Um tema recorrente nesse blog refere-se ao fato de que nada garante que nossa sociedade melhore no futuro. Os últimos 300 anos da civilização ocidental foram marcados por evolução constante no nosso padrão de vida (com curtos períodos de retrocesso,
notadamente os períodos de guerra). Isso criou a falsa sensação de que esse padrão de vida, nossas conquistas morais tais como a liberdade, e a evolução científica estão garantidos. Doce ilusão.
Vamos olhar especificamente o caso da teoria econômica: Jean Buridan (1300-58), que foi reitor da Universidade de Paris, demonstrou que o dinheiro surgiu livre e espontaneamente no mercado (e não por decreto governamental). Contribuição essa que parece ter sido quase que completamente esquecida nesses tempos de moeda estatal. Nicolau Oresme (1325-82), bispo de Lisieux foi o primeiro a explicitar aquilo que viria a ser conhecido como “Lei de Gresham”. Contribuição essa que parece ter sido esquecida nesses tempos onde se tentam fixar as taxas de câmbio. Oresme foi mais longe ainda ao sugerir que o governo nunca deveria intervir no sistema monetário. Oresme também ressaltou que a desvalorição da moeda afeta negativamente a economia, pois afeta o comércio, provoca inflação e enriquece o governo à custa do povo. Lição essa que parece nunca ter sido aprendida pelo nosso Ministro da Fazenda.
O teólogo escolástico Martín de Azpilcueta (1493-1586) sugeriu claramente a relação entre escassez de dinheiro e preço das mercadorias. Em palavras, ele deixou claro que a inflação é um fenômeno monetário. Já o cardeal Thomas de Vio (1468-1534) não só defendia o comércio do ponto de vista moral como também expôs os princípios da Teoria de Expectativas Racionais quase 500 anos antes de Robert Lucas (prêmio nobel de economia). O frade franciscano Pierre de Jean Olivi (1248-98) argumentava que o “preço justo” de um bem provinha de um valor subjetivo que os indivíduos davam a esse bem (e não diretamente de seu custo de produção) Ou seja, o preço de um bem era consequência da interação entre oferta e demanda.
Dito tudo isso, ressalto que por vezes o conhecimento econômico foi simplesmente perdido. Por exemplo, 500 anos após os trabalhos do frade Olivi o conhecimento econômico ia na direção errada: atribuía o valor de um bem à teoria do valor trabalho (e não à idéia de valor subjetivo do frade). Esse erro monumental nos levou às idéias marxistas e ao atraso daí resultante. Mas estranho mesmo é a Igreja Católica, que foi o berço das idéias liberais em economia, ter se tornado nas últimas duas décadas do século XX abertamente marxista. Será que os padres católicos esqueceram suas obras?
Vamos olhar especificamente o caso da teoria econômica: Jean Buridan (1300-58), que foi reitor da Universidade de Paris, demonstrou que o dinheiro surgiu livre e espontaneamente no mercado (e não por decreto governamental). Contribuição essa que parece ter sido quase que completamente esquecida nesses tempos de moeda estatal. Nicolau Oresme (1325-82), bispo de Lisieux foi o primeiro a explicitar aquilo que viria a ser conhecido como “Lei de Gresham”. Contribuição essa que parece ter sido esquecida nesses tempos onde se tentam fixar as taxas de câmbio. Oresme foi mais longe ainda ao sugerir que o governo nunca deveria intervir no sistema monetário. Oresme também ressaltou que a desvalorição da moeda afeta negativamente a economia, pois afeta o comércio, provoca inflação e enriquece o governo à custa do povo. Lição essa que parece nunca ter sido aprendida pelo nosso Ministro da Fazenda.
O teólogo escolástico Martín de Azpilcueta (1493-1586) sugeriu claramente a relação entre escassez de dinheiro e preço das mercadorias. Em palavras, ele deixou claro que a inflação é um fenômeno monetário. Já o cardeal Thomas de Vio (1468-1534) não só defendia o comércio do ponto de vista moral como também expôs os princípios da Teoria de Expectativas Racionais quase 500 anos antes de Robert Lucas (prêmio nobel de economia). O frade franciscano Pierre de Jean Olivi (1248-98) argumentava que o “preço justo” de um bem provinha de um valor subjetivo que os indivíduos davam a esse bem (e não diretamente de seu custo de produção) Ou seja, o preço de um bem era consequência da interação entre oferta e demanda.
Dito tudo isso, ressalto que por vezes o conhecimento econômico foi simplesmente perdido. Por exemplo, 500 anos após os trabalhos do frade Olivi o conhecimento econômico ia na direção errada: atribuía o valor de um bem à teoria do valor trabalho (e não à idéia de valor subjetivo do frade). Esse erro monumental nos levou às idéias marxistas e ao atraso daí resultante. Mas estranho mesmo é a Igreja Católica, que foi o berço das idéias liberais em economia, ter se tornado nas últimas duas décadas do século XX abertamente marxista. Será que os padres católicos esqueceram suas obras?
Nenhum comentário:
Postar um comentário