quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DEBATE PRESIDENCIAL NÃO TOUXE ESPECTATIVAS - Jorn. scarcela Jorge


              NOBRES: Assistimos mais um debate: SERRA e DILMA. Mais uma vez pouco acrescentou em termos de propostas e de programa de governo, à ausência de aventar temas de significativa relevância; na passagem à saúde, educação e segurança, apenas comentadas sem a profundeza das atenções dos antagônicos por apêndice mínimo que se estabeleça para qualquer governo. O mote eleitoral deveria servir para qualquer motivação para a discussão de diversos temas que, apesar de profunda gravidade, correm subjacentes a vozerio das hostes do PT e do PSDB. Um deles, já fora de moda, é a institucionalização do racismo. Apesar de muito suavizado em uma das poucas atuações lúcidas de nossos debatedores, (caso Paulo Preto em que o ex-governador paulista se referiu como sendo racismo) confirma o que somos: uma nação ainda provinciana por excelência, que prefere dividir a sua população em guetos, ao sabor de intelectualismos de gaveta, abandonados até mesmo nos países que patrocinam atitudes semelhantes a promover uma verdadeira integração. Outra questão, o aborto: essa totalmente na moda. No debate de ontem, retomaram o assunto tão somente no sentido de tomar posicionamento da candidata, que não disse especificamente o que lhe foi cobrado. Este tema já que fez a pauta do posicionamento da candidata que no decorrer da campanha mudou de atitude. - A polêmica do aborto; que basicamente pode ser resumida no seguinte tema: “Os pobres que morram!” estando explícita a mais alta realidade: A descriminação econômica e social dos brasileiros neste aspecto. Esta talvez seja a mais emblemática da mediocridade patrocinada por todos os governos e, atualmente pelos candidatos à Presidência. Afinal os que têm condições econômicas fazem aborto livremente, em clínicas bem equipadas dentro do país, ou viajam de férias e retornam “preservadas”, enquanto as pobres se auto-induzem aborto nas “clinicas clandestinas” gerenciadas também por profissionais clandestinos. Enquanto mulheres são mutiladas e mortas em nome da hipocrisia das urnas. Alguns até admitem que elas morram em qualquer situação, são os guardiões da moral, mesmo que a religião e os valores dessas mulheres sejam desiguais. Existe hoje no país uma legislação normatizada para este fim, é prodigiosa, porém teoricamente, estabelece ações que determinam à prática do aborto, permitida a suas exceções, retocá-la, sempre fará em função do tempo. Mas na prática existe o vil econômico que implica na questão discriminatória, sua concessão só é permitida em que o fato ganhar notoriedade, às páginas de jornal. Quem sabe, no futuro, se pleitearem ser algo mais do que as atuais brasileiras, ao menos uma parte dela, possam ser bem assistida e não morrer em agonia, como as mulheres de baixo poder aquisitivo, na verdade já vem morrendo a quase dois séculos, desde o império. Seja lá quem venha a emergir dessa “brincadeira” que resolvemos chamar de eleição, trará o estigma dessas questões, que, pelas propostas não serão tratadas com eficácia e seriedade. Assim sairíamos desse “ensaio” eleitoral ainda mais divididos, não os que apóiam o PT ou o PSDB, mas entre o sonho de uma sociedade mais justa e os que separam a sociedade pela raça e, desde sempre condição econômica. Por outro lado há de se encontrar os rumos da sociedade brasileira em busca de um maior conceito de conscientização política isso deverá acontecer quando se dará maior ênfase para educação, principalmente a pública. Discutir ações nas áreas de saúde, e de segurança, que naturalmente será aplicada pelo próximo governo. Caso isto não venha acontecer o governante não terá o comando de um governo eficiente, conseqüentemente, será fadada ao fracasso, levada a sociedade se mobilizar apoiadas nas instituições acreditadas no país, por serem comprovadamente e incontestavelmente sólidas, (CNBB; OAB; ASSOCIAÇÃO DOS MAGRISTRADOS, por exemplo) engajados nas mais veementes causas, sempre estiveram como guardiões desta sociedade. A sociedade brasileira tão somente usando o poder da palavra, somente a palavra, sempre foi suficiente para promover a vontade popular, como aconteceu no passado. (VIDE COLLOR)
Antônio Scarcela Jorge


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário