Esse mesmo partido, que se diz recheado de democratas e protetores das minorias, nega legenda a um militante pelo simples fato dele ser um travesti. Mesmo sendo integrante do PT desde 2007 e militante ativo na sua cidade, o travesti só descobriu que havia sido “jogado para fora do barco” porque não encontrou o seu nome na lista de candidatos do partido; mesmo após a candidatura ter sido homologada no encontro estadual do PT em Curitiba (dia 29/06). Ao questionar a direção do partido e “jogar no ventilador” que estava sendo vítima de preconceito; a desculpa esfarrapada do momento foi a de que Andrielly (o nome do travesti) não tinha “apelo nas urnas” e nem “potencial de votos”. O fato estranho e revelador do preconceito, é a constatação de que Andrielly – mesmo obtendo nas eleições passadas pouco mais de 340 votos – conseguiu três vezes mais votos do que algumas das candidatas relacionadas pelo partido. Ou seja, se o travesti não tem “potencial de votos”, que potencial de votos terão as candidatas que obtiveram um terço dos votos dele?
Mas, se você pensou que a coisa ficava apenas nisso; enganou-se redondamente. Igualando-se aos radicais islâmicos que perseguiram os jornais dinamarqueses por terem publicado uma charge do profeta Mohammed (Maomé) e ao mais novo queridinho e modelo do PT – o Irã – que declarou uma fatwa (ordem de assassinato) contra Salman Rushdie, os editores, os lojistas que vendessem o livro “Versos Satânicos” e também quem ousasse lê-lo; o PT e seus militantes declaram a sua própria fatwa contra o cartunista Nani pelo simples fato deste ter publicado uma charge onde mostra a candidata do PT “rodando bolsinha” e declarando que “topa qualquer negócio” e que o “freguês é quem manda”.
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