domingo, 17 de julho de 2011

Quadrilha do Mensalão do PT no banco dos réus em ano eleitoral. Acorda, Oposição!

O PT informa que ainda não tem idéia do impacto que terá o julgamento do Mensalão, no primeiro semestre de 2012, nas eleições municipais. Então vamos ajudar a quadrilha a entender o impacto. Em 2005, apenas 17% dos lares tinham acesso à internet. Hoje são 32%. 53% dos brasileiros já acessam a internet com 
regularidade. O YouTube estava recém começando em 2005 e não teve nenhum impacto na cobertura das CPIs. O Orkut estava engatinhando. Não havia Twitter ou Facebook. Ou seja: o Mensalão só teve repercussão nos primórdios dos Blogs, que também estavam começando. As redes sociais tiveram impacto zero no tema e se existissem teriam derrubado o governo Lula. Se o PT não consegue medir o impacto que terá o julgamento do Mensalão, é hora da Oposição entrar em ação e usar as redes sociais para mostrar como tudo aconteceu. Ou vão deixar para a última hora? Ou não vão fazer nada? Ou ainda vão apanhar dos petralhas? O Portal do Mensalão, com materiais para viralizar na internet, é uma estratégia vencedora. Quem se habilita a refrescar a memória do eleitorado sobre a sofisticada organização criminosa do Mensalão?


Veja, abaixo, matéria publicada hoje, em O Globo:


Ainda não há consenso no PT sobre a unificação das estratégias para barrar os efeitos do mensalão nas campanhas do próximo ano. Há forte incômodo no partido com o cronograma do julgamento pelo STF. O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), é um dos que se queixam.  — Acho estranha essa coincidência do julgamento na véspera da eleição. O STF deveria ter feito um cronograma para não coincidir com o calendário eleitoral. É um absurdo! Atrapalha o processo democrático. Vai dar a entender que o PT está sendo julgado. O julgamento poderia ser esse ano. Mas vamos enfrentar esse debate. Foi um problema eleitoral de recursos não contabilizados — reclama Vargas.

PT ameaça oposição com mensalão do Arruda

Para criar constrangimento para a oposição e tentar neutralizar o impacto negativo do mensalão petista, o PT também está disposto a resgatar escândalos envolvendo outros partidos, como o mensalão do DEM, que derrubou o exgovernador do Distrito Federal José Roberto Arruda, e o chamado mensalão mineiro, que teve como alvo o governo do deputado tucano Eduardo Azeredo, em Minas. — Se a oposição começar a associar nossos candidatos ao mensalão, também vamos recordar o mensalão do Arruda. Mas temos que enfrentar esse debate. Se o PT acha que tem que adiar esse julgamento para ganhar a eleição, já ficará prejudicado — pondera o senador Walter Pinheiro (PT-BA). — Pior do que julgar, é ficar com a imagem de um partido que tenta abafar, e que temos medo.

Berzoini aposta no efeito Lula na campanha

O deputado Ricardo Berzoini (SP), ex-presidente do PT, explica que o partido fará o enfrentamento político, mas restringindo o episódio a uma prática de caixa dois, numa tentativa de se igualar aos demais partidos. Praticamente todos já foram alvos de denúncias de recursos não contabilizados em campanha.  — O PT tem uma visão que, durante muito tempo, o país viveu um processo de arrecadação informal de campanha, que é ilegal. Mas já enfrentamos esse debate em 2006, na reeleição do presidente Lula, quando tivemos três CPIs. É claro que esse debate afeta. Mas numa eleição municipal o que a população quer saber é quem governa melhor. E, além disso, o Lula vai entrar nessa campanha. Agora, estará mais disponível do que nunca — afirmou Berzoini.

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