terça-feira, 19 de julho de 2011

PÉROLAS DO ESTÊNIO


Carlos Newton
É impressionante o comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele insiste


em declarar que se manteve fora da política desde a posse de Dilma Rousseff e agora até ameaça “voltar”, dizendo que pretende ter uma participação mais ativa na política nacional.
Parece brincadeira, mas é verdade. Ao discursar sexta-feira durante o II Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Lula avisou que chegou ao fim o período de seu afastamento voluntário do cenário político. “Eu disse, no início do ano, que ia entrar em um processo de desencarnação, para poder permitir a encarnação da presidenta Dilma”, afirmou, anunciando: “Vou voltar a andar por este país. Vou voltar a incomodar algumas pessoas outra vez”.
Como se vê, Lula certamente está com alguma dificuldade de memorizar os fatos ou desenvolveu uma maneira própria e peculiar de enxergar as coisas. Quando fala em “período de afastamento voluntário do cenário político”, a que período ele estará se referindo?
Será que Lula não lembra que foi ele quem montou o atual ministério, que tanto problema tem dado à presidente Dilma Rousseff? Não recorda que, desde a posse, fala diariamente com sua sucessora por telefone, tentando interferir no dia-a-dia da administração e da política federal?
Também não parece recordar que foi ele mesmo quem insistiu em preservar Antonio Palocci quando o escândalo já ia longe, não havia mais qualquer possibilidade de recuperação da imagem do então chefe da Casa Civil, sua queda era uma tragédia mais do que anunciada.
Lula não lembra ter ido a Brasília, para fazer uma surpreendente intervenção no caso Palocci, embora fosse assunto que competia apenas à atual presidente Dilma Rousseff? Não recorda também ter se reunido com parlamentares e assumido a solução do caso publicamente, dando entrevistas e interferindo ao máximo, para depois ter de se recolher novamente a São Paulo, com Palocci já completamente aniquilado?
Na verdade, Lula jamais “desencarnou” da Presidência. Continua obcecado pelo poder e agarrado à Presidência, como se fosse um carrapato. Na semana passada, veio ao Rio num jatinho da FAB e se encontrou com a presidente Dilma Rousseff durante cinco longas horas, num encontro secreto e em local desconhecido, conforme divulgou maliciosamente o jornalista Jorge Bastos Moreno, de O Globo, que até insinuou a existência de um romance entre os dois e só faltou dizer que o amor é lindo.
Se isso tudo representa “um período de afastamento voluntário do cenário político”, pode-se imaginar o que significará o tal retorno do ex-presidente à plena atividade política. Só falta Lula seguir o exemplo do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) no Ministério dos Transportes, e também arranjar uma sala privativa no Palácio do Planalto, para dar ordens a torto e a direito, como se fosse presidente de verdade.
Vamos aguardar. Mas ele próprio já adiantou que as suas ações serão voltadas à busca de soluções para os problemas sociais. “Embora não seja mais presidente, sou cidadão brasileiro. Como cidadão brasileiro, serei o lobista número 1 das causas sociais. Quem tiver um problema social pode me contar que farei lobby com o Gilberto Carvalho (ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência) e com a presidenta Dilma Rousseff para que a gente possa resolver isso”, anunciou aos trabalhadores na sexta-feira, enquanto caminhava na beirada do palco, cumprimentando os sindicalistas que se esforçavam para fotografá-lo.
Ao falar sobre o seu governo, Lula voltou a usar um de seus bordões mais famosos. “Nunca antes na história deste país houve um presidente que tratou os trabalhadores com o respeito que eu tratei, que recebeu as centrais sindicais a quantidade de vezes que eu recebi”. Segundo ele, somente os sindicatos “muito pelegos” não conseguiram aumentos reais de salário para as categorias que defendem.

Certamente, Lula ainda não leu – nem lerá – uma importante entrevista que circula na internet, concedida por Ronald Barata, fundador da CUT e ex-presidente do Sindicato dos Bancários, sob o título “Nenhuma conquista se acrescentou ao rol dos direitos dos trabalhadores com o PT no poder”. Nessa entrevista Barata conta também como Lula foi ajudado por Golbery para que o regime militar pudesse neutralizar Leonel Brizola e evitar que ele chegasse ao poder. É muito interessante.  
Agora, Lula não deveria anunciar que está voltando a participar da política, porque isso significa apenas que ele vai intensificar uma participação que jamais se interrompeu. E isso certamente será um grave problema para a presidente Dilma Rousseff, que precisa justamente do contrário, ou seja, que Lula se afaste totalmente, para que ela enfim assuma de forma integral sua autoridade de governante, que é única e intransferível.
Mas quem é que consegue convencer Lula de alguma coisa? Dificilmente ele deixará a sucessora em paz. As possibilidades disso acontecer são mínimas. E o país terá de seguir suportando um governo dividido, bifurcado, repartido em uma hidra de duas cabeças

Estênio Negreiros
Fortaleza,CE

"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)



A MÃO DE SEIS DEDOS


Por Carlos Chagas

Emprego, segurança, educação, saúde, habitação e  alimentação. Essa mão de seis dedos obstrui a trajetória do Brasil para o Primeiro Mundo. Importam menos os índices de crescimento nos demais setores da vida nacional, ou o aparato de propaganda oficial  e privada espalhado para turvar a visão da realidade.     A   larga avenida para o desenvolvimento  vê-se  obstruída por esses seis obstáculos. Depois de oito anos e seis meses do governo do PT, somados aos oito do neoliberalismo dos tucanos, esbarramos nas mesmas inviabilidades de crescimento socialmente ordenado.

Por mais  que o governo divulgue estatísticas de crescimento de postos de trabalho com carteira assinada, não dá para acreditar se o número de demissões é omitido, se em cada semáforo aumenta o número de infelizes vendendo óculos e panos de prato e se fica cada vez mais estreito o  gargalo para o aproveitamento de jovens no mercado.

Em matéria de violência urbana e rural batemos recordes a cada mês, bastando atentar para o noticiário dos jornais, rádios e televisões, praticamente tomado por notícias de assaltos, latrocínio, sequestros, estupros e sucedâneos.   A imagem é velha mas merece ser repetida: o cidadão comum sente-se cada vez mais prisioneiro em sua própria casa, quando tem casa e quando conmsegue manter os bandidos do lado de fora. A experiência das UPPs dá boas fotos e imagens premiadas, mas a inseguranbça nas favelas só não é maior do que no meio rural, descontadas, é claro, as regiões mais ricas do Centro-Sul.

Sobre educação, mehor deixar falar o senador Cristóvan Buarque, quenem no recesso parlamentar deixa de denunciar o número crescente de crianças sem escola e o índice de analfabetismo em marcha.

Saúde pública virou calamidade, expressa nas filas de atendimento nos hospitais e postos de saúde, na vergonhosa marcação de consultas e intervenções  cirúrgicas para daqui a um ano e na falta de médicos e pessoal especializado.  Além da cada vez mais precária performance dos planos de saúde, transformados em arapucas para a classe média pagar e não receber a  atenção devida.

Habitação, uma das exigências constitucionais que o salário mínimo deveria atender tornou-se privilégio dos bem aquinhoados, registrando-se  déficit cada vez maior nos grandes centros, somado ao abandono que se verifica no interior. Pesquisa feita mas não divulgada com recém-casados só  no mês de maio, revelou que nas capitais a metade dos casais não tem onde morar senão com as famílias já instaladas.

Por fim, alimentação. Melhor exemplo de sua fragilidade repousa na evidência de que a população brasileira não come soja nem cana de açúcar enquanto  multiplica-se a  sua produção, ao  tempo em que a carne e até o frango aumentam de volume  para alimentar russos e árabes, com o  preço internacional crescente afetando o mercado interno. Nos supermercados e até nas feiras livres encontram-se produtos variados, mas a preços sempre em elevação.

Em suma, essa mão de  seis dedos impede que o país do futuro desperte no presente, fazendo aumentar  cada vez mais a distância entre o Brasil  formal,   das ilusões,  e o Brasil  real, das  carências permanentes.

MOEDA DE UMA SÓ FACE
Aplausos para a presidente Dilma, que continua passando o rodo no ministério dos Transportes, afastando  corruptos, mas fica sem resposta a indagação a respeito dos corruptores.  Estarão sob investigação da Polícia Federal as empreiteiras de obras públicas  que superfaturaram e  distribuíram propinas?

Seus responsáveis são tão culpados quanto os funcionários afastados, mas não se tem notícia de que um só deles, das grandes empresas, encontre-se respondendo a processos ou inquéritos. Pelo contrário, preparam-se para as eleições municipais do ano que  vem, já separando recursos para impulsionar candidatos que retribuirão  depois de eleitos.



Desinibida da Esplanada

 SBT Brasília, com Neila Medeiros De segunda a sexta, ao meio-dia e 45 Uma mulher aproveitou o final de tarde para fazer uma coisa diferente: ela resolveu relaxar com um banho no espelho d'água do…
00:01:17
Adicionado em 07/07/2011
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Repasso. Em Brasília dá de tudo!
Estênio Negreiros
Fortaleza,CE
"As leis são como as teias de aranha; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo”. (Anacaris, sábio grego, da Antiguidade)

11 comentários:

  1. COPIADO DO BLOG ONIPRESENTE
    A conclusão que podemos tirar de tanta baixeza praticada em nome do jornalismo é que devemos estar atentos aos grupos midiáticos brasileiros. Quanto maiores, mais poderosos. Quanto mais poderosos, mais temidos pelos governantes. A concentração de grandes empresas de mídia nas mãos de poucas e suspeitas personalidades coloca em risco a saúde do bom jornalismo. É isso que devemos denunciar e é contra isso que devemos lutar.
    * Eliakim Araujo ancorou o primeiro canal de notícias em língua portuguesa, a CBS Brasil. Foi âncora dos jornais da Globo, Manchete e do SBT e na Rádio JB foi coordenador e titular de "O Jornal do Brasil Informa". Mora em Pembroke Pines, perto de Miami. Em parceria com Leila Cordeiro, possui uma produtora de vídeos jornalísticos e institucionais.

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  2. “Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.”

    O caso do submundo do jornalismo, envolvendo o grupo midiático de Rupert Murdoch, revela o manual de promiscuidade entre jornalistas e autoridades.
    Se isso acontece no dito "mundo civilizado" e "exemplar" para o resto do mundo,por que não dizer aqui na América do Sul, especialmente nesse país.
    Somos exemplos de jornalismo para o resto do mundo? Isso não acontece por aqui?
    Como foi o comportamento de certa mídia durante a ditadura militar que teve apoio de conservadores? Como é comportamento da mídia hoje, especialmente em época de eleição?
    Quando no passado recente grupos midiáticos cresceram debaixo do braço protetor dos generais ditadores, não é de estranhar como o beija-a-mão acontece entre autoridades brasileiras, esportistas, artistas e jornalistas, como bem diz Ricardo Teixeira: só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.” , como disse o mafioso Ricardo Teixeira.

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  3. Carlos Newton sabe muito bem onde quer chegar com ataques ao Partido dos Trabalhadores. Nesse momento, em que o submundo do jornalismo emerge, o canalha jornalista sabe que é melhor ir para o ataque.
    É aquela história, quando o adversário está nas cordas levando bordoadas, a melhor forma de sair é jogando socos no ar para ver se algum atinge o adversário.
    E o canalha do jornalista sabe que o "submundo do jornalismo" pode atingir os seus patrões e a concentração da mídia na mão de poucas famílias aqui no Brasil (se o governo Dilma acordar para essa realidade).
    Quando se pensa em fazer alguma coisa para transformar esse estado de coisas, que fere mortalmente a nossa democracia, esses capangas, do submundo do jornalismo, vêm com o discurso fariseu do "cerceamento da imprensa", quando na verdade a intenção é luta para manter intacto o poder midiático nas mãos de poucas famílias, garantido a "liberdade das empresas midiáticas" de fazer o que bem entender, estando acima dos interesses do próprio país.
    O que tem medo o referido jornalista? O que pretende o jornalista com ataque ao PT? E o por que não critica a concentração da mídia na mãos de poucas poucas famílias, especialmente da Rede Globo?
    Não estaria o referido jornalista tentando criar uma vacina para tentar brecar qualquer ação dos "petistas furibundos" no sentido de aproveitar o momento para aumentar a discussão sobre a regulamentação da mídia no Brasil?
    E dessa forma criar para a opinião pública de que o PT é autoritário e quer "cercear a imprensa"?
    Queremos liberdade de imprensa ou liberdade de empresas midiáticas para defender os interesses e fazer pressões sobre o governo e empresários?

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  4. Explica-se: o escândalo do PIG londrino pode não se limitar a respingar no equivalente além-mar no hemisfério Norte. As estripulias de Murdoch parecem ter descido aos trópicos, mais precisamente até país encharcado de ouro negro e governado por alguém que acaba de comunicar ao mundo que está sendo acometido pela doença inominável.

    Daí para essas estripulias murdochianas virem respingando mais ao sul, segundo o canto da ave tupiniquim radicada na Europa parece que será um pulo, pois os tentáculos do autor intelectual do The News of the World estariam mais do que estendidos por toda a América Latina – especulação que, convenhamos, soa mais do que verossímil.

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  5. Com essa, esse Carlos Newton vai se tornar "imortal" da ABL. KKKKKKKKKKKKKKKKKK

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  6. Os que creem no PIG são os mesmos de sempre. Os incrédulos hoje são a maioria (ou que acreditam no PSDB). Eles existem em São Paulo. Mas isso não reverbera assim pelo Brasil. E como o público do Silvio Santos, que hoje não tem nem mais o Baú, só decai. O PIG está com problema de “fadiga”. Essas “crises” fabricadas cansam. Enquanto houver emprego e acesso à internet crescente o PIG será menos, e menos, e menos…

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  7. Não sei se apenas eu penso assim, mas, olhando o que e principalmente “quem” aparece na globo (BBB, JN, Faustão, Ana Maria ‘Brega’, Galvão Bueno, Waack, Bonner, Chapelin, Huck, Bial, Gloria Maria, Merval, Renato Aragão, Xuxa, além de humoristas sem graça, atores de novelas que perderam o talento com o passar do tempo, pseudo-jornalistas puxa-sacos do patrão, e mais uma montanha de asneiras), posts imbecis em muitos blogs, fico me perguntando: até quando noso povo vai continuar dando audiência pra isso aí?

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  8. A verdade é que o governo Lula foi um sucesso estrondoso porque fez o país dar um salto. Hoje, enquanto o mundo rico afunda, o Brasil nada de braçadas. Isso em um país que este leitor, aos 52 anos de idade, só viu fora de crise de alguns poucos anos para cá. Um país em que a maioria deixou de ser pobre e se tornou remediada.
    Isso esses representantes da elite não sabem ou não querem aceitar.

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  9. O PIG acusou o golpe no caso “News of the World”/Murdoch.

    Estão atirando para todo lado para ver se desviam a atenção e tiram o deles da reta.

    Não espero nada mais além de mentiras e boçalidade vindo dos colunistas da imprensa da massa cheirosa. A grande imprensa selecionou com cuidado o pior tipo de gente, capaz das maiores indignidades para manter seus salários Não sobrou ninguém com dignidade...

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  10. Dá nojo!

    A famiglia manda;
    E os tremebundos correm a escrever...

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  11. Faz muito tempo que para o (vamos falar o nome correto) Partido da Imprensa Golpista o popular pig,
    a culpa é do lula !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    o avião caiu: a culpa é do lula,
    tsunami no japão : lula,
    vulcão no chile: ele, lula é o culpado, inquestionavelmente, provado pelo sabe tudo molina!
    bolinha de papel OVNI na cabeça do candidato: lula e os comunistas baderneiros do pt
    o filho do fegace não é dele: bom, ai parece que a culpa é da globobo,
    mas, há controvérsias, quem sabe o lula está por tras disso tambem.

    agora o pig vai melhorar: estão importando o murcoch?
    para quem gosta………………….

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