quinta-feira, 2 de junho de 2011

O EQUÍVOCO DA BLINDAGEM! - jornalista Scarcela Jorge


NOBRES: Pois não é, que a comissão também especializada com fins de deliberar ou não o pedido de licença à Câmara dos Deputados, para iniciar o processo relativo ao caso do Ministro Antônio Palocci sem “querer” aprovou por maioria dos votos, arranhando a “blindagem” confiada às bases governistas naquela Casa. Não sabemos se foi um erro precaríssimo do parlamento, “digno” das comissões de Câmaras Municipais das pequenas cidades do interior brasileiro, “ou foi mesmo, má intenção” dos aliados

do governo, que de princípio estavam determinados a seguir orientação da base de sustentação. Sabemos que comissões como esta, não trazem efeitos terminativos e certamente será reformulada. Se houve equívoco, ou não, esta ação, supostamente, traz um alerta ao governo, deixando a sociedade mais determinada no sentido de estabelecer um senso crítico capaz de dar seguimento as suas ansiedades. O “escorrego” do parlamento ao “marca um gol contra” pelos menos de honra, para sociedade, num jogo com o placar a favor dos corporativistas, onde a sociedade entra no jogo político já com o resultado conhecido, antes do inicio da “partida”. Da forma mais direta: iremos rememorar o “caso” PALOCCI, bastante evidenciado; surpreendentemente geraram reações dos comentaristas, sempre a favor do ministro, alguns considerando como partidários de agremiações políticas, levando o assunto incabível para tais argüições.   Todos esses questionamentos envolvem personalidades da política brasileira quando o assunto torna-se vergonhoso para sociedade, relacionado o enriquecimento cínico de politiqueiros que fazem o uso da política como meio de vida, isso pode ser constatado em várias frentes espalhadas por todo Brasil. Na verdade por excepcionalidade, existem casos de legítimo enriquecimento por parte de políticos honestos que paralelamente lucram de suas empresas. Entretanto são “consagradas” as questões quase cotidianas dos escândalos envolvendo figurões da República, mais uma vez a pessoa do atual Ministro Antônio Palocci, envolvido em suposto escândalo. O exercício da atividade política lhe promoveu chefiar a sua equipe de transição e finalmente ascendê-lo a titularidade ministerial da mais importante pasta do governo, - o Ministério da Fazenda – saindo Dalí por força de um escândalo chamado “o caso do caseiro” até hoje não totalmente esclarecido a sociedade brasileira. Sobre este novo caso envolvendo o atual ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, já foram dadas todas as informações possíveis para que a população que lê jornais com matérias completas - e não títulos resumidos - tivessem tirar suas conclusões. É permitida a criação de empresas, também é permitido a deputados exercer atividades empresariais e até mesmo aceitáveis, porque legal, a mudança dos objetivos da empresa. O que nos cheira a cinismo, contudo, é o fato da “tropa de choque” da presidente Dilma faça tanto barulho para que o ministro possa comparecer ao Congresso, e emitir, de viva voz, a sua versão pessoal; Uma coisa estranha. Até hoje ninguém suscitou a presença de documentos ao ministro sobre: a quem empresa prestou serviços de assessoramento? Onde estão os contratos celebrados? Quais os valores cobrados? Existem relatórios acerca dos serviços prestados? Estão na média de mercado? As empresas aplicaram ou não tinham interesses nos serviços contratados para a sua evolução? Como cidadãos comuns, atentos a farra política brasileira, nos seus variados banquetes, isto é um vil que se propicia em cada reunião acontecida nos rincões deste “milagroso” Brasil, - como é parecido meu Deus! Ainda causa-se surpresa que tais indagações se querem tenham sido suscitadas. O fato é que o caso está a merecer a intervenção da sociedade, se não: a popularíssima e vulgar e já ultrapassada frase de que tudo “acaba em pizza”. Disso já sabemos o que queremos neste caso e a sociedade exige, ou pelo menos os mais atentos dos cidadãos, é que aquelas dúvidas possam ser respondidas, não pelo assessor do ministro, que poderá esquecer uma ou outra frase, mas pelo próprio ministro Palocci, para que a população identifique se o enriquecimento foi lítico, ilícito ou se tudo não passa da pura insolência.  
                           Antônio Scarcela Jorge

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