segunda-feira, 1 de agosto de 2011

METODOLOGIA DA CORRUPÇÃO - Jornalista Scarcela Jorge


NOBRES: Estamos vivenciando mais um capítulo relacionado às ações corruptas em todas as células vivenciadas pela nossa sociedade refletidas em todas as áreas de habitação do país, já bastante sofridas pela sana de segmentos  políticos que ora ocupam o poder em razão da outorga conferida pela universalidade do voto confiados pela “vontade” majoritária dos eleitores. Os efeitos são transformados em atos desabonadores através das

nossas representações políticas de natural retórica. Os costumes dessa parte tornaram-se naturais onde desvios de recursos públicos é um contrato informal para prover todo tipo de ação. Baseado neste intempestivo conceito, o nosso senso crítico se volta para esfera do governo da União, “pela novela intitulada Ministério dos Transportes” que fazem parte do rateio do PR, agremiação partidária integrante da sua base aliada. Por esta parte estamos prestes a encerrar com a onda de demissões nesta Pasta, com a saída do Diretor Geral do DNIT, órgão de maior importância estrutural e política do segundo escalão daquele ministério e de maior relação entre os estados. Por outro lado, a presidente Dilma Rousseff segundo suas entrevistas publicadas na imprensa neste final de semana, visando dar segmento a sua meta de governo, que é investir em termos de desenvolvimento estrutural em segmentos básicos da nação, mas antes, sanear os recursos para que não haja desvios; consoante as suas palavras: - irá em frente, não tem limite-. Se o governo pretende melhorar e ampliar a qualidade de investimentos na precária infra-estrutura do país, não tem mesmo alternativa não ser resgatar o ministério do fisiologismo consolidado na Pasta sob os auspícios do lulopetismo. Já é parte da história dos bastidores da era Lula a cessão dos transportes ao então PL, convertido depois em PR na fusão com o PRONA, numa barganha que passou até pela escolha do companheiro na chapa petista. Naquelas transações identificava o inicio do “mensalão” com dinheiro petista “não contabilizado” transferido ao caixa dois do PL, já representado ali pelo até agora “intocável pelo governo” deputado Valdemar Costa Neto, réu no processo do mensalão a ser julgado, espera-se, no ano que vem. Há de se lembrar, pelo PT, sentou-se à mesa da negociação José Dirceu, companheiro de Costa Neto, no mesmo banco de réus. Segundo a senhora Presidente da República, a quem tem ouvido através de suas declarações aos meios de comunicação, que a opção, nos Transportes, é fazer uma “modificação geral”. Terá, portanto, de alterar a própria forma de o DNIT trabalhar. Pois, como ela revelou, o departamento foi estruturado para não permitir qualquer controle eficiente de sua operação. Existe barreiras intransponíveis a quem deseja ter uma visão conjunta do departamento, da sede e das vinte e três superintendências regionais. A quem interessar possa, deve acessar os departamentos logo de inicio terá a certeza de que se ostentam de uma estrutura regimental autônoma legada a seus dirigentes, propicia a um achado “as galinhas dos ovos de ouro” – a corrupção-. De fato, não basta afastar pessoas, se, como nos Transportes, a administração criou um método de corrupção. Sabemos que continua o ceticismo em torno da efetiva margem de manobra política que tem a presidente Dilma para fazer a mesma faxina em outras áreas, em nome da honorabilidade do governo e da eficiência no gasto público, a qual a presidente diz perseguir (“fazer mais com menos”). Não se pode ser otimista nesta questão, embora poucos apostassem que Dilma fosse tão fundo na limpeza do Ministério dos Transportes. As capitanias hereditárias do PMDB no setor elétrico, o sultanato do PDT no Trabalho, o feudo do PCdoB, nos Esportes e o bunker ideológico financista de ramificações do PT e organizações ditas sociais no Ministério de Desenvolvimento Agrário e no INCRA parecem desafios acima do poder e fora do alcance da presidente. HÁ, AINDA, O EMARANHADO DE ESQUEMAS MONTADOS EM ESTADOS E MUNICÍPIOS PARA RAPINAR O RICO FILÃO DO DINHEIRO REPASSADO AOS BILHÕES PARA AS ÁREAS DA SAÚDE E EDUCAÇÃO. – iremos levantar a temática setorial: (a sociedade daqui foi uma das vítimas de vexame similar mesmo em proporções diversificadas) é deveras louvável o governo da união se contrapor ao baixo padrão ético permitido pelo lulopetismo no Ministério dos Transportes. Quanto a um trabalho amplo de moralização, este parece não depender apenas da vontade de um governante de turno. Semelhante a que se desdobra em nosso município, pela má vontade de setores mal acostumados com a prática de se renovar em sentido ético, abonar a política com negociatas que só visam o seu bem próprio. A sociedade está de prontidão para dar resposta a esses políticos, porque ela expressa o fiel sentimento que ora está passando, adquirindo a consciência de seu voto a ser depositado nas urnas eleitorais. Associando as outras aberrações no contexto político da nação, se faz necessário, também, a um trabalho amplo de moralização, pode ser necessário um movimento no âmbito nacional, estadual, municipal, e suprapartidário para dar impulso a faxina. Reiteramos diretamente o que gerou a Ficha Limpa, por exemplo, com os devidos desdobramentos eleitorais. É uma questão de honra no sentido de estancar os efeitos maléficos da política onde se faz presente.
Antônio Scarcela Jorge
          

Um comentário:

  1. Estimado Jornalista A.Scarcela Jorge,
    Um Abraço!
    Parabéns, Vc foi simplesmente brilhante na abordagem acima. Nunca vi tanta lucidez, e esmero na comunicação crítica ao poder público executivo e político. Principalmente pelo estilo e eloquencia na competente cronica escrita por V.Sa.Algúem tem que mostrar que nem todos braasileiros concordam com este estado de coisas que acontecem justamente como foi dito. Cidadania é isso aí, o brasileiro precisa entender mais profundamente esses assuntos, pois nos mostra a realidade deixando o governo mais corrupto e obsoleto de cima a baixo. Inércia total! Um cobertor de verbas cada vez mais curto. Resultando na ineficiência e na falta de materiais suficientes para a malha rodoviária, causando este caos geral de obras inacabadas e insuficiência de verbas para as estradas (Vide o trecho da BR 020 Caucaia - Maranguape onde se observa a buraqueira absurda por má construção da mesma)

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