terça-feira, 2 de agosto de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO


Dilma e o Brasil Obra Zero.

O slogan da Dilma deveria ser Brasil Obra Zero. Sabem o que ela inaugurou até agora, em sete meses de governo? O teleférico do Alemão e a embaixada da Argentina. Cá entre nós, esta não é a maior prova de que este governo não anda? Power point, plano, projeto, programa, isso tem muito. Tem Brasil sem Miséria. Tem Pronatec. Tem Ciência Sem Fronteiras. Tem tablet a 100 dólares. Não tem 


nenhuma creche. Não tem nenhuma UPA. Não tem nenhum hospital. Não tem nenhuma escola. Não tem nada, absolutamente nada. O governo da Dilma é zero. Nota zero. O Brasil parou. Empacou. Atolou na incompetência e na corrupção. E contra fatos não há argumentos. Nunca foi tão fácil fazer oposição.

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Não está na hora de aqueles famosos governadores de oposição fazerem uma reunião e mostrarem ao Brasil o que fizeram em seus estados, apresentando um balanço dos primeiros sete meses? Imaginem se eles já tivessem meia duzia de programas debaixo do mesmo planejamento, da mesma forma de fazer, da mesma forma de gastar, da mesma forma de denominar. Será que nos estados da oposição não há mais coisa a mostrar do que no país? Não adianta botar o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) a esbravejarem no Senado, na luta inglória de fazer oposição em franca minoria, se o Beto Richa (PSDB-PR) e o Geraldo Alckmin (PSDB-SP) só têm olhos para o seu quintalzinho e seu chuchuzal. É assim que o PSDB quer voltar ao poder? Com que liderança? Será que o Observador Político do Fernando Henrique Cardoso vai continuar flutuando acima dos comuns mortais, em vez de fazer oposição? FHC foi reeditado para quê? Foi repaginado para quê? Onde anda o grande político? Observando o quê? Já não chega o tempo em que ficou observando o Lula transformar o Brasil neste mar de lama? É desanimador ver que, na verdade, o que nos resta são alguns heróis na oposição que ainda fazem alguma coisa para falar com o povo, e não com as elites. Desse jeito nem precisa Lula, nem precisa Dilma. Até o José Dirceu vira presidente do Brasil.



PMDB, licença para roubar.

A reação do governo federal diante das denúncias contra ministros do PMDB tiveram outra reação, muito mais cautelosa. A Tia da Faxina largou a vassoura e só deu uma assopradinha e uma alisadinha na sujeira. Desenhou um coração na grossa camada de pó da mesa. Diante de tão pouca indignação e investigação, o PMDB está recebendo, na prática, uma licença para roubar. E o PMDB não é amador como esta turminha do PR. Salve-se quem puder! Não serão castelos de areia. Serão palácios de verdade!



Ex-ministro "faxinado" volta como senador e avisa que vai ligar corrupção com eleição da "Mãe do PAC"

Houve um tempo em que tudo era só sorrisos. Na foto abaixo, em 27 de abril de 2009, muito antes da campanha eleitoral, Lula, Dilma e Nascimento viviam de braços dados pelo Brasil, inaugurando obras inacabadas. Nunca se gastou tanto para eleger uma presidentA na história deste país. Nessa época aí da foto, a mulher que aparece ao centro era a Mãe do PAC. Hoje, virou a Tia da Faxina. E está varrendo para fora do governo aqueles aliados mais fiéis, que a ajudaram a virar presidente. Foi no Amazonas de Nascimento que Dilma teve a maior votação do país. Por culpa de Dilma, Nascimento, que lhe deu a maior vitória no país, virou vilão. Fala, Nascimento. Conta tudo! Não esconda nada!



Ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento,  reassume mandato de senador e diz a aliados que ligará gastos da pasta à disputa presidencial em discurso. Ministros chamaram integrantes do PR para reunião e pediram que senador evite colocar "gasolina na fogueira". 



O ex-ministro dos Transportes e senador Alfredo Nascimento (PR-AM) avisou a aliados que, no discurso de hoje em retorno ao Senado, associará o aumento de gastos da pasta com obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) à corrida presidencial de 2010. Magoado com a "fritura" a que foi submetido na pasta, contou a parlamentares que dirá que a previsão de gastos do PAC com obras de transportes subiu R$ 16 bilhões no ano da disputa presidencial. Ele lembrará que a responsabilidade inicial pela coordenação do programa era da presidente Dilma, que antes era chefe da Casa Civil. Nascimento deixou o cargo em julho diante de suspeitas de irregularidades na pasta. Mais de 20 pessoas foram demitidas, a maior parte ligada ao PR, seu partido.



Ele contou a aliados que hoje irá listar os Estados em que houve inclusão de mais obras no PAC. Deve citar como exemplos São Paulo, Minas, Paraná e Santa Catarina. Segundo integrantes do PR, ele dirá que, coincidentemente, são Estados onde Dilma enfrentava maior dificuldade eleitoral. A Folha apurou que esta correlação será apenas insinuada. Ministros do Planalto chamaram ontem à noite integrantes do PR para conversar. Pediram que convençam Nascimento a não jogar mais "gasolina na fogueira". Hoje, haverá uma outra reunião. Mas Nascimento prometia ser duro. Disse a correligionários que vai declarar independência do governo e que acha "ótima" a ideia de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) nos Transportes. Defenderá seu filho, cuja evolução patrimonial é alvo de investigação, e repetirá que o atual ministro e ex-secretário-executivo, Paulo Sérgio Passos, estava à frente do ministério quando houve maior volume aditivos em contratos.(Da Folha de São Paulo)



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-O BRASIL E A SUA DEGRADAÇÃO ÉTICO-MORAL-

Por José Estênio Gomes Negreiros






A sociedade brasileira vive uma crise de amoralidade sem precedentes. Tanto o cidadão comum, que transita na mais baixa classe social, quanto o ilustre homem pertencente ao mais alto degrau da escada econômica, financeira e política é tragado pelo desvirtuamento moral de seus caracteres. Enquanto os costumes sociais se aviltam, a criminalidade se avoluma a cada hora e a corrupção campeia desenfreada, nós, fios do tecido social da Nação, assistimos a tudo, passivamente, com cara de paisagem, como se tudo fosse absolutamente normal.



Se remontarmos ao nosso passado histórico certamente depararemos com fatos que comprovam a degeneração da nossa organização coletiva desde os tempos do Brasil - Colônia. Mas certamente, em nenhum período dos nossos quinhentos e onze anos de existência enquanto nação, chegamos ao ponto de tanta degradação ético-moral como nos dias de hoje.



A decomposição do caráter social verticalizou-se de cima para baixo. Aqueles a quem, de princípio, pertence a responsabilidade de governar, legislar e fazer cumprir as leis são os vanguardeiros no darem péssimos exemplos com suas ações e atitudes reprocháveis que mandam às favas quaisquer procedimentos que exigem respeito às regras da ética e da moral no âmbito público e privado, valendo-se dos fundamentos da conhecida , que prega o “levar vantagem em tudo”, sempre confiantes na impunidade e na parcialidade da Justiça que na mais das vezes posiciona-se sempre do lado dos mais fortes. E se o mau exemplo vem “de cima”, dos áulicos, da nobreza, dos soberanos, que interpretação pode dar o homem comum, com pendores para desvios morais, do proceder daqueles que dirigem os destinos do País? Naturalmente se apropriará da conhecida frase do Barão de Itararé: "Ou se instaura de vez a moralidade, ou nos loclupetemos todos". Então, vamos também infringir as regras do jogo – dirá o cidadão comum -, confiante na impunidade estimulada pela pusilanimidade moral daqueles responsáveis pela aplicação justa da lei.



O que nos desalenta é vermos que, os representantes dos três Poderes da República, nos níveis federal estadual e municipal (a cada mandato mais apequenados, no sentido moral e ético) e que são os guardiões da coisa pública, amiudadamente se equivocam no cumprimento dos seus deveres constitucionais, agindo em benefício próprio ou de seus grupos de interesses em detrimento do benefício popular, quando então perpetram atos de corrupção desenfreada e de injustiça mordaz.



“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. Esta famosa citação é um trecho do discurso pronunciado por Rui Barbosa (1849-1923) no Senado Federal, no Rio de Janeiro, DF, em sessão de 17 de dezembro de 1914. Se algum leitor desavisado e ignorante dela lesse esta passagem sem as devidas informações da fonte e da data em que ela foi pronunciada, certamente entenderia que ela se refere ao momento presente do nosso País, tal é a similitude entre as situações de desleixo moral daqueles tempos e que ainda hoje prevalecem, parece-me, com mais força e visibilidade.



Desilude-nos mais ainda o não se vislumbrar, nem mesmo num longo prazo, uma alteração para melhor deste estado de lassidão do conjunto de regras de conduta que prevalece em nossa Nação. Isto porque assistimos o desenvolver de gerações despreocupadas, destituídas dos valores da decência e da integridade, sem princípio ético, preocupadas tão-somente com os benefícios materiais que o desenvolvimento tecnológico produz, inebriadas pelo império das coisas materiais, dos prazeres desequilibrados; estimuladas pelo egoísmo, pela vaidade e pelos apetites sensuais, o Mamon a que se referiu Jesus (Lucas, cap. XVI, v. 13), em prejuízo do saber e da educação cívica e moral-religiosa que ilumina e enriquece o Espírito.



Resta-nos, felizmente, a esperança que se fundamenta nos Princípios Divinos de que o inexorável destino da Humanidade terrena é o avanço, o progresso, em todos os sentidos. O nosso progresso intelectual se tem feito velozmente, enquanto o progresso moral, lamentavelmente, não lhe acompanha os passos.



Por intermédio de Allan Kardec e dos médiuns que o auxiliaram na Codificação da Doutrina Espírita, os Espíritos Superiores ensinam ( - capítulo VIII-A Lei do Progresso - Item II.A Marcha do Progresso, Questão 780) que o progresso moral é uma consequência do progresso intelectual, embora o primeiro não siga imediatamente o segundo. No mesmo espaço, na Questão 780-B, Kardec pergunta: “Como é, então, que os povos mais esclarecidos são, por vezes, os mais pervertidos?” Em resposta lhe dizem os Espíritos Superiores: “O progresso completo é o fim; mas os povos, como os indivíduos, só chegam passo a passo. Até que neles se desenvolva o senso moral, podem mesmo servir-se da inteligência para fazer o mal. A moral e a inteligência são duas forças que só se equilibram com o tempo.”



Estamos, de fato, neste estádio da conjuntura nacional, testemunhando atitudes de irmãos nossos, em todos os estratos sociais e nos poderes constitucionais , que se utilizam de suas inteligências para a prática de atos que ferem a moral, a ética e a Justiça em prejuízo de toda a sociedade.



Finalizamos, destacando os seguintes trechos contidos no livro , de Allan Kardec, publicado em janeiro de 1890, em Paris, França, e que bem se encaixam no cenário sócio-político do Brasil de hoje:



“Os males da Humanidade vêm da imperfeição dos homens; é pelos seus vícios que se prejudicam uns aos outros. Enquanto os homens forem viciosos, serão infelizes, por que a luta dos interesses engendra, sem cessar, misérias.



Boas leis contribuem, sem dúvida, para a melhoria do estado social, mas são impotentes para assegurar a felicidade da Humanidade, porque não fazem senão comprimir as más paixões, sem aniquilá-las; em segundo lugar, porque são mais repressivas do que moralizadoras, e elas não reprimem senão os atos maus mais salientes, sem destruir a causa. Aliás, a bondade das leis está em razão da bondade dos homens; enquanto estes estiverem dominados pelo orgulho e pelo egoísmo, farão leis em proveito das ambições pessoais. A lei civil não modifica senão a superfície; só a lei moral pode penetrar o foro interior da consciência e reformá-lo.



Estando, pois, admitido que é a contusão causada pelo contato dos vícios que torna os homens infelizes, o único remédio para os seus males está no seu aperfeiçoamento moral. Uma vez que as imperfeições são a fonte dos males, a felicidade aumentará à medida que as imperfeições diminuírem.



Por boa que seja uma instituição social, se os homens são maus, falseá-la-ão e lhe desnaturarão o espírito para explorá-la em seu proveito. Quando os homens forem bons, farão boas instituições e elas serão duráveis, porque todos terão interesse em sua conservação.



A questão social não tem, portanto, o seu ponto de partida na forma de tal ou tal instituição; está inteiramente no aperfeiçoamento moral dos indivíduos e das massas. Aí está o princípio, a verdadeira chave da felicidade da Humanidade, porque então os homens não pensarão mais em se prejudicarem uns aos outros. Não basta colocar um verniz sobre a corrupção, é a corrupção que é preciso extinguir.



O princípio do aperfeiçoamento está na natureza das crenças, porque as crenças são o móvel das ações e modificam os sentimentos; está também nas idéias inculcadas desde a infância e identificadas com o Espírito, e nas idéias que o desenvolvimento ulterior da inteligência e da razão podem fortificar, e não destruir. Será pela educação, mais ainda do que pela instrução, que se transformará a Humanidade.



(…) O progresso geral é a resultante de todos os progressos individuais; mas o progresso individual não consiste somente no desenvolvimento da inteligência, na aquisição de alguns conhecimentos; isso não é senão uma parte do progresso, e que não conduz necessariamente ao bem, uma vez que se vêem homens fazerem muito mau uso de seu saber; consiste, sobretudo, no aperfeiçoamento moral, na depuração do Espírito, na extirpação dos maus germes que existem em nós; aí está o verdadeiro progresso, o único que pode assegurar a felicidade da Humanidade, porque é a própria negação do mal. O homem mais avançado em inteligência pode fazer muito mal; aquele que é avançado moralmente, não fará senão o bem. Há, pois, interesse para todos no progresso moral da Humanidade.”







Fortaleza, CE, julho de 2011.


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Banheiros fantasmas e Secretaria das Cidades: coincidências desconcertantes

Por janga às 16:27 de 01/08/2011 - Atualizada às 17:40

Por Wanderley Filho



Uma série de reportagens do jornal O Povo mostrou, no começo de julho deste ano, que uma associação cultural de Pindoretama receberam recursos do FECOP via convênios celebrados com a Secretaria das Cidades, no ano de 2010, para a construção de kits sanitários que nunca saíram do papel. O destino dado ao dinheiro, até o momento, ninguém sabe.



Chamou a atenção o fato de que a representante da entidade que captou o dinheiro trabalhava para o presidente do TCE, Teodorico Menezes, pai do deputado estadual Teo Menezes. Em seguida, veio a público, pela TV Jangadeiro e também pelo O Povo, que o esquema se repetiu em outras cidades da Região Metropolitana de Fortaleza.



Em seguida, para  mostrar que o TCE não tinha comprometimento institucional com a lambança, o Ministério Público de Contas anunciou que irá rever todos os convênios destinados à construção de kits sanitários em 2010. No total, 56 parcerias em 37  municípios, como mostrou a coluna Polítika em primeira mão, indicando que o problema pode ser maior.



No Ipu, um ano antes

Na última quinta-feira (28), a TV Jangadeiro revelou um esquema semelhante em Ipu, também envolvendo novamente os tais kits sanitários, recursos do Fecop e convênios com a Secretaria das Cidades, um ano antes, em 2009. De acordo com investigações do MP e do TCM, 3 milhões de reais foram repassados a uma empresa fantasma para a obra, que não foi devidamente realizada. Segundo os órgãos de fiscalização, não se sabe o destino do dinheiro.



O prefeito da cidade, Sávio Pontes, garante que fez 90% da unidades. A Secretaria da Cidades diz que recebeu documentos assinados por moradores, dando conta de que 52% teriam sido concluídos. O problema é que moradores afirmam ter assinado a documentação antes de receberem os kits, que nunca chegaram.



Coincidências

Quando o caso envolvia apenas os municípios com associações ligadas ao conselheiro Teodorico Menezes e seu filho Teo, a suspeita de que estariam ocorrendo irregularidades pontuais ainda poderia subsistir. Mas agora, com a notícia de que a falta de controle na aplicação de verbas públicas nesses convênios é algo que transcende uma localidade ou um personagem, a questão muda de patamar.



A essa altura, as coincidência são tantas e os indícios tão robustos que a suposição de desvio pontual começa a perder força. Tudo indica que existe uma operação coordenada a partir de um ponto comum, realizada com método.



A primeira coincidência é a origem do dinheiro: a Secretaria das Cidades. A segunda é a assinatura sempre das mesmas pessoas na hora de liberar o dinheiro ou realizar aditivos prorrogando prazos. Outro fato em comum é que Teo Menezes e Sávio Pontes são aliados do governo estadual.



Suspeitas

Em casos assim, o melhor que um governo pode fazer é exigir, imediatamente, sindicância para descobrir onde e como o dinheiro público do FECOP foi gasto. Isso é o mínimo para evitar suspeitas de conivência ou tolerância com o malfeito. Outra providência, diante da simples constatação de que o governo do Ceará não é capaz de fiscalizar esses recursos a contento, é o afastamento de todos os envolvidos até que tudo seja devidamente esclarecido e as responsabilidades apuradas. Mas para isso, é preciso ter, como dizia um partido que na oposição fiscalizava bem, ter vontade política, e, claro, mãos limpas.



Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
  
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade

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