quarta-feira, 25 de maio de 2011

BRINDAGEM DESAVERGONHADA - jornalista Scarcela Jorge


NOBRES: estamos prolongando a nossa conversa quando o assunto se torna repetitivo, entretanto nos faz rogar essas questões que envolvem personalidades da política brasileira quando o assunto torna-se vergonhoso para sociedade relacionado o enriquecimento cínico de politiqueiros que fazem o uso da política como meio de vida, isso pode ser constatado em várias frentes espalhadas por todo Brasil. Na verdade por excepcionalidade, existem casos de legítimo enriquecimento por parte de

políticos honestos que paralelamente lucram de suas empresas. Entretanto são “consagradas” as questões quase cotidianas dos escândalos envolvendo figurões da república, vem a tônica mais uma vez a pessoa do atual Ministro Antônio Palocci, envolvido em escândalo. Como supostas afirmações, o médico Antônio Palocci, no mandato eletivo de Deputado Federal, promoveu conferências para empresários, estabelecendo desta forma através de pagamentos efetuados pelos conferencistas empresariais em que resultou aumentar seu patrimônio por dezenas de vezes. É uma afirmação um tanto ambígua: será que como médico ou como ex comandante da economia do país proferiu essas conferências? Ninguém simplesmente é sabedor dessas conferências, nem mesmo sobre questões econômicas e da saúde com formação acadêmica de médico, mesmo, sempre alheio a esse questionamento. O exercício da atividade política lhe promoveu os cargos de prefeito de uma grande cidade do interior paulista e veio logo a ser chamado pelo camarada Lula para coordenar a sua campanha presidencial, também chefiar a sua equipe de transição e finalmente ascendê-lo a titularidade ministerial da mais importante pasta do governo, - o Ministério da Fazenda – saindo Dalí por força de um escândalo chamado “o caso do caseiro” até hoje não totalmente esclarecido a sociedade brasileira. Sobre o novo caso envolvendo o atual ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, já foram dadas todas as informações possíveis para que a população que lê jornais com matérias completas - e não títulos resumidos - tivessem tirar suas conclusões. É permitida a criação de empresas, também é permitido a deputados exercer atividades empresariais e até mesmo aceitáveis, porque legal, a mudança dos objetivos da empresa. O que nos cheira a cinismo, contudo, é o fato da “tropa de choque” da presidente Dilma faça tanto barulho para que o ministro possa comparecer ao Congresso, e emitir, de viva voz, a sua versão pessoal; sabe como é o assessor nunca fala aquilo que ouviu o chefe, sempre sobra uma palavra, ou acrescenta duas ou três. ‘Mas, tratando-se de Brasília’, o odor é sempre o mesmo, e todos sabem qual é o aroma. No Brasil, empresas de cosméticos ainda não conseguiram inventar um desodorante que possa combater o mau cheiro das repartições daquela cidade. Uma coisa estranha. Ninguém suscitou a presença de documentos ao ministro sobre: a quem empresa prestou serviços de assessoramento? Onde estão os contratos celebrados? Quais os valores cobrados? Existem relatórios acerca dos serviços prestados? Estão na média de mercado? As empresas aplicaram ou não tinham interesses nos serviços contratados para a sua evolução? Como cidadãos comuns, atentos a farra política brasileira, nos seus variados banquetes, isto é um vil que se propicia em cada reunião acontecida nos rincões deste “milagroso” Brasil, - como é parecido meu Deus! Ainda causa-se surpresa que tais indagações se querem tenham sido suscitadas. O fato é que o caso está a merecer a intervenção da sociedade, se não: a popularíssima e vulgar e já ultrapassada frase de que tudo “acaba em pizza”. Disso já sabemos o que queremos neste caso e a sociedade exige, ou pelo menos os mais atentos dos cidadãos, é que aquelas dúvidas possam ser respondidas, não pelo assessor do ministro, que poderá esquecer uma ou outra frase, mas pelo próprio ministro Palocci, para que a população identifique se o enriquecimento foi lítico, ilícito ou se tudo não passa de puro cinismo. ETA Brasil! Por culpa dos nossos políticos estamos fadados a se promover essas ações que nos deixam estarrecidos e desensperaçosos para que o Brasil se afirme como um país sério e saiba se sair de uma velha premissa que o General Presidente francês um dia parafraseou: O BRASIL NÃO É UM PAÍS SÉRIO.  
                           Antônio Scarcela Jorge

8 comentários:

  1. Palocci é visto por muitos como um "mercadista" dentro do governo, ou seja, alguém que defende os interesses dos rentistas dentro da atual administração, o que vai de encontro aos interesses dos grupos oligárquicos brasileiros e internacionais, do qual a grande imprensa bem representa os seus interesses. E se a grande imprensa veio pra cima do Palocci com tanta gana, é de se esperar que tenha alguma prova de que o Ministro da Casa Civil enriqueceu de alguma forma ilícita, e que portanto vale a pena queimar um dos "seus" pra dar uma enfraquecida no governo Dilma.

    Olhando pelo lado político, era muito mais interessante o Palocci vir a público e mostrar que suas consultorias foram legítimas e ele ganhou a grana que merecia. Mata o escândalo pela raiz. Ao tergiversar, deixa todo um campo aberto pra mídia e oposição avançarem, mesmo que sem provas, só na base da elocubração e insinuação. E quando ele solta uma nota e se compara a antigos ministros que tiveram o mesmo caminho, apenas reforça a opinião de que o PT é igual aos outros. Então, depois que o estrago estiver feito, nada de chorar pelo leite derramado.

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  2. A grande mídia pode ter alguma prova de que a evolução patrimonial de Palocci não foi totalmente honesta, e trazer a tona a qualquer momento, o que causaria grandes estragos ao governo, que o bancou, ou pode ser só um traque mesmo, a consultoria dele era legal e legítima e ele recebeu o justo pelos serviços prestados.

    Mas já era hora de o governo aprender que apanhar calado dá prejuízos sim. A grande mídia pode estar em decadência, mas ainda forma opinião de bastante gente. Se durante dias e dias ela coloca manchetes de que os membros do PT enriquecem de forma estranha, quem só passa pela banca de jornal e nem sabe da existência da blogosfera, pode acabar comprando a idéia de que o PT está aí só pra roubar mesmo. E aí, na época de eleições, pra tirar esse tipo de percepção das pessoas é extremamente complicado.

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  3. Por que vocês têm orgasmos toda vez que algum petista ou esquerdista é linchado publicamente pela mídia, sem qualquer prova ou direito de resposta, mas ficam revoltados quando o mesmo acontece com algum parente ou amigo de vocês?

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  4. Agora, por favor, vamos a um pequeno detalhe: Se a imprensa brasileira que divulgou o dossiê Palocci, noticiando que seu patrimônio aumentou 20 vezes em 4 anos, o que dirá do aumento vertiginoso de 50.000 vezes da empresa da filha de José Serra (PSDB/SP) em 42 dias? Será que o tucanato ainda querem CPI?
    Acho que não. Querem apenas estar nos holofotes da mídia!

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  5. CARO ARETON, QUANDO SERÁ QUE OS COLARINHOS BRANCO DE NOVA RUSSAS, QUE SE DIZEM CIDADÃOS E VIVEM NA IGREJA, TERÃO SEU PATRIMÔNIO VISTORIADO PELA RECEITA FEDERAL, OS QUAIS SE MULTIPICARAM NA GESTÃO FRAUDULENTA DE MARCOS ALBERTO? NENEM, EULÁLIAS, PINTUS, CHAGUINHA,CHICÃO E OUTROS?

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  6. No dia em que a oposição brasileira aprender a fazer política, os "blogs sujos" aprenderão a respeitá-la.
    Antes de tudo, pra quem pegou o bonde andando, o termo "blog sujo" foi cunhado pelo indefectível J. Serra, em seus delirius campagnis, quando não aceitava que ninguém falasse mal dele. Dizia que a blogsfera era financiada pelo Lula. Pois sim!
    Mas vamos lá. Com seu olhar certeiro, o Macaco Simão nos fez rir em sua coluna diária veiculada hoje pela Folha e pela BandNews. Veja um trecho:
    "E basta ter uma crise que os quatro pixulés da oposição saem da toca. Álvaro Dias devia convocar CPI do Bronzeamento Artificial. Rarará! ACM Neto, ops, ACM NATO! Vulgo tamborete de quenga."
    Verdade. São sempre os mesmos a fazer o fusquinha do trololó da oposição brasileira. E como levá-la a sério? Primeiro porque não tem proposta para o Brasil. Segundo porque quando estava no poder, não fez nada. E terceiro porque é composta de sabichões que se parecem muito mais com personagens circenses.
    Quando aparecem na tv com seu discurso surrado falando da tal corrupção, que como sabemos todos, foi inventada no Governo do Lula (antes não havia), sai de baixo. Só a Globo, Veja, Estadão e Folha os levam a sério. O cidadão comum fica esperando o último bloco do jornal pra saber dos gols da rodada. A senhora fica esperando a novela das nove.
    E o Álvaro Dias? Desfila com seu impecável bronzeamento e seu curioso tranplante de cabelos.
    Se a oposição aprendesse a ser oposição. Se levasse a sério o Brasil, ela seria respeitada. Mas é um bloco sujo que prefere o tapetão à uma eleição limpa. É uma trupe de vendilhões que coloca o interesse dos amigos e os próprios, na frente de qualquer coisa para o Brasil.
    Como dar-lhes crédito?
    Do Blog Anais Políticos.

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  7. Luis Nassif Online
    Como colocar a notícia no pau-de-arara

    Aqui um bom exemplo de como a velha mídia cria escândalos totalmente sem discernimento, na velha prática de "o que vier eu chuto".

    1. O Estadão levanta que Palocci deu palestras ao Banco Santander, como se um ex-Ministro da Fazenda cometesse irregularidades dando palestras. Se tem algo legítimo na assessoria do Palocci, foi justamente o exercício de dar palestras.

    2. Meramente dar palestras não significa nada. Na cobertura policial, a um favor deve corresponder uma contrapartida. E a reportagem investigativa atual trata os meandros do mercado financeiro com a sutileza de um carcereiro colocando a notícia no pau-de-arara.

    O repórter sai a campo e descobre (!) que o banco, um dos maiores do país, "é parceiro do governo federal".

    Primeira prova: comprou seis jatos da Embraer financiados pelo BNDES.

    Segunda prova: é parceiro da Petrobras em um programa para facilitar oferta de crédito a fornecedores.

    Terceira prova: o presidente do Santander (um dos maiores bancos do mundo e no Brasil) foi recebido por Lula em 2009 no Palácio do Planalto.

    Dá para levar a sério?

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  8. Luis Nassif Online
    Folha: da arte de manipular as informações

    Juntam-se informações sobre o tema: a restituição de imposto à WTorre pela Receita.

    1. A Receita pagou com rapidez a devolução pleiteada.

    2. A WTorres contribuiu oficialmente para a campanha de Dilma

    3. A Wtorres é cliente do escritório de lobby de Antonio Palocci.

    Pronto. Tem-se a matéria e a manchete.

    No meio do caminho, na bateia dos repórteres cai a informação de que o pagamento se deveu a um mandado de segurança impetrado pela empresa. Ou seja, a Receita pagou porque foi obrigada pela Justiça. Toda suposição anterior é derrubada. Para não perder o escândalo, dilui-se a informação principal no meio da matéria, como se fosse um elemento menor - e não o central - e mantem-se a versão falsa. E prossegue-se na aula do antijornalismo.

    Governo beneficiou empresa que pagou Palocci, diz PSDB.
    ESSE é o jornalismo brasileiro (se é que existe)!

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