sábado, 25 de setembro de 2010

E LULA, AGORA, DESCOBRE O VALOR DA HUMILDADE E RESOLVE ASSOPRAR A IMPRENSA, DEPOIS DE MORDER. JÁ RECORREU A ESSA MESMA TÁTICA ANTES

Que o governo tenha um plano para controlar “a mídia” que vai muito além do “controle remoto”, para lembrar a piadinha de Dilma Rousseff, disso ninguém duvida. A coisa está lá sendo gestada no Planalto, e seu operador é o companheiro Franklin Martins, cujas credenciais de amor à democracia são históricas e de todos conhecidas. Os embates das duas últimas semanas, especialmente depois que as lambanças da Casa Civil vieram à tona, o provam. A conversa de José Dirceu com sindicalistas na Bahia também foram bastante emblemáticas da qualidade do debate que vai no PT: a “mídia” estaria associada ao “poder econômico” contra o partido… Imaginem! Como se os petistas tivessem deixado algum “poder econômico” para os outros…
A beligerância oficial contra o jornalismo atingiu o auge quando o presidente da República afirmou que a “mídia” era o verdadeiro partido de oposição e que ela deveria assumir que tem um candidato. Na sua cola, delinqüentes resolveram fazer um ato contra a “mídia golpista”. Alguns dos promotores da manifestação fracassada são assalariados do poder.
A sociedade civil anda meio anestesiada, mas não está morta. Entre o fim da tarde de quarta e a noite de ontem, mais de 32 mil pessoas já havia assinado o Manifesto em Defesa da Democracia. Ele não se limita a defender a liberdade de expressão; também cobra que o presidente Lula cumpra a lei e se comporte de acordo com o decoro que seu cargo exige. Em duas pesquisas de opinião, Datafolha e Ibope, a vantagem da petista Dilma Rousseff sobre seus oponentes caiu cinco pontos percentuais.
Lula, então, redescobriu o valor da humildade!
Ao discursar ontem  num comício em Porto Alegre, afirmou:
“Quando a matéria dos jornais sai falando mal da gente, ninguém gosta. Quando fala bem, o ego da gente cresce. O que a gente precisa é ter humildade para nem ficar com muito ego quando fala bem nem ficar com muita raiva quando fala mal. A democracia é exatamente isso: cada um fala o que quer, escreve o que quer, transmite o que quer e o povo, na última hipótese, faz o grande julgamento”.
Fosse mesmo esse o seu pensamento, estaria QUASE tudo certo. É uma pena que este seja o Lula que acabou acuado por sua próprias palavras e que isso seja um mero recuo tático. Essas variações de humor, aliás, são típicas de um “pai” que gosta de exercer a sua “tirania amorosa”: ora afaga, ora dá porrada; o importante e demonstrar aos filhinhos quem tem a autoridade. Caia nessa conversa quem quiser. Já vimos esse filme antes.





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