segunda-feira, 8 de agosto de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO

Da Tribuna da Imprensa, de sábado, 06 de agosto de 2011 | 15:04
Faz sucesso na internet um texto que analisa as sete coisas estranhas que só existem no Brasil, além da jaboticaba, é claro.
Carlos Newton

Para descontrair o blog, o sempre atento

comentarista Luiz Fernando Brito Pereira envia um texto que circula na internet e vale a pena ser transcrito. Infelizmente não sabemos quem é o autor, para poder aplaudi-lo. Se alguém souber, por favor, nos informe:

***
COISAS DE MERDA QUE SÓ SE FAZEM NO BRASIL

A despeito do fato de Deus ser ou não ser brasileiro, há coisas surpreendentes que só acontecem no Brasil. Provas cabais de que a inteligência da brazucada não tem sido brindada pela inspiração divina.

Vamos listar aqui 7 destas coisas…

1) Novo padrão de tomadas elétricas.

Quem foi o cretino que inventou a nova tomada/flecha de 3 pinos incompatível com TODAS as tomadas da galáxia? Nem nas tomadas do Império Klingon essa bosta encaixa! De uma hora para outra, todas as nossas tranqueiras elétricas e gadgets que usam plugues com o padrão americano (este sim, universal), simplesmente ficam imprestáveis. Como somos brasileiros e não desistimos nunca, é chegada a hora de invocar a santa gambiarra! Essa trozoba deve ter sido “inventado” pelo mesmo safado que empurrou o obrigatorio kit primeiros socorros (??) para todos os proprietários de veiculos na década de 90.

2) Proibição do álcool 92º

Um belo dia alguns políticos de Brasília tiveram a brilhante ideia de converter o álcool em água rala de 46 graus. Outro belo dia, minha mulher apareceu (sem saber) com este novo álcool, para botar fogo no fogão a lenha, e ele simplesmente molhava os fósforos. Tivemos que voltar ao supermercado para trocar o famoso “Álcool Namorado” pelo trivial Álcool Pereira de 92º, aquele que limpa e queima. Ainda bem que a indústria alcooleira entrou na justiça e conseguiu liminares liberando o nosso bom e verdadeiro álcool de cada dia, embora, claro, há que se tomar as devidas precauções para não provocar queimaduras graves e incendiar a casa. PS: aos sacros defensores desta proibição idiota, sugiro que propugnem também garfos sem pontas e facas cegas, pois tais utensílios domésticos também podem ser prejudiciais à saúde.

3) Seguro obrigatório veicular

Você, que gasta os tubos com seguro total, já parou para pensar porque tem que continuar pagando o tal do seguro obrigatório? Enquanto isto, as máfias sacam a torto e a direito as merrecas do seguro obrigatório, que os seus legítimos beneficiários não sabem ou não se interessam em sacar.

4) Carros Flex

Caso eu pusesse um adesivo no meu carro flex, teria o seguinte teor: “acreditei no governo e embarquei nesta carroça beberrona”. Justamente quando os motores exclusivamente à gasolina começaram a ficar econômicos, os gestores públicos apareceram com esta bomba que só corrói o motor e o nosso bolso. Sem falar naquele maldito tanquinho extra, que é uma preocupação a mais para manter cheio de gasolina. Quando você vê o preço do litro do álcool hidratado a R$ 2,70 começa a tirar algumas conclusões.

5) Tratamento reservado às crianças geniais

Enquanto na Índia, um país miserável e fedorento, as crianças possuidoras de habilidades geniais são acompanhadas de perto e recebem uma educação especial, no Brasil elas são estigmatizadas na escola, vítimas de bulling e em vez de se tornarem gênios ou cientistas, terminam formando uma banda medíocre de roquezinho, como no caso de Roger (Ultraje a Rigor), detentor de QI 172 (Einstein tinha QI 168). Mas uma coisa fazemos bem, qualquer pivete favelado, craque prematuro de futebol, é prontamente separado para receber todos os cuidados e mimos que merece. Enquanto isto, os nossos nerds e jovens cientistas levam muita porrada na escola. Por isso, enquanto nos resignamos a ser campeões de futebol, a Índia (aquele país miserável e fedorento) consegue (desde a década de 70) construir usinas e armas nucleares, lançar satélites em órbita e mandar sondas espaciais para outros planetas e desenvolver software para outros países (inclusive o Brasil).

***
6) Sistema de TV em cores PAL-M

Algum biltre brazuca teve a ideia genial de fazer um sistema de cores único no mundo: pegou o padrão de luminância americano NTSC, fundiu-o com o sistema cromático europeu e criou o frankenstein chamado PAL-M, onde leia-se “M” de merda, incompatível com qualquer televisor do resto do planeta.

7) Reforma Ortográfica

Um belo dia, um energúmeno brazuca teve uma idéia. Vamos mudar a Língua Portuguesa! NO MUNDO INTEIRO! Pra quê? Só pra transformar em um inferno a vida TODOS vestibulandos e concurseiros luso-parlantes. E de quebra, enriquecer donos de cursinhos. (Vai ver que esse energúmeno é dono de cursinho..


===============




Dilma e o PT deixam Lula só com sua azia
O governo, qualquer governo, faz mal à imprensa. A imprensa, toda a imprensa, faz bem ao governo – principalmente quando critica. Governo não precisa do 'sim' da imprensa. Governo evolui com o 'não' da imprensa.

A proximidade da imprensa com o governo abafa, distorce o jornalismo. A distância entre governo e imprensa é conveniente para ambos, útil para a sociedade e saudável para a verdade.

Jornalismo é tudo aquilo de que o governo não gosta. Tudo aquilo de que o governo gosta é propaganda. A imprensa, numa definição mais simples, deve ser o fiscal do poder e a voz do povo. Com o estrito cuidado para não inverter essa equação.

Todas as afirmações acima foram feitas em 9 de maio passado, na Universidade de Brasília (UnB), pelo jornalista que assina este artigo. Elas contrariam, na essência, tudo o que Luiz Inácio Lula da Silva praticou e pregou em seus oito anos como presidente, no campo atritado das relações entre seu governo e a mídia.

Este sentimento belicoso foi oficializado numa longa conversa com a revista piauí, em janeiro de 2009, quando confessou que não lia jornais, revistas, blogs ou sites. E explicou que não era por falta de tempo: "É porque eu tenho problema de azia", explicou Lula a Mário Sérgio Conti, diretor da revista.

Pois tudo mudou com sua sucessora, Dilma Rousseff, que demonstra ter um fígado bem mais saudável. A presidente mostrou isso logo na noite de sua vitória na eleição de outubro de 2010, ao exibir um vigor hepático e uma face simpática impensáveis no seu antecessor:

"Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. As críticas do jornalismo livre ajudam ao país e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório", enunciou Dilma, pilotando um cavalo-de-pau que revertia toda a orientação emanada até então pelo Palácio do Planalto. E não era só discurso.

Dilma, como todo mundo sabe, lê jornais e revistas, vê TV e navega na Internet. A bile presidencial, produzida a partir dessa leitura atenta, atacou os microorganismos partidários que ameaçavam apodrecer os tecidos da administração federal.

Foi a partir de erros apontados por revistas e jornais, que Lula não lia, que Dilma desencadeou uma inédita, fulminante assepsia no seu governo, afastando dois ministros poderosos – Antônio Palocci, da Casa Civil, e Alfredo Nascimento, dos Transportes – e dedetizando o foco crônico do DNIT com a demissão de duas dezenas de servidores.

E terminou convocando um general da ativa do Exército para completar a faxina no infeccionado DNIT.

Chamou duas mulheres -- Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti -- para recompor seu entorno palaciano, sem consultar o PT, e limitou-se a participar sua decisão a Lula, sem consultá-lo previamente.

A celeridade do bisturi de Dilma, que cortou fundo a partir das manchetes e revelações de fim de semana da imprensa, desconcertou os partidos da base aliada e assustou o PT, habituado ao estilo manhoso e lerdo de Lula.

A ensaiada retaliação dos partidos aliados esmaeceu diante do efeito positivo da ação presidencial junto à opinião pública, desacostumada a ver pronta reação do Planalto aos desvios evidentes de altos funcionários.

Com Lula, tudo se ajeitava. Pegos em flagrante delito, até os aloprados ganhavam o conforto do colo presidencial. Quando explodiu o Mensalão, o maior escândalo de seu governo, em 2005, Lula reagiu coma rigidez de uma gelatina. A primeira reação, instintiva, foi declarar-se traído.

Depois, pensando melhor, alegou que não sabia de nada do que ocorria nos gabinetes contíguos ao seu, no Planalto. Por fim, desdenhou, com a versão de que era tudo Caixa 2, financiamento clandestino de campanha, pecado que todos os partidos sempre cometeram, disse Lula, ecoando a esperta defesa de Delúbio Soares, o tesoureiro do PT que centralizava o esquema do Mensalão.

Dois procuradores-gerais da República – Antônio Fernando de Souza e Roberto Gurgel – e a unanimidade do Supremo Tribunal Federal reconheceram o Mensalão que Lula desconhecia e aceitaram a denúncia contra 40 mensaleiros, muitos deles amigos e companheiros próximos ao presidente.

A começar por José Dirceu, o poderoso chefe da Casa Civil de Lula, acatado na denúncia ao STF como chefe da quadrilha, lindeiro de gabinete com Lula no Planalto e na intimidade do poder.

Este sonso álibi de Lula foi desmentido justamente por um dos jornalistas que ele mais respeita, Ricardo Kotscho, seu ex-secretário de imprensa. Comentando a azeda entrevista à piauí, Kotscho escreveu em seu blog:

"[Lula] é um dos caras mais bem informados que conheço por um simples e bom motivo: conversa o tempo todo com todo tipo de gente e vai filtrando as informações que podem ser úteis para a sua tomada de decisões. Em vez de ler o que fulano disse na imprensa, chama o fulano e conversa diretamente com ele, quer dizer, não recebe informações de segunda mão, mas direto da fonte".

É difícil acreditar, portanto, que um cara tão bem informado, com tanta conversa como Lula, pudesse ser iludido por tanta gente, durante tanto tempo, sobre o insinuante Mensalão.

Coincidência ou não, em 2009, a partir da Conferência Nacional de Comunicação, convocada por decreto de Lula, começou a sobrevoar o país o fantasma de um certo `Conselho Federal de Comunicação`, que entre outras atribuições teria o poder de "orientar, fiscalizar e monitorar" a imprensa, a pretexto de um "controle social" da mídia. A reação desata da colocou a proposta em banho-maria, que se evaporou com o final do Governo Lula.

Os últimos vapores desta sulfúrica ideia se diluíram neste final de semana. Nem o PT defende mais a sugestão de um conselho federal para a mídia. A executiva nacional do partido, reunida no Rio de Janeiro, defendeu um caminho oposto: a ampliação da liberdade de expressão no país, para "repudiar e impedir qualquer tipo de censura".

Exatamente o contrário do ameaçador Conselho Federal de Comunicação, que nem foi citado no texto da resolução política aprovada pelo conselho supremo do PT e divulgada oficialmente neste domingo, 7.

Redirecionado para os novos tempos de Dilma Rousseff -- uma presidente que prefere o barulho de uma imprensa livre e as críticas de um jornalismo que aponta erros e traz o necessário contraditório --, o PT começa a deixar o desvio da intolerância e resgata uma bandeira que havia desfraldado em sua fundação, 31 anos atrás.

O PT, como Dilma, abandonou Lula à sua própria azia

=============

Do Coturno Noturno, de segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Ora, classe média.
Dilma é muito mais esperta do que FHC. Sem dúvida alguma. Dilma, na festa dos 80 anos de FHC, homenageou um ex-presidente que jamais disputará uma eleição, que não tem voto, que é escondido em todas as campanhas pelo próprio partido, tendo em vista a herança maldita que deixou (aceitou passivamente que esta mentira fosse transformada em verdade, até mesmo por Dilma, basta ver qualquer pesquisa de opinião comparando o sociólogo com o metalúrgico). Já FHC elogia Dilma chamando-a da "presidenta" que não é tão leniente com a corrupção e que está tentando fazer uma faxina necessária no governo. Ou seja: aquele que deveria ser o maior nome da oposição cai nas armadilhas do maior adversário, pensando apenas na sua biografia, pois a ele não mais importa ganhar eleição: o que importa é o legado, o nome na história e o resto que se exploda. E como deve ser prazeroso para FHC bater na direita como ele fez ontem no seu artigo, depois de só ter governado por dois mandatos porque tinha o apoio da mesma.

Agora Dilma, que é muito mais esperta que o FHC, começa a se mover para conquistar a classe média, pois ela decidirá as eleições em 2014. Bobagem, está apenas botando um bode na sala, pois o governo sabe que não é nada disso e está apenas adulando o bobão. A classe média não vai decidir eleição nenhuma. Quem vai decidir será novamente o beneficiário da Bolsa Família e do recente Brasil sem Miséria. É ali que o PT vai fazer, de novo, 70% dos votos. Na classe média, a votação será meio a meio, fifty fifty, como sempre foi. A diferença não estará no voto por classes. A diferença estará no voto do miserável e no voto conservador ou de direita, como os esquerdistas adoram rotular, que está sendo descartado pelo gênio FHC. Justamente o voto mais consciente, o mais militante, o mais combativo, o mais aguerrido. O voto conservador é o único que não tem vergonha, como o PSDB tem, de não ser de esquerda.  Sem  o voto da direita, o PT levará 2014 no primeiro turno. Com a maioria avassaladora dos miseráveis, que votam com o bolso e a barriga. Podem anotar.


Dilma deixa miseráveis indefesos. Literalmente.
Com uma lista tríplice há mais de um mês, a presidente Dilma Rousseff perdeu o prazo para nomear o chefe da Defensoria Pública da União, que ficará sem comando a partir de hoje. Não há nem sequer substituto interino, pois o Ministério da Justiça nunca ocupou os cargos subalternos. A instituição é responsável por defender pessoas sem condições de pagar por um advogado, normalmente em ações contra a própria União. O mandato do atual defensor público-geral, José Rômulo Sales, acabou no sábado. Entre os possíveis sucessores, estão o próprio Sales, Haman de Moraes e Córdova e Daniele Osório. O nome do escolhido será submetido ao Senado. Os defensores marcaram uma paralisação para hoje. A Anadef (Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais) pede a autonomia do órgão. Ficará impossível realizar o trabalho, pois toda a gestão depende do defensor público-geral", diz o presidente da associação, Gabriel Faria Oliveira.(Da Folha de São Paulo)
................................................................................
Os defensores públicos obrigam o governo federal da dar tratamento de saúde, a fornecer remédios, a fazer ligações elétricas... É assim que a Dilma quer um país sem míséria. Acabando com os parcos direitos dos miseráveis.


Sem oposição, se as eleições fossem hoje, Dilma estaria reeleita no primeiro turno.
A falta de oposição está criando um Lula de saias. Mais dois anos e a Tia da Faxina terá virado um fenômeno das massas. Para quem quer saber o que é falta de oposição, basta ler o artigo de hoje do seu decano, Fernando Henrique Cardoso. Fernando, o Visionário. Fernando, o Condescendente. Fernando, que joga os conservadores no lixo, como se fossem os criminosos do governo Dilma, que estão roubando o país sem que ele manifeste a sua total indignação. Vai ver que o FHC quer reconquistar os votos do PT.  FHC é o melhor símbolo do canto do cisne da oposição brasileira. Enquanto ele estiver vivo, não permtirá que alguém da oposição chegue lá. Por isto, hoje, ele é apenas um Observador Político, nome do portal que lançou recentemente, que entre tantas coisas, também é apartidário. Querem o quê? Ganhar da Dilma, "a presidenta que é menos leniente com certas práticas condenáveis do sistema", segundo FHC? Gostaram do presidenta?

Após sete meses de governo, a presidente Dilma Rousseff (PT) mantém um nível de avaliação estável, segundo nova pesquisa Datafolha. O levantamento mostra que as medidas recentes para conter a atividade econômica e o crédito ao consumidor, além de denúncias de corrupção em seu ministério, não afetaram a percepção dos brasileiros sobre o desempenho da presidente. Segundo a pesquisa, realizada entre os dias 2 e 5 de agosto, o governo da petista é considerado ótimo ou bom por 48% dos brasileiros com 16 anos ou mais. É um índice similar ao verificado em levantamentos feitos em junho (49%) e março (47%) passados.

Nem mesmo a demissão de diversos colaboradores suspeitos de atos de corrupção e tráfico de influência em seu governo afetaram, positivamente ou negativamente, a avaliação da presidente. A fatia dos que consideram a gestão de Dilma regular é de 39%, variação positiva de um ponto sobre a marca de julho (38%). Em março, foi de 34%. Consideram o governo Dilma Rousseff ruim ou péssimo 11% dos brasileiros, ante 10% em junho e 7% em março. Na pesquisa atual, 3% não souberam avaliar a presidência da petista. O Datafolha ouviu 5.254 pessoas com 16 anos ou mais em todo o Brasil. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, Dilma tem um nível de ótimo e bom menor (43%) do que a média (48%) e do que entre as demais faixas de idade. No grupo formado pelos menos escolarizados, que estudaram até o ensino fundamental (52%), o índice dos que avaliam o governo da petista como ótimo ou bom é, proporcionalmente, maior do que entre aqueles que possuem ensino médio (45%) e superior (44%).Na análise por renda, ela também é melhor avaliada por aqueles que têm renda mensal de até cinco salários mínimos (49%) do que entre os brasileiros que têm renda familiar de mais de 10 salários mínimos por mês (44%). No interior, 51% avaliam a gestão Dilma como ótima ou boa, fatia proporcionalmente maior do que nas regiões metropolitanas (44%). A nota atribuída ao governo de Dilma também se mantém estável: era de 6,9 em março, foi a 6,8 em julho e agora fica em 6,7. (Da Folha de São Paulo)

Estênio Negreiros
Fortaleza,CE

"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)


Nenhum comentário:

Postar um comentário