domingo, 28 de novembro de 2010

CASO BIDÔ

          Não tenho aqui a intenção de defender fulano ou beltrano; defendo o estado de direito. Qualquer leigo sabe que no regime democrático alguém só pode ser preso em flagrante delito ou por mandado judicial. No caso do Bidô não existiu mandado nem tampouco estava cometendo qualquer delito como ficou provado mediante exame através de bafômetro. Então por que o Bidô foi conduzido em viatura policial até a cidade de Crateús? É verdade que ele não foi encarcerado nem aqui nem em Crateús, mas ser abordado por policiais fortemente armados, colocado em viatura e conduzido a delegacias não é um ato constrangedor?
          Muito se questiona o comportamento do Bidô. Em relação à sua conduta em ocasião anterior, não há o que se discutir, até porque o mesmo foi denunciado, ouvido pela autoridade policial e certamente será julgado pelo seus atos. Relativamente ao episódio da última sessão da câmara, afirmo que o mesmo respondeu a uma agressão da Presidenta dizendo apenas o que lhe cabia dizer, segundo seu entendimento: que ela estaria mentindo. Coloque-se no lugar do mesmo ao ser gratuitamente ofendido diante de uma plateia numerosa, com a palavra "covarde" e que teria "amarelado" diante do delegado; qual seria a sua reação?
          Como dito no início deste comentário, defendo o estado de direito que, infelizmente, não prevalece neste município desde que aqui foi instalado um governo que não respeita qualquer limite legal, ético ou moral. Para nossa sorte ainda contamos com um judiciário que vem dando sucessivas respostas à sociedade novarrussense rechaçando os atos autoritários do executivo e legislativo municipais.
          Não é crível que algum cidadão de bem deste município apoie tantos desmandos e roubalheiras devidamente comprovados por órgãos oficiais de fiscalização. É verdade que alguns defendem o seu quinhão na forma de vantagens pessoais ou corporativistas, mas tudo tem limites e neste caso foram extrapolados todos os limites possíveis e imagináveis.
          Acreditamos que somente a desocupação do poder por parte desses meliantes, nossa terra voltará a ter paz. Paz de verdade e não demagogia pregada em emissoras de rádio e no plenário da Câmara como alguns dos que estão alojados no poder tentam passar à população com o único fim de atribuir aos que combatem este estado de coisas a responsabilidade por tudo que vem acontecendo. Paz que Nova Russas perdeu depois de ter procurado melhorar sua condição de cidade progressista e pacata elegendo alguém com o discurso de mudanças para melhor e hoje se sente traída por aqueles que respaldaram o nome de pessoas desconhecidas. Cabe agora àqueles que conduziram a população a sufragar o nome dessas autoridades nas urnas fazer a mea culpa e reconduzir os destinos do município ao seu cursos normal trilhados nos últimos 86 dos seus 88 anos de emancipação política.



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