Existem atitudes doentias que tipificam determinados individuos que, no entanto, foram os responsáveis pela ocorrência em que permanecem.
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A ARROGÂNCIA, por exemplo, é uma atitude que mascara o ser humano tímido, dando-lhe a aparência de um poder que não lhe é real.
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O NASCISISMO, é devaneio mental de deslumbramento em torno da autoimagem, fugindo aquele que lhe é aficcionado, à realidade de tudo quanto se encontra à sua volta...
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O DÉSPOTA padece de atrofia dos sentimentos nobres e, por isso, exibe o poder como forma de proteger-se das investidas da emoção, gerando temor por ser incapaz de amar, portanto, de despertá-lo nas demais pessoas.
O BAJULADOR é alguém que perdeu o endereço de si mesmo e atira-se em desespero na direção dos outros, na expectativa de ocultar os medos de que se sente possuído na algazarra que produz.
O HIPÓCRITA receia ser descoberto nos dédalos sombrios onde se refugia, desconhecendo a sua realidade, desse modo, concordando com tudo e com todos, em forma de autoproteção, evitando sentir-se a sós.
O SEXÓLATRA desvia as emoções nobres para as sensações fortes e, animalizando-se, vive erotizado procurando demonstrar as suas habilidades, inseguro dos próprios recursos.
O AVARENTO DEPOSITA NOS BENS MATERIAIS TODA A SUA GARANTIA, INCAPAZ DE VALORIZAR OS BENS MORAIS E MENTAIS DE QUE DISPÕE, TORNANDO-SE APENAS UM INFELIZ ONZENÁRIO...
Essas e muitas outras atitudes doentias falam dos conflitos existenciais que dominam as criaturas, numa complexidade alarmante. Em consequência, o individuo pode ser considerado como o tormento que o corrói por dentro, necessitando de urgente mudança para o encontro com a consciência, consigo mesmo, com os nobres objetivos da vida.
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Hábitos doentios que se incorporaram à personalidade trabalham em favor de tormentos que podem ser evitados...De tal maneira o ser humano se adapta aos comportamentos doentios que os considera naturais e legítimos...
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Como ninguém vive sem hábitos, substituir os perniciosos pelos edificantes é dever de todos aqueles que pensam e desejam a felicidade.
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Desse modo, fazem-se imperiosas as condutas produtivas de amor e de simpatia, de edificação e de alegria.
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O ARROGANTE, se honesto com ele próprio, logo percebe como é antipática a sua forma de apresentar-se, considerando que a sua presunção desvela somente a sua ignorância em torno dos legítimos tesouros da existência.
O MENTIROSO constata que a sua é uma situação de constante insegurança e que pode mudar de atitude, sendo fiel à verdade, na qual experimenta a paz da consciência do dever.
É fácil, portanto, a mudança das atitudes prejudiciais para aquelas que constituem o processo de elevação moral.
Desafeiçoa-te dos hábitos antigos, daqueles que te têm constituído aflição e desar.
Experimenta novas maneiras de comunicação e de comportamento estruturados na honra e no bom proceder, fruindo a alegria de estar avançando no rumo da imortalidade que te aguarda em triunfo.
O que fizeres na terra, seguirá contigo além do túmulo, essa porta que se abre na direção da vida indestrutível.
Extraído do livro VITÓRIA SOBRE A DEPRESSÃO, de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
Enviado por José Matos - Brasília-DF
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