do Destino e da Dor, vemos que ele usa uma forma poética para passar a mesma idéia: “..O espírito dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e desperta no homem” (1). Sem maiores raciocínios, com base apenas nas duas citações acima, podemos aceitar que algo existe no mineral além do puramente físico.

O fato de seguirem os minerais um sistema tão ordenado em sua formação sugere a existência de uma inteligência que os organiza. Parece, ainda, sugerir que a matriz inteligente que define um mineral reside além de cada pedaço, além do bloco do qual se tenha cortado o pedaço, além mesmo do mineral enquanto espécie presente no planeta. Quando os diversos equipamentos de prospecção geológica a bordo da sonda Cassini-Huygens escrutinaram o planeta Saturno e sua lua Titã, eles procuraram lá sinais claros da existência dos mesmos minerais que existem aqui na Terra. Sabendo os cientistas, apesar de usando outro argumento e outros conceitos, que temos uma matriz inteligente única para todas as ocorrências de cada elemento mineral em nosso planeta, eles partem da premissa de que tal matriz seja única em todo o Universo ou, pelo menos, em nosso Sistema Solar.

Se tomarmos o conceito de alma-grupo-da-espécie, proposto por Jorge Andréa em Impulsos Criativos da Evolução para as espécies animais, e o estendermos para o reino mineral, a única diferença que saltará aos nossos olhos é que existe uma diversidade muitíssimo maior de espécies animais do que minerais. O que vemos, portanto, é que o processo que desencadeou a formação de vórtices com características próprias no interior das almas-grupo das diversas espécies animais com vistas à formação sucessiva de sub-espécies, raças e, finalmente, indivíduos, ainda não foi disparado no reino mineral. Entendendo dessa forma, a figura poética de Léon Denis fica clara quando ele informa que o “Espírito dorme no mineral” (o destaque é nosso).

Diz-nos Emmanuel, na resposta à Questão 79 de O Consolador, que “o mineral é atração”, idéia que Jorge Andréa desenvolve extensamente no Capítulo I da obra citada mais acima. Por falta de espaço em um artigo como este, sugerimos ao leitor que não deixe de ler obras tão importantes para, entre outros ensinamentos, receber aqueles que se referem ao reino mineral, objeto de nossa conversa.

Do que pudemos aprender com os citados autores, parece lícito deduzir que o princípio inteligente se exercita no reino mineral experimentando exatamente as características que estudamos, quais sejam, a combinação química dos elementos básicos, a estrutura cristalina em que essa combinação é arranjada e as transformações que a natureza e o homem exercem sobre esse resultado. Estaria, dessa forma, se preparando para continuar sua jornada, não no reino vegetal terrestre, mas no próprio reino mineral, porém, em mundos mais e mais evoluídos, onde a diversidade de opções se lhe iria abrindo de forma crescente, dando ensejo às inúmeras gradações de sutileza que nossa Doutrina nos informa existir. Concluir que os minerais não evoluem pela observação daqueles existentes em nosso planeta é ignorar a constituição dos mundos nas diferentes etapas evolutivas. Concluir que eles não possuem vida, sendo incapazes, portanto, de evoluir por si mesmos, é razoável, sensato e em consonância com os ensinamentos doutrinários. No entanto, o fato de eles não possuírem vida não significa que não evoluam pois, se tal não ocorresse, não haveria como existirem minerais mais sutis nos mundos mais evoluídos.

Acreditando que já temos uma melhor idéia do que sejam os minerais, pensemos, um pouco, nas alegadas propriedades curativas dos cristais de que falamos no início deste estudo. Sabemos que todo objeto de uso pessoal fica impregnado, em maior ou menor grau, das energias emanadas de seu dono, conforme seja maior ou menor o apego do possuidor pelo objeto possuído. Tal realidade é estudada pela psicometria. Não é disso, no entanto, que estamos falando e, sim, da impregnação consciente e bem intencionada de vibrações puras e amorosas.

À luz dos ensinamentos espíritas, sabemos que bons Espíritos podem utilizar médiuns com boa capacidade de magnetização para transferir fluidos curadores para a água ou para quaisquer substâncias ou objetos adequados para tal. Tal certeza é o que justifica o uso generalizado nas casas espíritas daquilo que chamamos de água fluidificada. Do mesmo modo, devemos entender que um cristal que tenha sido impregnado por um Espírito, encarnado ou não, com os seus melhores sentimentos, pode, sim, ter efeitos benéficos sobre quem o possui. Não, porém, por seguir ele este ou aquele sistema de arranjo espacial em sua estrutura cristalina, nem por possuir tal ou qual composição química. Tirando os cristais de minerais radioativos, cancerígenos e venenosos, todos os demais poderão ser benéficos a nós, pelo menos, tão benéficos quanto puro for o amor de quem os houver impregnado de boas vibrações e grande forem a fé e o merecimento de quem os utilizar. A composição química e a estrutura cristalina do mineral irão, sim, determinar, a maior ou menor facilidade com que os fluidos curativos serão a ele transmitidos e a duração com que os mesmos ficarão presentes no cristal, do mesmo modo que faz com a energia luminosa que sobre ele incide.

Para finalizar, queremos deixar claro que não estamos sugerindo, nem apoiando, o uso de cristais em casas espíritas. Pelo contrário, o julgamos contra-indicado. Segundo o entendimento que nos propicia o estudo da Doutrina, não há nada, absolutamente nada, que possa ser obtido de um cristal, que não possa ser igualmente obtido de um copinho de água fluidificada, de um passe transmitido com amor e recebido com compenetração ou com o simples e dedicado trabalho no bem, em qualquer hora e lugar. Por que tornar dispendioso para a instituição um tratamento se o mesmo ou melhor efeito pode ser obtido com simplicidade e quase sem custo?

Bibliografia
ANDRÉA DOS SANTOS, Jorge. Impulsos Criativos da Evolução. 3. ed. Rio de Janeiro: Societo Lorenz, 1995.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995.
DENIS, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997.
PERONI, Rodrigo. Mineralogia – Estudo dos Minerais. Apostilha de Geologia da Engenharia I do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Obtido, em 09/07/2004 de http://www.lapes.ufrgs.br
XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995.

Artigo originalmente publicado na Tribuna Espírita - Setembro/Outubro de 2005 - João Pessoa, PB


(1)  Hermes Trismegisto já ensinava, no antigo Egito, que:

“a pedra se converte em planta;
a planta em animal;
o animal em homem, em Espírito;
o Espírito em Deus.”

Ensinamento hinduísta, que remonta a milhares de anos, oferece esta versão poética da evolução:

"a alma dorme na pedra,
sonha no vegetal,

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