Tínhamos conhecimento que a Presidenta não realizaria a sessão nesta sexta. Talvez por orientação da sua competente "assessoria" tenha mudado de ideia.
Às quatro horas da tarde a galeria da Câmara já se encontrava tomada por um grupo de funcionários, quase todos comissionados ou contratados. Para algumas diretoras e coordenadoras de escola só faltou a batuta, mas regiam suas comandadas como verdadeiras maestrizas.
Antes mesmo do início formal da sessão o Vereador Denilson em tom irônico perguntou aos colegas se se tratava de mais um vereador, ao ver um senhor tomando assento à Mesa Diretora.
A Presidenta após concluir o ritual de abertura da sessão chamou a atenção do Vereador observando que o mesmo sabia que a Câmara era composta de nove vereadores, passando em seguida a apresentar aludido senhor como advogado da empresa que presta serviços de Assessoria Jurídica à Casa e que lá estaria para dirimir dúvidas porventura apresentadas pelos Edis.
Antes mesmo de concluir a apresentação o Vereador protestou afirmando que a participação era indevida e que seu trabalho deveria se restringir a formular pareceres e não participar de sessões. Em meio ao protesto a Presidenta observou que não tinha lhe passado a palavra e que o mesmo devia calar-se, ao que o vereador retrucou dizendo que tinha direito de manifestar-se sobre o que ele considerava irregular, sob protestos e gritos dos funcionários levados ali para este fim. Ato contínuo a Presidenta deu por encerrada a sessão, sob o pretexto de falta de condições de continuar.
Diante do exposto, fica evidente a armação montada para não dar continuidade aos trabalhos, protelando mais uma vez a apresentação da denúncia contra o Prefeito Municipal. Vale observar que mais uma vez não constava da pauta referida denúncia, incorrendo desta forma, em mais um crime que irá robustecer o pedido do seu afastamento da direção da Casa.
Reunião neste sentido foi realizada logo após o encerramento da sessão, onde ficou estabelecido todo o procedimento a ser seguido a partir de agora.
Por tudo isto esperamos em breve poder recitar o verso do poema do mineiro Carlos Drumond de Andrade:
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
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