quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SEM COMENTÁRIO, POR ENQUANTO

Mínimo: Paim claudica e já sinaliza voto pró-governo

  José Cruz/ABr
Durou pouco o ímpeto rebelde de Paulo Paim (PT-RS). Nesta terça (22), véspera da votação do salário mínimo, o senador amainou o discurso.
Reuniu-se por duas horas com sindicalistas. À saída, disse que votará com sua “consciência”.
Na semana passada, a consciência de Paim pedia uma emenda: antecipação de 2,76% do reajuste do mínimo previsto para 2012.
Com isso, os R$ 545 propostos por Dilma virariam R$ 560. Uma cifra que a consciência de Paim considerava mais adequada.
Súbito, Paim e a consciência dele desistiram de apresentar a tal emenda. 
Alega-se que, sob pressão do Planalto, o consórcio governista negaria a Paim as 17 asssinaturas exigidas pelo regimento.
Bobagem. Se Paim quisesse, recolheria pelo menos 19 jamegões de oposicionistas. Mas a consciência do senador está na bica de virar a página. Pra trás.
O senador disse aos sindicalistas que retomará velhas brigas: extinção do fator previdenciário, reposição das perdas dos aposentados e reajuste da tabela do IR.
São causas perdidas. O “fator”? Dilma não tem a intenção de mudar. Reposição das aposentadorias? Nem pensar. No máximo, desconto nos remédios.
Quanto ao reajuste da tabela do IR, o governo já prometeu 4,5%. É menos do que querem as centrais. Mas é tudo o que Paim vai ter.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, disse que as centrais “liberaram Paulo Paim para ele votar como quiser”.
Paulinho disse mais: sua tropa encherá as galerias do Senado. Mas não vai tratar Paim como tratou o companheiro Vicentinho (PT-SP), na Câmara.
Paim e a consciência dele poderão votar a favor dos R$ 545 sem o inconveniente das vaias. Seria inútil.
Primeiro porque o jogo dos R$ 545 está jogado. Segundo porque Paim dificilmente vai recobrar a consciência. A essa altura, todas as consciências estão feitas.
A consciência do trabalhador está no fim do mês perpétuo a que foi condenado. A consciência da oposição está no oportunismo sindical...
...A consciência dos governistas está no tilintar das verbas. A consciência de Dilma está no bisturi. A de Paim? Sumiu.

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