segunda-feira, 27 de junho de 2011


Ataques mostram fragilidade de ambientes corporativos e põem em risco a nuvem

Publicada em 26/06/2011 às 23h45m
André Machado (amachado@oglobo.com.br)
Operadores do Centro de Cybersegurança dos EUA monitoram a internet após intensificação de violações de hackers / Foto: Reuters RIO - A onda de ataques de hackers mundo afora - que desembarcou no Brasil com intensidade na semana passada e derrubou diversos sites governamentais - ameaça, segundo especialistas, a tão propalada tendência de guardar todas as nossas informações na nuvem. As invasões piratas expõem também o quão frágeis são os sistemas de grandes e poderosas multinacionais. Com a popularização das redes sociais, esse terrorismo digital tende a se agravar, já que o padrão de proteção aos dados dos milhões de usuários é considerado fraco. Soma-se a esse cenário nebuloso a constatação de que é quase impossível manter um site governamental ou corporativo totalmente isento de brechas de segurança. Assim, em plena era da internet, computadores contendo informações realmente importantes e confidenciais raramente estão conectados.
IDEOLOGIA :Afinal, o que querem os hackers?
Pesquisa do Instituto SANS, nos EUA, especializado em segurança, já apontava, no fim de 2009, nada menos que nove milhões de falhas em software em seis mil empresas pelo mundo. O relatório apontou dois problemas principais: aplicativos desatualizados e sites vulneráveis. Dois anos depois, o inferno começou: no último dia 17 de abril, a PlayStation Network foi atacada por hackers, resultando no furto de dados de 77 milhões de usuários. Mais 25 milhões foram expostos em ataque subsequente ao site de entretenimento da Sony. Outros 1,3 milhão de usuários da Sega tiveram seus dados violados este mês. Seguiram-se invasões a páginas da CIA, do Senado americano, da polícia britânica, entre outros. Finalmente, os sites do governo, como o da Presidência, de ministérios e da Petrobras, saíram do ar na semana passada, num ataque de negação de serviço (sobrecarga de servidores por bombardeamento de requisições on-line) que enviou 2 bilhões de solicitações na madrugada de 22 de junho. Na madrugada do dia 24, o site do IBGE foi invadido por hackers, que deixaram um recado: que o governo enfrentará este mês a maior onda de ataques hackers já vista.
Os dois principais grupos de hackers por trás dos ataques são o Anonymous e o Lulz Security, conhecido como LulzSec. Este ganhou uma "filial" brasileira. Já o ataque ao IBGE foi feito pelo grupo FireH4ck3r.
- Apesar de se dizerem políticos e nacionalistas, estes grupos querem mostrar que a internet não passa de brincadeira de criança e ninguém está seguro - diz o consultor de segurança Alexandre Freire. - Ao mesmo tempo, isso é apenas a ponta do iceberg, se você tem em mente que há possibilidades mais nefastas de invasões industriais, como as feitas pelo Stunext, que infectou estruturas da Siemens no programa nuclear iraniano.
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