segunda-feira, 25 de outubro de 2010

OS JOVENS E O SUICÍDIO - Zé Matos

                          
                       Cresce constantemente pelo mundo inteiro o número de suicídios principalmente entre os mais jovens. Lástima maior não pode existir.
                     Cada vida humana é um projeto altamente complexo na qual cada detalhe é escolhido entre milhares de possibilidades, desde o país, estado, cidade, família, corpo, amigos, dificuldades, facilidades, condições sociais e econômicas, religião, escolas, acontecimentos, tempo de vida, profissão, etc.
                     O corpo que se forma recebe um espírito que já existia há milhares de anos, que esperou, às vêzes, séculos por esta oportunidade. É neste sentido que Raul Seixas afirmava: "eu nasci há 10.000 anos atrás".
                     Mas, o que está acontecendo? Para qualquer problema complexo a solução também é complexa, e muitas são as causas.
                     Primeiramente temos uma crescente quantidade de pais que não tem condições para educar os filhos porque não a tem, e outros porque são egoístas e omissos. Nas classes mais ricas vemos a cultura do dar para não dar-se. Filhos que recebem desde a roupa de marca até a escola melhor, mas não recebem o carinho, o acompanhamento, a  atenção, os limites, a  amizade e o dialógo de que tanto precisam. Recebem a melhor escola, mas são obrigados a fazerem os cursos que interessam aos pais, principalmente cursos tradicionais ou que deêm bom retorno financeiro. Vemos assim, duas causas importantes para a infelicidade humana: falta de afeto e exercício profissional dissociado da vocação que acompanha o individuo desde o nascimento. Some-se a isso, a falta de visão transcendental da vida, a idéia de continuidade da vida.
                     É preciso que pais, professores, educadores, psicológos e politicos acordem, e enfrentem com determinação a questão do suicídio.
                     Nos anos 60 vimos a pregação irresponsável da liberdade na criação dos filhos, e agora asssistimos exatamente o contrário, a pregação do limite. Estão errados novamente. É preciso afeto e limite simultaneamente. É necessário carinho, mas acompanhado de firmeza, energia e correção quando necessários, e acima de tudo, bons exemplos.
                     Você não nasceu por acaso. Você nasceu por uma causa.
                      José Matos - Professor e Conferencista - Brasília - DF - Brasil
      
 
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