A equipe do Barra Pesada localizou um homem que há dois anos é informante da Polícia Federal. Com exclusividade ele conta histórias surpreendentes, inclusive informações sobre do furto milionário ao Banco Central de Fortaleza. Informações privilegiadas sobre a corrupção existente dentro da Polícia Federal.
Ele revela que ganhava cerca de R$ 1 mil paraser fonte dos agentes e relata o esquema de corrupção dentro da PF. O homem afirma que está ameaçado de morte e que por isso procurou a equipe do Barra Pesada.Furto milionárioSegundo o informante, ainda há no Ceará dinheiro furtado do Banco Central. Ele revela que ganhava cerca de um mil reais para ser fonte dos agentes e relata o esquema de corrupção dentro da PF. O homem denuncia que está ameaçado de morte e que por isso procurou a equipe do Barra Pesada.
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Demóstenes: Amorim vai apequenar
a Defesa, após envergonhar o BrasilO senador Demóstenes Torres (DEM-GO), um dos mais importantes líderes de oposição no Congresso, criticou a demissão de Nelson Jobim e a nomeação de Celso Amorim para o Ministério da Defesa. Em seu twitter, há instantes, Demóstenes lembrou que Amorim "foi o chanceler que envergonhou o Brasil em todo o mundo, apoiando ditaduras, armando e caindo em ciladas". Ele se referiu ao fato de a política externa comandada pelo ex-chanceler associou o País aos regimes totalitários mais execrados no planeta, como a Líbia de Muammar Kadhafi e o Irã de Mahmud Ahmadinejad, para além de ditaduras como a de Cuba ou semi-ditaduras como a venezuelana. Considera que "o Brasil acaba de ter uma imensa e dupla perda: a saída de Jobim e a ascensão de Amorim, que vai apequenar a Defesa".
Fortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)
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Procuradora da República: Visita de Cid Gomes à comunidade foi “constrangimento absurdo”
Cid Gomes discute com vereador João Alfredo. Foto: reprodução TV Jangadeiro
“Atitude infeliz” que causou “constrangimento absurdo” à pessoas humildes. Foram estes alguns dos adjetivos utilizados pela Procuradora da República, Nilce Cunha, ao avaliar a visita que o governador Cid Gomes fez a comunidade Aldaci Barbosa, na noite de terça-feira (02). O vídeo pode ser visto no final deste post.
Segundo ela, o governador causou constrangimento ao revelar a pressão exercida para que os moradores da região deixem suas casas. A declaração de Nilce Cunha foi feita em entrevista à jornalista Dina Sampaio da FM Jangadeiro na manhã desta quarta-feira (03).
“Eu considero que foi uma atitude infeliz do governador[Cid Gomes]. O fato de ir lá na casa dessas pessoas humildes, tarde da noite, a autoriodade máxima do estado, não deixa de ser um constrangimento absurdo e expõe uma pressão que foi feita contra essas pessoas que já estão altamente assustadas em perder suas moradias”, disse a procuradora.
Leia ainda: População reage a visita de Cid Gomes e até xinga o governador
A visita
Cid Gomes visitou casas de alguns moradores da comunidade na tentativa de convencê-los a aceitar a proposta de desapropriação dos imóveis, para dar lugar às obras da Copa do Mundo de 2014.
“Fora governador”
Na ocasião, os moradores que não querem sair do local protestaram com cartazes e gritaram palavras de ordem como “Cid terrorista”, “Fora governador” e “mentiroso”. O vereador João Alfredo e membros do partido PSol participaram do protesto, ao lado dos manifestantes.
Ministério Público
A denúncia contra a atitude do governador foi citada por representantes da comunidade Aldaci Barbosa durante reunião na sede da Procuradoria Geral da República, na tarde desta quarta-feira (03).
Ainda de acordo com a procuradora Nilce Cunha o relato dos moradores será analisado pelo Ministério Publico para que o órgão possa decidir que medidas serão adotadas.
Embora reconheça a relevância das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo, a procuradora Nilce Cunha avalia que é preciso resguardar a dignidade das famílias atinidas pelas desapropriações.
Acompanhe trechos da entrevista de Nilce Cunha à jornalista Dina Sampaio da rádio FM Jangadeiro.
Entrevista Nilce Cunha parte I
Entrevista Nilce Cunha parte II
Confira ainda como foi o tumulto durante a visita do governador à comunidade no vídeo abaixo.
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Tags: bairro de fátima, Cid Gomes, comunidade Aldacir Barbosa, Copa 2014, Defensoria Pública, desapropriação, governador, ivo gomes, manifestação, Obra,reunião, VLT
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Ceará
MP vai investigar caso das viaturas do Governo guardadas em depósito
Da Redação às 17:29 de 03/08/2011 - Atualizada às 18:19
A TV Jangadeiro mostrou na última terça-feira (2) a situação de cerca de mil viaturas do Governo do Estado que estão abandonadas em um terreno aberto, expostas à ação do tempo, no bairro Pajuçara, em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza. O Governo afima que os carros e motos serão leiloados em outubro. O Ministério Público Estadual resolveu iniciar uma investigação para verificar se houve negligência no caso.
Leia mais:
Centenas de viaturas da PM ficam abondonadas
De acordo com o MP, se ficarem comprovadas irregularidades, os responsáveis podem ser punidos com a perda do cargo e de direitos políticos, serãoobrigados a ressarcir os cofres públicos, além de ficarem proibidos de realizar novos contratos através do Estado.
Assista o vídeo da matéria do Jornal Jangadeiro 1ª Edição:
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Tags: abandonadas, ambulâncias, Barra Pesada, Estado, galpão, investigação, Jornal Jangadeiro, maracanaú, ministério público, pajuçara, PM, Semace, sucata,viaturas, vídeo
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Coluna do Cláudio Humberto, de 04/08/2011 | 00:00
Ministério de Lupi desrespeita seus trabalhadores
Enquanto contas lorota na televisão, dizendo que seu PDT é “o partido que protege o trabalhador”, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) permite grave atentado aos direitos trabalhistas dos empregados da Captar, empresa prestadora de serviços em seu ministério: salários são pagos com atraso (julho está em aberto), mesmo depois de reduzidos, em clara afronta à lei trabalhista, além de sonegar até o ticket-refeição.
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Disse-me-disse
A Captar se diz vítima de calote e o ministério diz estar em dia. Vítimas da mentira, servidores já não têm vale-transporte para ir ao trabalho.
Enviado por Ricardo Noblat -
4.8.2011
| 6h56m
Política
CPI: para detê-la, Dilma promete vaga no TCU e até inaugurar ponte
Presidente assumiu comando da negociação política para retirar firmas necessárias à instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito que investigaria irregularidades nos Transportes
João Domingos, O Estado de S.Paulo
Tendo à frente a própria presidente Dilma Rousseff, que contou ainda com a ajuda de ministros e líderes na Câmara e no Senado, o governo conseguiu enterrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes requerida pela oposição.
Para abortar a CPI, o Planalto prometeu acelerar obras, apoiar um candidato ao Tribunal de Contas da União (TCU) e até garantir a presença de Dilma na inauguração de uma ponte.
O governo conseguiu que dois senadores da base aliada retirassem suas assinaturas a favor da CPI. Como a oposição havia coletado 27 assinaturas - número mínimo para a instalação de comissão parlamentar no Senado -, as duas baixas inviabilizaram a iniciativa.
Com apenas 25 assinaturas, o requerimento foi mandado pelo presidente José Sarney (PMDB-AP) diretamente para o arquivo. Se quiser abrir uma CPI, a oposição terá que recomeçar a coleta de assinaturas.
O objetivo da CPI era investigar as irregularidades no setor de transportes, que já resultaram na demissão de 27 pessoas, entre elas o ex-ministro Alfredo Nascimento e o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Rodoviária (Dnit) Luiz Antonio Pagot.
O senador João Durval (PDT-BA), o primeiro a retirar a assinatura, recuou em troca da promessa do governo e do PT de apoiar a candidatura de seu filho, o deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), para vaga de ministro do TCU.
Até então, Dilma mostrava-se simpática à candidatura da deputada Ana Arraes (PSB-PE), mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Carneiro conseguiu da bancada de 86 deputados do PT a promessa de que cada um buscará o voto de um colega a seu favor na disputa pelo TCU. O cargo de ministro do tribunal é vitalício.
Leia mais em Dilma promete vaga no TCU e até inauguração de ponte para deter CPI
Enviado por Ricardo Noblat -
4.8.2011
| 6h15m
Política
Deputado do PDT do Ceará ganhou R$ 8,8 milhões da União
Negócios de André Figueiredo foram realizados entre 2009 e 2011; lista do TCU critica a relação de empresas de parlamentares com o governo
Leandro Colon, O Estado de S.Paulo
Duas empresas do deputado André Figueiredo (PDT-CE) receberam pelo menos R$ 8,8 milhões do governo federal entre 2009 e 2011. O parlamentar vende material hospitalar para órgãos vinculados aos Ministérios da Saúde, Educação e Defesa.
Segundo informações obtidas pelo Estado, o nome de Figueiredo aparece no relatório sigiloso do Tribunal de Contas da União (TCU) que trata dos contratos firmados entre empresas de parlamentares e o governo federal. Para o TCU, essa relação fere a Constituição.
De acordo com declaração à Justiça Eleitoral, André Figueiredo é dono da Scientific Comércio e Importação Ltda. e da Scientific Dental Ltda. Os contratos com o governo cresceram desde o ano passado. Em 2010, a Scientific Comércio recebeu R$ 4,8 milhões. A empresa já faturou R$ 2,3 milhões só em 2011. Em março, por exemplo, ganhou R$ 247 mil pela venda de um aparelho de ultrassonografia portátil ao hospital universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Por R$ 232 mil, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) comprou equipamento semelhante da empresa do deputado.
Para o TCU, esse tipo de contratação "descumpre" o artigo 54 da Constituição. De acordo com o artigo, deputados e senadores não podem firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público e ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
Estênio NegreirosFortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)
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Ação Oculta na Evolução das Espécies
Referências Bibliográficas:
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Ação Oculta na Evolução das Espécies
André Maximiano Serpa
O modelo científico mais aceito atualmente pelos cientistas continua sendo a “Teoria de Evolução das Espécies” de Charles Darwin. Contudo, novas investigações têm constituído um grande embaraço para os defensores dessa teoria.
Segundo este paradigma, as espécies que mais se adaptam às condições do meio ambiente, sobrevivem e transmitem seus caracteres aos seus descendentes. Este processo acaba por produzir alterações lentas e graduais que permitem a extinção das espécies inadaptadas e o surgimento de novos e variados grupos de seres vivos.
Pela análise dos fósseis, observa-se que a história mostra períodos de grande estagnação alternados com períodos de intensa atividade no que diz respeito ao surgimento de novas espécies ( Teoria do Equilíbrio Pontuado de Stephen Jay Gould).
Sabe-se que a Terra surgiu há cerca de 4,5 bilhões de anos. Nesta época a solidificação da crosta terrestre e a disposição da atmosfera primitiva permitiram os arranjos necessários ao surgimento da vida biológica.
De acordo com a hipótese do bioquímico soviético Aleksandr I. Oparim (1894-1980) e do geneticista inglês John B. S. Haldane (1892-1924), a crosta possuía intensa atividade vulcânica a qual pode ser observada devido a sua própria composição, que em sua maior parte é formada por rochas magmáticas, ou seja, resultantes do resfriamento de lava. Além disso, apresentando a mesma origem que o Sol, é natural que a Terra mostrasse riqueza de gases, tais como, Metano (CH4), Amônia (NH3) e Hidrogênio (H2), dados estes comprovados por estudos astronômicos do mesmo Sol, de Júpiter, de Saturno e de Netuno. O vapor de água (H2O), que também estaria presente, seria fruto da intensa atividade vulcânica dos tempos primeiros.
As elevadas temperaturas possibilitavam grande evaporação, que por sua vez, resultava em grandes tempestades (chuvas) e abundantes descargas elétricas. A esse imenso caldeirão soma-se o grande bombardeio de raios cósmicos e ultravioleta, já que a camada de ozônio (O3)provavelmente não existia pela indisponibilidade de oxigênio livre.
Com o passar de milhões de anos, o ciclo evaporação-condensação-precipitação foi carregando as moléculas da atmosfera para os oceanos ferventes que se formavam sobre a superfície do Planeta. Sujeitas à desidratação, pelo contato com as quentes rochas magmáticas, às descargas elétricas decorrentes dos relâmpagos das tempestades, e às radiações solar e cósmicas, essas moléculas teriam reagido entre si e estabelecido ligações peptídicas, pelas quais surgiram os aminoácidos. Em 1953, o americano Stanley Miller reproduziu em laboratório as condições acima descritas, com exceção às radiações, e ainda assim obteve aminoácidos como produto de seu experimento.
Através da combinação dos aminoácidos surgiriam as primeiras proteínas. Da união destas últimas formaram-se agregados protéicos, chamados coacervados. Nota-se que, em 1957, Sidney Fox aqueceu a seco aminoácidos e observou a formação de moléculas orgânicas complexas semelhantes a proteínas.
Estava pronta a base orgânica para o início da vida na Terra. O protoplasma torna-se o embrião de todas as organizações do Globo. Em seguida, surgem as organizações procarióticas (bactérias sem núcleo, vírus, micoplasmas e algas azuis) e organizações eucarióticas (com núcleo). Os seres unicelulares, antes isolados e livres, passam a constituir colônias e dão origem aos seres multicelulares.
De qualquer forma é importante salientar que não se explicou como um agregado protéico ganhou vida, movimento e capacidade de interação com o meio ambiente. O que faz uma ameba ser diferente de um pedacinho de queijo bovino, já que ambos são um agregado de proteínas, açúcares e gorduras? Somente a existência de uma força ou princípio vital que anima a primeira e se ausenta no segundo, pode explicar essa diferença.
A evolução dos organismos pluricelulares através dos milênios, em incontáveis mutações e recombinações genéticas, que os cientistas ortodoxos atribuem ao acaso, assim como as etapas anteriores que nos possibilitaram chegar até aqui, culminaram com o aparecimento de todos os seres invertebrados e vertebrados, incluindo o homem.
Explica-se como uma célula se dividiu em duas pelo processo de mitose, que ocorre em razão do maior aumento de volume em comparação com a superfície. Seria mais vantajoso do ponto de vista nutricional, ela se dividir e manter-se viva. Mas como ela sabe disso? Tem ela cérebro, por acaso? Caso se responda a essa interrogação, por que algumas se separaram e outras permaneceram unidas?
Em um outro campo de análise, verifica-se que as peças desse quebra-cabeça teimam por não se encaixarem. Os chamados “elos perdidos” continuam sendo motivo de incontáveis discussões.
O paleontólogo belga Louis Dollo foi o criador de uma lei ( Lei de Dollo ) avalizada pelos anatomistas, que diz que um órgão que perdeu certos elementos com o passar do tempo não pode voltar atrás e recuperá-los. Os cientistas atuais não conseguem explicar porque à análise dos fósseis, algumas espécies não se enquadram nesta lei.
Embora não sejam reconhecidas pela ortodoxia científica, apresentamos as considerações do espírito Emmanuel, por psicografia de Francisco C. Xavier, contidas no livro A Caminho da Luz:
“A prova da intervenção das forças espirituais nesse campo de operações é que, enquanto o escorpião, gêmeo dos crustáceos marinhos, conserva até hoje, de modo geral, a forma primitiva, os animais monstruosos das épocas remotas, que lhe foram posteriores, desapareceram para sempre da fauna terrestre, guardando os museus do mundo as interessantes reminiscências de suas formas atormentadas.
(...) As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado (o que representaria uma involução quando comparado a seus antecessores), e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil (a comprovação de que não houve crescimento linear do neurocrânio conforme antes se pensava), são um atestado dos experimentos biológicos a que realizaram os laboradores de Jesus, até fixarem no primata os característicos aproximados do homem do futuro ( nós )”. Os acréscimos entre parênteses são nossos.
Mais adiante, explicaremos as bases científicas que dão sustentação à possibilidade da intervenção de entidades extrafísicas ( espíritos) no processo da Criação.
Disse um dos maiores nomes da Física Moderna, Niels Bohr, que não existem teorias bonitas e teorias feias, mas teorias verdadeiras e teorias falsas.
As descobertas da Ciência glorificam Deus, em lugar de o rebaixar; elas não destroem senão o que os homens edificaram sobre idéias falsas que eles fizeram de Deus. ( A Gênese, de Allan Kardec, cap. I, item 55)
Somente quando incorporarmos ao nosso cabedal de conhecimentos a noção de um elemento extrafísico, organizador e regente da matéria é que conseguiremos dissipar essas dúvidas que tão cruelmente nos perseguem. Felizmente, tem sido esse o caminho tomado por renomados cientistas, em especial, os dos campos da Física Quântica e Bioquímica.
Vejamos o que diz o PhD., físico e professor da Universidade de Oregon, Amit Goswami: “Depois de quase um século de aplicação da Física Quântica na investigação dos segredos da matéria, ficou claro que a Física Quântica não é completa em si mesma; é necessário que haja um observador consciente para completá-la. Abre-se, assim, a janela visionária, introduzindo na Ciência a ideia de consciência como fundamento de todo o ser e a base metafísica de um novo paradigma”.
A Teoria Evolucionista de Darwin foi recentemente colocada em dúvida e tida como incapaz de explicar à luz da ciência do século XXI, o fenômeno do aparecimento da vida na Terra. O PhD. em Bioquímica pela Universidade da Pensilvânia, Michael Behe desenvolveu um trabalho científico no qual questiona a validade de se utilizar somente parâmetros anatômicos (pelo estudo dos fósseis) para descrever o surgimento de processos bioquímicos de espantosa complexidade. Nesse contexto, como poderemos decidir se a Teoria de Darwin pode explicar essa complexidade? O próprio Darwin estabeleceu o critério. Segundo ele mesmo:
“Se pudesse ser demonstrada a existência de qualquer órgão complexo que não pudesse em absoluto ter sido formado por modificações numerosas, sucessivas e ligeiras, minha teoria cairia por completo. Mas que tipo de sistema biológico poderia não ter sido formado por modificações numerosas sucessivas e ligeiras?” [Darwin, C. (1872), Origin of Species, 6a.ed. (1988), New York University Press, New York, pág. 154.]
Resposta de Behe: um sistema que seja irredutivelmente complexo. Complexidade irredutível é, segundo o próprio autor, uma frase pomposa para se referir a um sistema composto de diversas partes que interagem entre si, e no qual a retirada de qualquer uma das partes faria com que o sistema deixasse de funcionar. Um exemplo comum de complexidade irredutível é uma simples ratoeira. Ela é formada por: 1. uma base, 2. um martelo (ou precursor) de metal ( para esmagar o rato), 3. uma mola e 4. uma trava sensível à pressão (gatilho). Não é possível capturar uns poucos ratos apenas com uma base, ou ir capturando mais ao lhe acrescentar uma mola; e mais ainda ao lhe acrescentar uma trava. Todas as peças devem estar em seu devido lugar para podermos capturar qualquer rato.
Em seguida, Michael Behe descreve em seu trabalho, com uma minuciosidade incrível, mas ainda longe de expressar na totalidade o mecanismo de funcionamento de um cílio. Os cílios são estruturas microscópicas semelhantes a cabelos, situados na superfície de muitas células de animais e vegetais. No homem, há cerca de duzentos por célula, sendo que milhões dessas revestem o trato respiratório. É pelo batimento sincrônico dos cílios que o muco é empurrado até nossa garganta, para ser posteriormente expelido.
Um cílio é formado por um feixe de fibras denominadas axonema. Um axonema contém nove pares de microtúbulos dispostos em círculo ao redor de um par central de microtúbulos. Cada dupla externa consiste, por sua vez, de um anel de treze filamentos (subfibra A) fundidos a um conjunto de dez filamentos. Estes últimos compõem-se de duas proteínas chamadas tubulinas alfa e beta. Os onze microtúbulos que formam um axonema se mantêm unidos por três tipos de conectores. As subfibras A se unem aos microtúbulos centrais por meio de raios radiais; as duplas externas de microtúbulos adjacentes se unem por meio dos enlaces de uma proteína sumamente elástica chamada nexina; e os microtúbulos centrais estão unidos por uma ponte de enlace. Finalmente, cada subfibra A leva dois braços, um interior, outro exterior, ambos contendo uma proteína chamada dineína.
Mas como um cílio trabalha? Por meio de experimentos, têm-se mostrado que o movimento ciliar é resultado da andadura quimicamente induzida dos braços de dineína sobre um microtúbulo da subfibra B de um segundo microtúbulo, de maneira que os dois microtúbulos se deslizem respectivamente. Os enlaces cruzados de proteína entre os microtúbulos em um cílio intacto impedem que os microtúbulos colidantes se deslizem um sobre o outro, mas com uma certa distância. Assim, esses enlaces cruzados convertem o movimento de deslizamento induzido pela dineína em um movimento de todo axonema.
Toda essa meticulosa descrição nos permite alguns questionamentos. Que componentes são necessários para o funcionamento de um cílio? Microtúbulos são indispensáveis pois, caso contrário, não haveria filamentos para deslizar. Também se precisa de um motor (seria este o par central de microtúbulos?). Além disso, não poderiam faltar as engrenagens (enlaces e proteínas de ligação) para converter o movimento de deslizamento em curvatura e ainda impedir que a estrutura desmorone.
Assim como a ratoeira não funciona na ausência de qualquer um de seus componentes, também o movimento ciliar não acontece na falta de qualquer um dos seus. Do mesmo modo, o flagelo bacteriano, o transporte de elétrons, telômeros, fotossíntese, regulação da transcrição e muitos outros que podem ser encontrados em praticamente qualquer página de um livro de bioquímica são exemplos de complexidade irredutível nas células. A ausência de quaisquer um de seus componentes acarreta na ausência de função.
Uma vez que a seleção natural somente pode escolher sistemas que já estejam em funcionamento, então, se um sistema biológico não pode ser produzido gradualmente, ele terá que surgir como uma unidade integrada, de uma só vez, para que a seleção natural tenha algo para afetar.
É bem verdade que não se poderia excluir totalmente a possibilidade de um sistema de complexidade irredutível seguir uma rota indireta e tortuosa. Mas onde estão as variantes inférteis dessas rotas alternativas? Caso escapem à seleção natural deveriam estar impressos na biologia celular, no entanto, o estudo da célula revela um encadeamento perfeito de eventos. Não existem sobras de “martelos” ou “molas”, nem travas avulsas sem os demais componentes.
Se essas coisas não podem ser explicadas pela Evolução Darwiniana, como a comunidade científica tem considerado estes fenômenos dos últimos quarenta anos? Um bom lugar para se pesquisar seria o Journal of Molecular Evolution (JME). Em número recente do JME, todos os artigos tratavam apenas de comparação de proteínas ou sequências de DNA. Embora seja interessante essa comparação para se determinar possíveis linhas de descendência, as mesmas não demonstram como é que um complexo sistema bioquímico veio a funcionar, questão esta que estamos nos ocupando. Segundo Behe, não se encontra nenhum artigo discutindo modelos detalhados de intermediários no desenvolvimento de complexas estruturas biomoleculares, seja na Nature, Science, Journal of Molecular Biology ou Proceedings of National Academy of Sciece.
“Publique ou pereça” é um provérbio que os membros da comunidade científica levam a sério. O provérbio também se aplica às teorias. Se uma teoria é dita como explicação de algum fenômeno, mas não proporciona nem mesmo uma tentativa de demonstração, ela deve ser banida. Nas palavras desse mesmo autor, a Teoria da Evolução Molecular Darwiniana não foi publicada e, portanto, deve perecer.
Antes de prosseguirmos em nosso exercício de pensar, é importante quebrarmos o mito de que uma possibilidade transformar-se-á obrigatoriamente em realidade desde que se dê tempo ao tempo. Será bastante o tempo de 4,5 bilhões de anos para a materialização aleatória de probabilidades da ordem de quinhentos a mil algarismos cada uma, que se multiplicam exponencialmente umas com as outras, na sucessão dos acontecimentos?
“Um pensador igualmente eminente, L. von Berthalanffy, dizia que o jogo de forças naturais inorgânicas não poderia ter realizado a formação de uma célula, e que o nascimento fortuito de um carro em uma mina de ferro seria coisa pequena se comparado com a formação espontânea de uma célula”.( Oscar Kuhn, Biologie Allemande Contemporaine, La Pensée Catholique nº. 31)
No desfecho de seu pensamento, Michael Behe nos leva a um exercício de imaginação. Imaginemos uma sala onde um corpo jaz esmagado, plano como uma panqueca. Uma dúzia de detetives engatinha-se ao redor, procurando com lupas alguma pista que os leve à identidade do criminoso. No meio da sala, próximo ao corpo, está um imenso elefante cinza. Enquanto engatinham, os detetives cuidadosamente evitam esbarrar nas patas do paquiderme, e jamais erguem seus olhares para cima. Tempos depois, os detetives se frustram com a ausência de progresso, mas insistem, e ainda mais cuidadosamente examinam o chão. Ora, os livros dizem que eles devem encontrar ‘o seu homem’, e por isso jamais pensam em elefantes.
Existe um grande elefante na sala cheia de cientistas que buscam explicar a vida. Este elefante chama-se “Planejamento Inteligente”.
Não se está negando a existência de fatores como: chuvas, explosões nucleares, ação vulcânica, radiações, ascendência comum, seleção natural, deriva gênica (mutações neutras), fluxo gênico ( troca de genes entre populações diferentes ), transposição (transferência de genes entre espécies diferentes por meios não-sexuais ), impulso meiótico (seleção preferencial de genes em células sexuais ), etc... Mas há uma verificação óbvia de que muitos sistemas bioquímicos são irredutíveis e expressam em si um planejamento inteligente. Escutemos as palavras de um dos maiores cientistas do século XX, Albert Einstein: “Quanto mais eu observo o Universo mais ele se parece a um grande pensamento do que a uma grande máquina”.
Infelizmente, sofremos uma intensa mistificação no edifício cultural moderno, pela pretensão e arrogância de alguns homens, que se reflete na atual ausência de valores éticos apregoados por muitas das sociedades terrestres. E esse desmoronamento ocorre tanto por parte de reacionários e conservadores religiosos, quando não, cegos pelo fanatismo, quanto por preconceituosos e vaidosos cientistas.
Partindo das bases galileanas de que as teorias deveriam ser testadas e repetidas para serem consideradas verdadeiras - princípio fundamental e verdadeiro da Ciência - alguns cientistas afirmaram que se Deus não pode ser comprovado pela Física ou pela Matemática é que Ele não existe. Como se a Ciência tivesse colocado ponto final em todas as dúvidas e questionamentos humanos acerca do Universo. Se não se tem a “Teoria de Deus” é que somos filhos do acaso!
Por acaso alguém já viu um elétron? Será que por não poder ser visto, ele deixa de existir? Diriam que ele existe porque percebemos a sua ação e influência. Também podemos perceber Deus pela sua ação e influência. Senão vejamos: “Toda ação produz uma reação de mesma direção, mesmo sentido e mesma intensidade (3a Lei de Newton”). Uma reação muitíssimo inteligente só pode ser obra de uma ação de mesma proporção. Eis que Allan Kardec, compilando as várias mensagens recebidas dos Espíritos com semelhante teor, sob a revisão de vários médiuns, descreve-nos em O Livro dos Espíritos: “Que é Deus?” Resposta: “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.
Mas como chegar a Deus exclusivamente através de princípios de análise material se Ele é imaterial? (caso Deus fosse material estaria sujeito às transformações do Universo, e este estaria sujeito ao caos e desordenamento - o que claramente não acontece). Como entender a criação se só a enxergamos em parte, mais especificamente em sua porção material, e negamos ou desprezamos sua face imaterial? A ciência ortodoxa nos fornece a verdade dos fatos, porém, uma verdade incompleta.
Todavia, Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, relatada no livro “A Caminho da Luz”, traz novas luzes ao nosso conhecimento. Nos diz este que: “Sob a orientação misericordiosa e sábia do Cristo, laboravam na Terra numerosas assembleias de operários espirituais.
Como a engenharia moderna, que constrói um edifício prevendo os menores requisitos de sua finalidade, os artistas da espiritualidade edificavam o mundo das células iniciando, nos dias primevos, a construção das formas organizadas e inteligentes dos séculos porvindouros.
(...) A máquina celular foi aperfeiçoada, no limite do possível, em face das leis físicas do Globo. Os tipos adequados à Terra foram consumados em todos os reinos da Natureza , eliminando-se os frutos teratológicos e estranhos do laboratório de suas perseverantes experiências”.
Se por um lado temos cientistas irredutíveis que se apegam unicamente a valores objetivos e absolutos, temos também religiosos antiquados que se amarram inapelavelmente aos “Textos Sagrados”. Tanto evolucionistas quanto criacionistas estão equivocados, pois o alcance da verdade de ambos está limitada pelos seus preconceitos.
Ao contrário do que muitos pensam, Ciência e Religião (talvez fosse melhor dizer Religiosidade, de religare ou “contato com o divino”) não são incompatíveis e excludentes. Reproduzindo as palavras do genial Albert Einstein: “A Religião sem a Ciência é cega. A Ciência sem a Religião é manca”. Da união de ambas é que alcançaremos o conhecimento e a verdade acerca das duas realidades, material e espiritual, que compõem o Universo.
Voltemos nossos olhos para aqueles que já começaram este trabalho, como William Crookes, Alexandre Aksakof, Camille Flamarion, Ernesto Bozzano, Ian Stevenson, Joseph Blanks Rhine, Brian L. Weiss, Charles Richet, H. N. Banerjee, Sérgio Felipe de Oliveira, Andrew Newberg, Ernâni Guimarães, Amit Goswami, Michael Behe, além, é claro, de Hippolyte Léon Denizard Rivail e muitos outros.
Só a título de esclarecimento, o grandessíssimo Mestre Jesus (Yeshua bar Yosef), modelo de perfeição a ser seguido por todos nós, que participou da criação do Sistema Solar, e é o Governador Espiritual do Planeta Terra, não é Deus. Mas isso é assunto para uma próxima ocasião.
André Maximiano Serpa (*)
(*) Cirurgião-dentista graduado pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG – UFJF; Pós-graduado Especialista em Periodontia pela ABO de Juiz de Fora - MG; Fundador e Presidente do LEAL ( Lar Espírita André Luiz ) e Vice Coordenador da Mocidade Espírita Dias da Cruz do Centro Espírita Amor ao Próximo, ambos em Leopoldina-MG, cidade na qual reside.
Referências Bibliográficas:
1. Sérgio de Vasconcellos e Fernando Gewandsznajder, Biologia Celular, Editora Ática, São Paulo, 1980.
2. Stephen Jay Gould, La Flecha del Tiempo, Aliança Editorial, Madrid, 1992.
3. Revista Superinteressante, Darwin estava errado? Editora Abril, agosto de 2001.
4. Allan Kardec, A Gênese. 20a edição, Ed. LAKE, São Paulo, 2001.
5. Allan Kardec, O Livro dos Espíritos. 114a edição, Inst. de Difusão Espírita, Araras – SP, 1998.
6. Francisco C. Xavier, A Caminho da Luz. 24a edição,FEB, Brasília – DF, 1999.
7. Michael Behe, Evidence for Intelligent Design from Biochemistry (Evidência de Planejamento Inteligente ), Palestra proferida no Discovery Institute, 1996.
8. Michael Behe, A Caixa Preta de Darwin, Jorge Zahar Editor, tradução brasileira de Rui Jungmann, Rio de Janeiro, 1997.
Extraído da página http://www.espirito.org.br, por Estênio Negreiros, Fortaleza,CE, em 04-8-2011.
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