domingo, 26 de dezembro de 2010

TRIÂNGULO DA CORRUPÇÃO

          Formado pelas cidades de Nova Russas, Ipu e Santa Quitéria, este triângulo vem sendo palco de uma verdadeira farra de liminares protagonizada pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado Ceará Ernani Barreira Porto que tem feito jus ao sobrenome tornando-se um verdadeiro "Porto Seguro" para políticos desonestos.
          Para os moradores das duas primeiras a farra tem ainda o patrocínio do Presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Deputado Domingos Filho, que tem participação efetiva na consecução de decisões liminares em favor dos respectivos Prefeitos, seus aliados políticos.
          Não é demais afirmar que estamos entregues à sorte uma vez que do executivo estadual não temos recebido outra manifestação se não a atitude arbitrária do Delegado Regional de Crateús que alega estar cumprindo ordens superiores. E este seu superior hierárquico, a título de que determina esta intervenção indevida no Legislativo Municipal? Para quem defende o Governador Cid Gomes a desculpa é que ele nada tem a ver como os fatos. E isso não seria omissão? Será porque o mesmo perdeu as eleições no município para o candidato Lúcio Alcântara que ele não está nem aí?
          Existem ainda aqueles de dizem que o Poder Executivo não deve interferir em questões políticas localizadas. A estes eu pergunto: Por que o seu irmão, quando Governador, fez intervenção no citado Município de Santa Quitéria onde a situação era de muito menor gravidade que a nossa? Seria porque o então prefeito era seu adversário?
          Diante de tudo que vem acontecendo, uma coisa é certa: a população está cada dia mais revoltada e a oposição mais estimulada a lutar até o fim contra este mar de corrupção no qual navegam, infelizmente, as maiores autoridades constituídas do nosso Estado.


As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.


Poema completo em Mais informações 
Antônio Gonçalves Dias
Canção do Tamoio
(Natalícia)
I

Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.


II

Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.

III

O forte, o cobarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves concelhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!

IV

Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

V

E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.

VI

Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D'imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d'ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.

VII

E a mão nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!

VIII

Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranqüilo nos gestos,
Impávido, audaz.

IX

E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.

X

As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.

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